3. Depois do sexo

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Jungkook estava encostado no apoio da banheira, agora completamente cheia. Jimin estava sentado entre suas pernas, as costas apoiadas contra o peito marcado de Jungkook. Haviam marcas dos dentes e unhas de Jimin por todo o seu corpo. Apesar dos traços delicados, a força que possuía não ficava evidente apenas em seus músculos definidos, mas também na dor que suas mandíbulas e mãos causaram a Jungkook. Não que Jungkook achasse ruim. Ele só estava surpreso.

Desde que haviam acabado de transar, Jungkook estava em silêncio. Pensava em como o sexo havia sido muito estranho, e ainda assim incrivelmente prazeroso. Jimin era muito oral, mas não do modo convencional. Além das mordidas que haviam deixado marcas vermelhas e arroxeadas, ele havia usado a língua de maneiras que Jungkook não imaginava que fossem possíveis, mas não para fazer sexo oral propriamente dito. Os lábios, apesar de macios, também eram capazes de coisas incríveis, menos beijar. Todas as vezes que Jungkook havia tentado beijar aquela boca tão tentadora, Jimin havia desviado. O estranho é que já haviam se beijado mais cedo, então ele não entendia porque agora aquele pudor havia surgido, especialmente porque aqueles lábios e língua estiveram em lugares muito menos virtuosos que a boca. Essas peculiaridades só não tomaram a mente de Jungkook durante o sexo porque a conexão entre os dois havia sido intensa. Quando era mordido com força, junto com a dor sentia um imenso prazer. Jungkook costumava ser lento para gozar, mas o ritmo no qual Jimin movimentava seus quadris contra os seus parecia estar em perfeita sintonia com o prazer que o envolvia. Os dois pareciam se mover juntos em direção a um ápice que, de fato, ambos alcançaram ao mesmo tempo. Jungkook não era muito experiente, mas aquilo nunca havia acontecido, e até então achava que isso de gozar juntos era coisa de romances pornográficos.

Assim que terminaram, Jimin o trouxe para a banheira. Jimin estava completamente relaxado em seus braços e aquilo contagiava Jungkook, que normalmente se tornava mais agitado depois de fazer sexo. Depois de algum tempo recuperando suas forças, Jimin virou-se de frente para o outro e se encostou na borda da banheira oposta a Jungkook. Suas pernas ainda se encostavam e Jimin usava as costas dos pés para acariciar as panturrilhas do outro.

-Não quero expulsar você, mas... Não tem ninguém que vai sentir sua falta? Não seria melhor você ir embora?

Jungkook pareceu triste.

-Não tenho pra onde ir... Eu briguei com todo mundo. E bem, tomara que sintam mesmo minha falta. Se você me emprestar seu celular, posso ver se meus amigos podem me buscar aqui.

Jimin preocupou-se pela primeira vez. Se dava conta agora de que agira impulsivamente trazendo o outro pra casa. Ele não podia guia-lo a outro lugar naquele momento, nem queria revelar seu endereço a mais ninguém. E sabia que poderiam ambos entrar em apuros caso o mais novo fosse descoberto ali com ele. Agora também pensava se o garoto era um desses adolescentes que parecem adultos e fugiam de casa em busca de aventura e se fosse esse o caso, estaria se expondo ainda mais do que pensara trazendo-o até ali.

-Quantos anos você tem? Eu não cometi nenhum crime, cometi? Não quero ser procurado por isso...

-Não, hyung, eu tenho 19 anos. – Jungkook esticou os braços para pegar suas roupas e tirou do bolso de sua calça sua carteira. Mostrou o documento que provava sua idade para Jimin, que depois de olhar o ano de nascimento do outro torceu os lábios parecendo chateado. Tentando fazê-lo sorrir, Jungkook continuou – Ou você acha que uma criança faria as coisas que eu fiz aqui?

-Definitivamente não. Nem as coisas que você fez aqui nem as coisas que você fez na festa.

-O que eu fiz na festa? E como eu caí? Você ainda não me contou como nos conhecemos.

-Certo, eu vou te contar. Mas primeiro você vai me contar como foi parar na festa e porque ninguém está te procurando mas ainda assim você quer que alguém sinta falta de você. – Jimin riu divertido – Você não fugiu de casa brigado com os pais, saiu?

Jungkook se encolheu e o sorriso de Jimin desapareceu.

-É meio que isso...

Jimin fechou os olhos e tombou a cabeça para trás. Encarando o teto, ordenou o mais novo.

-Pode começar a falar em que problema eu me meti.

Noites vivas - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora