Capítulo 39

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-Karin– Park murmurou. – Quer parar de ficar me olhando assim? Estou perdendo o apetite...

A executiva enrubesceu, voltando os olhos para o prato.

Eram nove horas da noite, e eles estavam realizando um jantar especial do Natal. Apesar de a Coreia do Sul ser um país com mais de 60% de não cristãos, boa parte das pessoas adquirira o costume ocidental de comemorar a data. Os meninos do BTS agiam da mesma forma.

Hoseok Jung sorriu para a executiva. Além de Jung, Park e Karin, Jeon também estava sentado à mesa.

-Está gostando da refeição, Karin? – Indagou o loiro.

-Muito – a mulher respondeu. – Como tudo que faz, sua janta está deliciosa – completou.

Ji-min virou os olhos. Desde que conhecera Karin, notou que a preferência dela era claramente para Jung. A mulher praticamente ignorava os demais membros todos os dias, mas jamais deixava de sorrir para Hoseok.

-Obrigado.

Ji-min sorriu. Não se importava com os modos de Karin. Ficava contente só de ouvir alguém elogiando Jung, afinal o loiro era seu melhor amigo depois de Jeon.

Pensando em Jung-kook, olhou para o lado. O namorado estava absorvido na refeição. Bem sabia Ji-min que Jeon precisava realmente se alimentar. Os dois passaram boa parte do dia transando, e as pernas já pareciam cambalear.

Baixando a mão, segurou na do mais velho. Instantaneamente, Jeon o olhou. Sorriram. Park sentiu o rosto esquentar um pouco ao notar os olhos brilhantes do amante, e agradeceu aos céus pela produtora deles estar mais preocupada em puxar o saco de Jung do que observar o que se passava à mesa.

-Fofo...

Ouvindo a voz de Hoseok, Ji-min voltou-se ao amigo. Percebeu então que Jung estava encantado com a cena sutil e amorosa que Jeon e Ji-min faziam. Naquele instante, a atenção de Karin voltou para Park e a mesma resolveu falar algo que a estava incomodando desde que voltara a ver Ji-min.

-Não sei como me desculpar, JiMin – a voz dela parecia fraca, como se pedir desculpas fosse algo que a jovem senhora não estava habituada. – Não imaginava que seu pai fosse um homem tão...

O som das palavras morreu. Karin não sabia exatamente como se expressar, e então olhou Jung, procurando auxílio.

-Ji-min entende, Karin– Hoseok a tranquilizou. – Você não tinha como adivinhar.

-Soube do seu envolvimento com Jeon naquele dia – esclareceu. – Jamais poderia imaginar que o Sr. Shu fosse tão agressivo.

Ji-min suspirou.

-Meu pai não me aceita – elucidou. – Por isso me desesperei quando ele veio aqui para me levar. Mas, não havia escolha, já que estava sendo chantageado.

Só então a mulher pareceu lembrar-se das fotos.

-Seu pai falou de fotografias que comprovam seu envolvimento com drogas – recordou. – Por favor, diga-me de que não está metido...

-Não! – Ji-min a interrompeu, enérgico. – As fotos são uma farsa! Elas existem, mas foram armadas.

-Armadas? Como assim?

Hoseok levantou a mão, cortando-os.

-Isso tudo é passado! Não vamos estragar nossa janta pensando nessas coisas.

Os três membros da mesa encararam Hoseok com surpresa. No entanto, apenas Jeon se manifestou:

-Passado?

Rendição (Jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora