Capítulo 11

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a porta que separava o restaurante da bela sacada foi fechada, isolando o par, Jimin voltou os olhos para Jeon.

Jeongguk estava preocupado. As mãos  contorciam-se uma na outra, tentando transmitir confiança e calor. Jimin sabia os motivos. Após a noite de amor e sexo que tiveram, era agora a hora do confronto.

— Foi um erro... – sussurrou incerto. – Perdoe-me.

Os olhos de Jeon pareceram incrédulos, mas logo Jeongguk dava um passo à frente, abraçando o amante.

— Nunca mais repita isso, Park – pediu. – Nunca mais!

— Não estou pronto para voltar para você, Jeongguk – assumiu, franco.

Jeon elevou as mãos, erguendo o queixo de Jimin. Estavam tão próximos e ao mesmo tempo tão longe.

— Gostaria de ser um homem respeitador, que aceitaria sua posição e teria compreensão o suficiente para me manter longe; contudo, não sou assim. Jamais serei. Não posso e não vou permitir que se vá. Não agora que conseguimos nos entender.

— Fizemos sexo, apenas isso – Jimin protegeu-se.

— Foi muito mais do que sexo. Você sabe disso tão bem quanto eu. Já fizemos sexo, mas a noite passada foi amor, puro e louco.

Jimin tentou se desvencilhar, mas não conseguiu. Jeon sabia medir sua força quando assim o queria.

— Ji-min – chamou-o. – Por que está fazendo isso? Você sabe que não será feliz longe de mim, e eu igualmente estou um trapo humano longe de ti. Por favor...

— Ainda não o perdoei – assumiu, de supetão.

Só então sentiu as mãos másculas de Jeon soltando-o. Os dois se encararam, dessa vez o olhar trazia um resquício de mágoa e ressentimento.

— Mas você sabe que Yuu mentiu – Jeon perseverou. – Eu te disse que o confrontaria na sua frente!

— Nega que esteve com ele no meu aniversário? E que ele esteve no nosso apartamento enquanto me encontrava no hospital?

— Está falando sério?

— Acha que eu brincaria com algo assim? Você me enganou, me tratou mal durante meses, me traiu com um pirralho, e acha que uma noite de sexo vai fazer com que tudo se acerte por um passo de mágica?

Jeon bufou. Seu olhar se tornou duro e raivoso.

— Não te traí, Jimin!

— Depende muito do ponto de vista – Park opinou. – Qual é o seu ideal de fidelidade e lealdade?

Jeon emudeceu, o olhar pareceu perdido. E não era apenas seu semblante que demonstrava a confusão que vivia. Queria se defender, se proteger, explicar sua posição. Todavia, haviam fatos que não podiam ser negados. Por mais que não fizera nada durante a estadia de Jimin no hospital, sua consciência não o deixava em paz sob o aniversário do amante. Sim, esteve com Lee, bebeu com ele e...

Balançou a face, afastando os pensamentos do sexo oral que ocorrera. Estava bêbado e transtornado. Não tivera a intenção.

— Eu acho que encerramos o assunto aqui, não? – Jimin sorriu, triste. – Até mais tarde, Jeon...

Não!

— Espere! – Jeon segurou seu braço. – Já me desculpei muitas vezes, e tornarei a me desculpar. Nunca devia ter esquecido seu aniversário e muito menos ter aceitado a companhia de Yuu durante aquele dia. Mas, ele não fez e nunca fará parte da minha vida. Você é a minha vida, Jimin... Nunca haverá mais ninguém!

Rendição (Jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora