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Eu achava que conhecia gente exagerada, até sair pra fazer compras com o Daniel. Ele deve ter comprado roupa até o resto da vida pros meninos, sem brincadeira nenhuma.

E olha que ele nem pode ficar dando muito mole lá embaixo, mas mesmo assim, gastou um tempo comprando roupa pros meninos.

Eu fiquei com a missão de escolher as roupas da Danielle e me acabei, montei igual boneca mesmo. Espero que tudo sirva, porque como Daniel disse ela é linda mesmo, dá vontade de morder e tudo.

Enquanto eu fui comprar sorvete com os meninos, Daniel foi botar as coisas no carro e ia nos buscar  do outro lado, já na subida pra casa.

Assim que ele estacionou, escutei de longe, alguém gritar o Callebe. E ele também ouviu, porque parou pra olhar e uns dois meninos vieram na direção dele.

Botei o Bryan pra dentro e fiquei em pé na porta, prestando atenção no que eles falavam.

Callebe: E aí, Marinho. E aí, Chorão. — eles fizeram um toque de mão.

X: Tu não vai com a gente pra pista hoje não?

X2: É sábado, vai estar lotado lá.

Callebe: Vou nada, meu irmão salvou a gente. — abriu um sorrisão. — Olha ele ali... — apontou pro Dani, que tava olhando também e fez um joia pros meninos.

X: Tu nunca mais vai voltar?

Callebe: Eu não, eu não. Graças a Deus!

X2: Pô, Callebe...

Callebe: Mas eu vou pedir pro Daniel ajudar vocês  também, gente. Pera aí...

Ele foi todo tímido pro lado do motorista, chamou o Daniel pela janela, falou alguma coisa dom ele e o Dani confirmou com a cabeça. Mexeu aqui, mexeu dali, mexeu no porta-luvas e pegou um dinheiro.

Callebe: Pronto! — chegou perto dos meninos e deu uma nota pra cada um. — Vocês não precisam ir lá hoje também.

Os meninos não conseguiram esconder os sorrisos, fiquei olhando a situação e meu coração ficou pequeno. Eles se abraçaram, falaram algo que eu não entendi e o Callebe veio pro carro.

Enquanto ele foi levar os meninos, eu fiquei na minha e aproveitei pra ir na minha casa, que tá ficando linda e toda vez que eu vou ver como estão as coisas, fico mais apaixonada.

A noite tava gostosa demais, meu irmão e meu pai vieram pra minha avó. Meu avô tava super feliz, bebendo a beça, cheio de assunto com eles.

Jandira: Filha... — me chamou pra mais perto. — Você acha que já tá na hora de falar pra sua mãe?

Viviane: Ih vó, esse barulho eu não quero pra mim. — dei risada. — Mas acho que é melhor ela saber de uma vez, do que deixar pra depois e ela ainda inventar assunto com meu pai.

Daniel chegou com algumas cervejas, cumprimentou o pessoal, estalou a dele e sentou quase no meu colo. Muito grude, Deus que me perdoe.

Bala: Tu disse que tinha irmão, né amor? Mas eu não pensei que fosse gêmeo. — deu risada e tomou a cerveja dele.

A noite foi tranquila, todo mundo entrosado, falando pra caralho. Com certeza, essa é a vida que todo ser humano pede a Deus, sabe? Viver em paz!

Eu nunca tinha visto o meu pai daquela forma, ele estava bêbado e isso pra mim já era normal, mas não tava do jeito que ele ficava quando eu achava ele nos bares daqui. Ele tava feliz, tava tranquilo, carinhoso igual a mim, toda hora falava que amava a gente, que Daniel tinha a benção dele e que podia casar comigo. Tava até engraçado...

Osvaldo: Não vai embora não, fica por aí.

Josué: Ô pai, Rose vai vir atrás de mim.

Osvaldo: Problema dela, melhor vivo e dormindo aqui, do que com acidente de carro e morto.

Acho incrível a moral que meu avô tem com os filhos até hoje. Com ele não tem desenrolo, é falou, andou e acabou.

Então, meu pai que não é maluco, nem nada. Arrumou os paninho de bunda dele e caiu por lá. Tranquilo e calmo.

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(vocês estão fracxs nesses comentários, hein gente!!! quero interação)

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