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BALA

Fiz mó correria no dia da minha preta pra trazer tudo direitinho pra ela, tá ligado? Finalizei também com os caras do churrasco de sábado, fechei com o maluco do depósito ali embaixo e o já deixei combinado com minha tia e com o Vitor, melhor amigo da Viviá, pra eles irem cedo e receber o pessoal.

Isabella chamou o pessoal da escola que ela tem mais contato, porque né? Proceder é diferente. Convoquei um pessoal da firma, mas tudo no sapatinho, pra não dar bolo doido e minha preta ter tudo na paz.

Noite dela e ela me surpreende com um pedido de casamento, tá maluco. Tinha jeito melhor de comemorar mais um ano dela? Tinha não, po. E papo reto, eu tava esperando nada.

Hoje eu tô por conta da firma, só trabalho pesado, só responsa e já pedi uma reunião com os cara pra meter o meu pé daqui, tá ligado?

Guardei um dinheiro que eu tinha, botei na conta de um laranja aí, mas como, gente de confiança minha e os caras nem tá ligado que ele tá metido. Ele faz trabalho só pra mim mermo, tá ligado?

Mas é isso, vou descer pra comer na pensão da tia la, fui com minha rapaziada mermo, tem que andar de escolta, tem jeito não. Vagabundo fica esperando um mole nosso pra dar bote, acha que eu não to ligado.

Curumim: Tá ligado que tu vai ser tio de novo, né?

Bala: Tio? Entendi não. Minha irmã tá grávida?

Curumim: Ah, qual foi? Tu não tá ligado não? — falou rindo com o Tiélio. — Acerola lançou um boneco com a irmã da primeira dama, po.

Eles falaram na gastação, porque tavam no desenrolo da Thatiana e do Acerola, depois da coça que a Viviá deu nela. Na verdade, não teve um que não ficou sabendo do bagulho, né? A mina ficou judiada, Viviane pegou sem leme, nem parece que é irmã.

Bala: Tava ligado não, po. Quem deu esse papo?

Tiélio: Ele mermo, tava felizão ontem, po. Pagou até cerveja pra nós.

Bala: Deus abençoe o moleque, po. — terminei de comer.

Dia passou correndo, graças s Deus. Deu a hora de meter o pé pra casa e buscar minha preta. Hoje tem Vou Pro Sereno, bebê. Bagulho vai ficar de verdade mesmo.

Cheguei em casa e a preta tava a coisa mais linda do mundo, vestida no conjunto que eu dei pra ela, sentada de perna cruzada no sofá, comendo um hambúrguer, como se tivesse saído da cadeia há 10 minutos atrás.

Bala: Que larica é essa, filhota? — cheguei rindo e dei um beijo na testa dela, que deu dedo do meio pra mim. — Que revolta, po.

Viviane: Comprei pra você também, tá lá no microondas.

Bala: Que isso, bebê. Lembrou de mim? — deixei as coisas em cima da mesa e tirei a blusa, jogando em cima dela.

Viviane: Eu consigo esquecer? — revirou os olhos e riu.

O humor dessa mulher é um bagulho sem explicação, tá ligado? Nunca da pra saber qual é, chega a ser engraçado.

Subi pra tomar um banho e minha roupa tava separadinha junto com a dela. Ela tem muito dessas coisas de botar a gente pra andar combinado, pegando o mesmo estilo e eu confesso que me amarro, são nessas pequenas paradas que eu vejo o quanto essas paradas significam.

Mais tarde, depois de arrumados, eu pedi pra gente tirar foto, mesmo que seja pra deixar guardada.

Fiquei um tempão olhando pra Viviane dentro daquela roupa, sorrindo, e tive a certeza que se eu não sou o homem mais feliz do mundo, eu tô perto, sei lá.

Bala: Bora?

Viviane: Vamo, amor. — passou por mim, jogando a bunda pra atiçar.

Bala: Vai brincando, vai. Vai ter que se arrumar toda de novo. — puxei-a pelo cabelo e dei um cheiro no pescoço, apertando sua bunda em seguida.

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