A comida parecia saborosa, mas só de pensar em colocá-la na boca, Jimin sentia o estômago se revirar.
Por que era tão difícil comer? Os amigos estavam a sua volta, cada um bebericando o suco de uva e mastigando um pequeno pão. Ele, no entanto, levava a comida até certa distância da boca, e voltava a afastá-la, nervoso.
Aconchegou-se nos braços de Kim, sentado atrás de si, recostado no travesseiro. O mais velho estava completamente focado no alimento, e apenas mantinha Jimin firme pela cintura.
— Foi a mãe de Jeon que fez o pão – Jung contou, enquanto observava a reação do amigo. – Ela me pediu para passar lá antes de vir para o hospital. Disse que amanhã mesmo virá te fazer uma visita.
Bae era alguém muito especial para Jimin. Sua mãe substituta. Era verdade que a mulher andava cada vez mais ausente, desde que a filha avisara que estava grávida. Bae estava feliz e ansiosa para ser avó, algo que só poderia ser providenciado por sua filha mais velha, já que Jeon nunca poderia dar-lhe tal felicidade.
Jimin suspirou.
Toda vez que pensava nisso, sentia-se vazio. Talvez a vida de Jeon tivesse sido diferente se eles nunca tivessem se encontrado. Ele poderia ter conhecido uma bela garota, e ter tido uma penca de filhos que preencheriam o coração carente de Bae.
— Faça um esforço, Jimin – a voz de Jeon o tirou do devaneio.
Erguendo os olhos, o encarou. Sorriu. Seu líder, sem dúvida, o amava. Era verdade que se eles nunca tivessem se conhecido, Jeon teria tido a oportunidade de construir uma família comum. Mas, seria ele feliz dessa forma? Jimin sempre pensou que os dois nunca teriam sido felizes sozinhos, ou com outras pessoas.
— Quanto antes você comer, antes vai ganhar alta – Jeon sentou-se aos pés da cama.
— Ou seja – Kim intrometeu-se –, antes vocês voltam a transar!
—Kim! –Jung ralhou.
Tae não pôde conter a gargalhada. O clima, apesar do ambiente, estava muito bom. Min observou bem o rosto dos amigos. Estavam todos calmos e tranquilos, como se estivessem vivendo um momento único, especial. Pasmo, percebeu que já fazia meses que não jantavam juntos, conversando despreocupadamente.
— Devemos fazer mais isso... – murmurou.
— O quê? – Hoseok voltou-se para Yoongi.
— Ficarmos juntos – explicou. – Devemos tirar sempre um tempo para dedicarmos um ao outro.
Tão logo disse isso, arrependeu-se. Sem esperar, Jung já o agarrava, enchendo o rosto de beijos.
— Nosso bebê está tão doce ultimamente – Jung disse, entre afagos. – Está se tornando um homenzinho – brincou.
— Eu tenho quase trinta anos! – Yoongi irritou-se. – Pare de me tratar como criança! – brigou.
Todos riram. A carranca de Min simplesmente não incomodava ninguém.
— Essa coisa de "dedicarmos mais tempo um ao outro" foi bem gay, não? –Kim provocou.
— Ando desconfiado desses ataques de sensibilidade de Yoongi-san – Hoseok concordou. – Será que ele quer que entendamos algo?
Bufando, Min o empurrou.
— Vocês não passam de dois idiotas!
Jung e Namjoon só pararam de rir quando viram Yoongi saindo porta afora, claramente magoado.
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Rendição (Jikook)
Storie d'amoreA Pedidos - Versão BTS Jeon Jeongguk é descoberto na infância por um caça talentos. Artista nato, ao lado dos amigos tornou-se um dos maiores ídolos do Oriente. Porém, o rapaz que era o sonho de todas as mulheres amava outro homem...