EPÍLOGO

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Muito obrigada a todos que acompanharam a fic ♥

Namjoon Kim molhou o dedo no prato e levou até a boca do gato. Com a língua áspera, Minikui lambeu todo o molho de tomate, parecendo adorar. Em seguida o felino ronronou, esfregando todo o corpo no seu tutor, pedindo atenção e carinho.

— Como Minikui está mais educado e carinhoso – Jimin comentou, acariciando a cabeça de Mago, que estava no seu colo.

— Por que você acha que ele está assim? – Hoseok sussurrou, entregando uma banana para Shipou. – É logico que tive que educá-lo – importunou Namjoon.

— Meu gato tem personalidade – Kim defendeu-se. – E ele é muito bem educado!

Jung preparou-se para retrucar quando a porta do camarim abriu. Tae, Jeon e Min entraram, vindo de uma gravação.

— Audrey está aqui? – Yoongi sussurrou da porta, olhando o camarim com apreensão e medo.

— Não, ela está com Karin – Hoseok respondeu. – Não pode ficar fugindo dela, sendo que ambos trabalham no mesmo lugar – advertiu. – Seja homem e enfrente-a.

— Não posso, ela me odeia, e quer me matar – ele contou baixo.

Jimin riu, sentindo que Mago pulava do seu colo para o de Jeongguk, que se sentava ao seu lado. Em seguida, sentiu os lábios do amado o acariciando, num cumprimento.

— Por que vocês trouxeram seus bichos ao trabalho? – Tae indagou, sentando-se a mesa e servindo-se de alguns doces que Jung havia trazido de casa.

— Temos uma gravação hoje, e pediram para que todos os convidados trouxessem seus animais de estimação para que o público os conheça. Como tenho muitos, escolhi Shipou porque imaginei que ele fosse o único macaco – Hoseok explicou.

Min arqueou as sobrancelhas, surpreso.

— Vão colocá-los num mesmo programa? – prosseguiu, referindo-se a Hoseok e Namjoon.

— Depois que a nossa audiência dos programas em grupo e a venda dos nossos cds e dvds se normalizou, acredito que a empresa já não tenha muito o que nos cobrar – Namjoon explicou. – Mas, infelizmente, não voltarei a apresentar um telejornal tão cedo.

No entanto, não parecia preocupado. Yoongi imaginou que a carreira jornalística não fosse assim tão importante para o outro, mas preferiu não tecer nenhum comentário. Desde que Kim havia voltado às boas com Jung, a relação dele com o grupo estava ótima. Como sempre, Hoseok tinha o poder de acalmar aquela tempestade em forma de gente.

Repentinamente, a porta se abriu. Sem tempo de se esconder, Min correu para trás de Hoseok, e então encarou o rosto transtornado de sua mulher. Audrey Morgan entrou como um furacão dentro do camarim, sem cumprimentar ninguém.

— Maldito! – ela gritou. – Estava se escondendo de mim?

— É claro que não, meu amor – ele praticamente ergueu Hoseok da cadeira e o colocou entre eles.

— Você fugiu, Yoongi Min! Prometeu ir ao médico comigo. Seu covarde, desgraçado! Se me deixar sozinha durante o parto eu juro por Deus que deixo o hospital e corto seus testículos aos pedaços e sirvo de janta para os cachorros de Hoseok!

— Meus cachorros, não! – Hoseok se adiantou.

Min respirou pausadamente.

— Não posso ver sangue, Audrey! Não posso! – desculpou-se.

— Você enfiou essa cria em mim, e vai assumir as consequências nem que seja a última coisa que fará em vida.

Audrey Morgan estava a um mês do parto, e sua pouca paciência já havia terminado há tempos. Seus pés incharam, sentia dores nas costas, vomitava, e a barriga pesava bastante. Toda essa junção de situações criou para ela um inimigo: Yoongi Min. Afinal, foi ideia dele que ela engravidasse.

— Seja homem e assuma o que você fez – Namjoon retrucou do seu canto.

Até Kim lhe daria lições agora?

— Ok – Min assentiu. – Que horas é a consulta?

— Dentro de uma hora – o sorriso dela, aliviado, fê-lo sorrir também.

A atmosfera abrandou-se instantaneamente.

— Já decidiram qual vai ser o nome do bebê – Tae indagou, querendo quebrar o silêncio.

Audrey se virou para ele.

— Se for menino, será Namjoon. Se for menina, Namjoonri.

Jeon engasgou e Namjoon sorriu feliz. Min, ao lado dela, parecia completamente revoltado. Era claro que ele não concordava com a escolha. Por Deus, Namjoonri? Esse nome nem existia!

— Mantenha essa criança na barriga até meu aniversário – Namjoon a aconselhou. – O mundo precisa de mais Namjoons, você sabe.

Audrey concordou.

— Sim, não vai nascer antes desse dia, nem depois.

Hoseok quis indagar como ela manteria a criança em si se chegasse a hora, mas Jimin parecia ainda mais incrédulo.

— Vocês dois são loucos!

Min queria reclamar mais, esbravejar perante tanta balela, mas a mão confortadora de Jung em seu ombro o calou. Respirando fundo, se aproximou dela.

— Nós vamos nos atrasar – puxou a mulher pelo braço.

Saíram sem se despedir, mas aquilo não importou aos que ficaram.

Um silêncio cômodo os tocou. Shipou saiu do colo de Hoseok e pegou Minikui, diante do olhar caloroso dos "pais". Mago começou a mordiscar os dedos de Jeongguk, entretido numa brincadeira própria, enquanto Tae buscava uma revista.

Park Jimin observou os amigos. Hoseok e Namjoon estavam focados nos animais, trocando um carinho descomunal. Tae estava calmo, numa vida perfeita. Então, o olhar se voltou para Jeon, que mantinha a cabeça baixa, olhando Mago.

— Você acha que a vida pode ser mais maravilhosa que isso? – Jeongguk indagou, a pergunta tão baixa que Jimin quase teve que lhe questionar sobre o que falava.

Sorriu.

— Acho que, depois de tanta dor, conseguimos descobrir exatamente o que nos faz feliz. Sou grato por isso.

Os dedos se uniram, num toque gentil. Haveria ainda em seus destinos muito sorriso e lágrimas. Mas, o coração estava em paz, porque sabiam que qualquer que fosse os percalços que a vida ainda traria, enfrentariam tudo juntos.

E assim seria...

Fim

Fim

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Rendição (Jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora