Bala: Achei que fosse demorar mais. — me deu um selinho quando saí do banheiro.
Viviane: Tá sendo irônico? — riu. — Odeio me arrumar na casa dos outros.
Bala: Fica tranquila, daqui a pouco tu se acostuma. Bora logo, minha garganta tá seca.
Não tinha baile esse final de semana, estávamos indo pro aniversário da mulher do patrão dele, e ainda íamos passar pra buscar a Hellen e a Anne.
Chegamos na festa e ele foi me apresentar pra aniversariante, que disse pra eu ficar a vontade. Depois disso, saímos andando até onde os meninos estavam, isso, sem que ele soltasse a minha mão um minuto.
Sabe quando você vai andando e as pessoas vão acompanhando você com o olhar? Era o que tava acontecendo com a gente.
Viviane: Não trouxe nem um presente... — comentei baixo.
Bala: Tu acha mermo que ela tá preocupada com presente, preta?
Viviane: Ah, não sei...
Bala: Tudo que a gente pensar em dar pra ela, o paizão já deu antes. — rimos e realmente, difícil dar presente pra quem já tem tudo.
Comecei a beber com a Hellen, a Anne já tinha sumido no globo, ela sempre foi assim. Estávamos dançando e os meninos iguais a uns postes atrás da gente, sério, eu não lembro de ter contratado segurança não.
Fabiana: Com todo respeito, meninos. — deu a mão pra mim e pra Hellen. — Vou levar essas gostosas pra dançarem lá na frente comigo.
Bala: Ih ou, vou ter que acionar o patrão. Roubando minha mulher assim... — falou rindo.
Fabiana: Se controla aí, Bala. Hoje a noite é nossa.
Fomos pro meio da pista e dancei como se o mundo fosse acabar, que saudade disso. Volta e meia aparecia o Lobão ou o Daniel pra encher nossos copos.
Viviane: Tô ficando alta, hein.
Hellen: Eu tô gigante, amiga.
Fabiana: O PT é certo...
Olhei pra mesa dos meninos, e a Anne tava lá conversando com eles.
Fabiana: Quem é aquela? É a amiga que o Lobão pediu permissão pra trazer? — concordei com a cabeça. — Primeira e última vez, já não gostei dela.
Eu já tava bem baqueada, falando nada com nada quando a festa acabou. Sobramos só nós, sentamos em uma mesa, tomando cerveja e comendo salgadinho.
Hellen: Não, porque eu quero 4 filhos, né amor? — falou com o Lobão e não teve um que não riu da reação dele. — E todos vão ser afilhados da Viviane, já que ela não quer nenhum.
Bala: Não?
Viviane: Não. — sorri amarelo.
Hellen: Falei demais, né?
Viviane: Como sempre...
Fabiana: Enfim, também não queria filho, mas depois que casei, já vamos pro terceiro.
Anne: Acho que um filho seu com o Dani ia ser lindo.
Fabiana: Quem é Dani, garota?! Pra você é Bala. — clima pesou legal.
Sangue: Fabiana...
Fabiana: Gildo... Você me conhece. — levantou.
Fiz sinal com a cabeça pra Hellen, que entendeu logo, Lobão também pegou no ar e a gente começou a levantar acampamento.
Hellen: Fabi, a gente já vai tá?
Fabiana: Ah gente, vai não. Tá cedo...
Viviane: Tá nada, menina. Já viu a hora? — disse, tentando descontrair.
Fabiana: Mas amanhã vocês voltam, né?
Viviane: Com certeza.
Fabiana: Sem participações especiais, tragam biquíni e Vivi?
Viviane: Oi?
Fabiana: Um olho no padre e o outro na missa, hein mona?!
Hellen: Eu não aguento essa Fabiana, gente.
Entramos no carro e fomos em silêncio até deixar a Anne.
Bala: Tu não vai levar biquíni não, né?
Viviane: O quê?
Bala: Lá no Sangue, amanhã.
Viviane: Não tem nem biquíni na minha bolsa, Daniel. — ri e neguei com a cabeça.
Bala: Não é que eu seja controlador não...
Viviane: Hm... — eu tentava segurar o riso.
Bala: Tá debochando? — já ficou puto. — Só não acho maneiro, porque vai tá os cara tudo lá, vão ficar te olhando e eles são tudo fura-olho.
Viviane: Já disse, não tenho biquíni na bolsa, ué...
Fui pro banho e ele veio atrás de mim, já de pau duro, sem cerimônia alguma. Me empurrou contra a parede e começou a beijar meu pescoço, desceu pros meus seios, brincou com meus piercings de subiu de novo.
Bala: Papo reto, fico igual a um babaca te olhando... Tu é gostosa pra caralho. — sorri e nos beijamos com certa vontade, nós tínhamos urgência um do outro.
Minhas mãos passeavam por suas costas, enquanto ele me apertava toda contra o seu corpo e eu gostava disso. Levantou um pouco minha perna, se abaixou e encaixou seu pau em mim, fazendo com que eu soltasse um gemido baixinho.
Com rapidez, segurou a outra perna e eu as envolvi em sua cintura. As estocadas, que antes de eram lentas, começaram a aumentar. Ele me segurava forte e mesmo com a água caindo na gente, nos olhávamos e tentávamos nos beijar. Era coisa de louco o nosso tesão.
Fodíamos como dois adolescentes, estávamos em outro lugar naquele momento. Minhas mãos, que antes estavam na parede, tentando sustentar meu peso, passaram pro seu cabelo e suas costas.
Gemíamos juntos, estávamos a ponto de chegar no nosso ápice, quando ele apoiou a mão no blindex e aquele barulhão quase nos matou.
Daniel: Puta que pariu, não acredito. — eu quase caí, mas ele me segurou forte.
Viviane: Que merda! — falei em meio a crise de riso que me deu. — Olha o que a gente fez.
Daniel: Na moral... Parei contigo. — disse rindo e me tirou do box, ainda no colo e me deixou do lado de fora do banheiro.
Viviane: Me dá a toalha, vou pegar o chinelo pra você.
Ele me deu a toalha, me enrolei nela, calcei meu chinelo e entreguei o dele. Eu não conseguia parar de rir, não conseguia acreditar que tínhamos quebrado o blindex.