VIVIANE
Acordei estressada no último, e como minhas coisas já estavam arrumadas, levantei, fiz minha higienes e quando voltei pro quarto, o Daniel já estava acordado.
Bala: Qual foi, vai ficar nessa gracinha??
Viviane: Tem gracinha nenhuma não, quero ir pra casa. — respirei fundo. — E se não quiser me levar, não precisa.
Ele não disse mais nada, só levantou, ficou um tempo no banheiro e saiu...
Bala: Bó! — pegou as coisas e eu fui o seguindo.
Marli: Caíram da cama foi?
Viviane: Tenho que ir, tia Marli. — dei dois beijinhos nela.
Bala: Tem que ir porra nenhuma, tá é de gracinha, pô. Uma hora dessa... — disse puto, saindo pela porta da cozinha.
Saltei do carro e nem um beijo nele dei, ele até tentou me segurar pelo braço, mas eu só agradeci e entrei.
Graças a Deus, todo mundo já tinha saído pra trabalhar, então, adiantei tudo que tinha pra fazer, botei um som alto, fiz almoço e tudo mais.
📱 MÃE 📱
— Vivi? — estranhei.
— Oi mãe, benção.
— Deus abençoe. Tá aonde? No trabalho?
— Não, mãe. Eu tô em casa, tô de férias esse mês.
— Ah, tudo bem, então. Você não tem 200$ aí sobrando não?
— Mãe, eu até tenho, mas sobrando, eu não tenho não. É pra alguma conta?
— Não, é que eu queria comprar um negócio pra sua irmã. — neguei com a cabeça.
— Mais tarde a gente vê isso, vou fazer minhas contas aqui.
— Tá bom, te liguei porque achei que não fosse voltar hoje.
— Entendi. Beijo, tchau.
— Beijo.
Fim da ligação
Eu não consigo acreditar nessas coisas que acontecem aqui em casa, sinceramente. E parece que enquanto eu estava fora, as coisas entre elas se ajeitaram, né?!
Como não faço ideia da hora que Thatiana chega da escola, almocei, lavei tudo e fui pro meu quarto.
Rolei um pouco na cama, até dormir. Fiquei pensando se emprestava ou não, já que eu tinha pago a última parcela do meu telefone e agora, queria comprar uma TV ou juntar pra dar entrada em uma moto.
Estávamos todos na sala, eu nem tinha visto a hora que a Thatiana chegou, estava dormindo a beça.
Já havia conversado com a minha sobre o dinheiro, mas não tinha feito as minhas contas. Enfim, meu pai fez uma macarronada divina pra gente, ele tirava onda no fogão.
Josué: Thatiana, louça da janta é sua. — eu neguei com a cabeça e saí rindo.
Viviane: Vocês se iludem muito. — disse voltando pra sala e minha mãe me olhando com cara de cu. — A de ontem também não foi dela?
Rose: Foi.
Viviane: Cheguei hoje e lavei tudo antes de fazer almoço... — meu telefone apitou, era mensagem do Daniel.
📱BALA 🖤 📱
B: preta
B: to indo ai, preciso falar ctg
V: Tá!
Fim da conversa.
Guardei o telefone no bolso, fui escovar os dentes e voltei.
Rose: Vai aonde?
Viviane: Falar com o Daniel.
Rose: Não quero vagabundo no meu portão.
Viviane: Fica tranquila... — dei de ombros e saí.
Ele já sabia dessas viagens da minha mãe, então não parava no portão, parava sempre um pouco mais à frente.
Viviane: O que foi?
Bala: Qual foi, vai continuar me tratando assim? — me deu um selinho e eu fiquei parada.
Viviane: Estou tratando você normal. O que manda?
Bala: Então, vou ter que sair de missão essa madrugada.
Viviane: Ué, mas isso é responsabilidade sua?
Bala: Não, po. Mas tenho que ir fortalecer, patrão pediu porque eu já fui em outras e conheço bem os bagulho que tem que ser feito. — assenti. — Bagulho foi de última hora, tá ligado?
Viviane: Tô ligada. E vai ficar quanto tempo fora?
Bala: Se der bom, até o final de semana.
Viviane: Entendi. Então, boa sorte.
Bala: Qual foi? É só isso?! Vamo ficar tempão sem se ver, sem se falar e tu não vai me dar um beijo, cara?
Viviane: As coisas são todas muito fáceis pra você, né Daniel? — neguei com a cabeça. — Você sempre faz as paradas da maneira que quer, e a J que todo mundo tem que aceitar, se não, isso te fere de uma tal forma...
Bala: Já é, Viviane. Já é... Vou entrar em contradição contigo não, tá ligado?! Até porque eu vou prum bagulho pura responsa e preciso estar com a mente limpa. Tu quer sustentar isso? — começou a falar mais alto. — Foda-se, então.
Viviane: É isso... Foda-se, então. — dei ênfase e ele saiu.
