capítulo 24 (✓)

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"A justiça é discreta, não faz alarde nem tem pressa em chegar. É só quando se menos espera que ela levanta um coração com coragem, para revelá-la em suas ações."

V I C T O R I A

Na parte da tarde, depois da caçada evito encontrar com Owen ou qualquer outro membro da corte, tudo o que eu quero é fazer as doações antes do fim do dia, ou pelo menos sem ser detida por um imprevisto.

Estou na parte externa da cozinha, Denver e Olga estão me ajudando a vistoriar os suprimentos que são empilhados nas carroças, Helena também participa do trabalho. Ainda estou vestida com roupas de caça porque acabei fugindo de lá após ter desobedecido Owen e colocado o dedo na maior de minhas feridas; Ben.

— Toria. — Lisa acena ao longe, ela está galopando em um garanhão marrom até a direção dos suprimentos. — Perdoe-me por estar tão ausente. — Lisa pula do cavalo, dando a correia para um dos guardas reais que cuidava dela e da criada que a acompanha. — Sinto que não tenho sido uma boa amiga.

Lisa me abraça, eu retribuo mas também aproveito o momento para dizer;

— Você ajudou Daaniel? — pergunto suavemente ao pé de seu ouvido, a voz quase um sussurro.

Mantenho o sorriso firme para que os guardas pensem que estou tagarelando sobre alguma coisa boba e irrelevante.

— Sim. — Lisa se afasta nos deixando cara a cara, ela também abre um sorriso falso enquanto retira as luvas que protegem suas mãos da aspereza das rédeas. — Era o mínimo que eu poderia fazer depois de não ter a ajudado no jantar, assim que Ben não me deixou entrar para vê-la comentei sobre as passagens com meu primo, mas não me lembrava qual delas usar para chegar ao seu quarto. Daaniel sabia, claro, ele sempre foi mais esperto em decorar os caminhos.

— Viu como é uma boa amiga. — Levanto as sobrancelhas — Estamos bem. Lisa, de verdade. — aperto suas mãos a confortando. — E então, vem comigo hoje?

— Eu adoraria. — Seus olhos se estreitam e ela abre a boca para responder antes de fechá-la com força de novo. — Mas não sei se meu pai deixará que eu saia do palácio, queria ir para poder ao menos conversar com o meu guarda do baile, mas seria muito arriscado.

— Tenho uma ideia. — aponto para os servos. — Não vão muitos guardas conosco, a maioria é da cozinha e eles não vão nem notar se você estiver disfarçada de criada. Pode dizer aos seus guardas que está se sentindo mal e sair pela passagem.

— Esse é o problema, não são todos os quartos com ligações com as passagens secretas, o seu é uma exceção dos quartos não reais.

— Onde é a entrada mais próxima para alguma passagem?

— Tem uma ou outra nos corredores mais vazios, vou pensar em algo. — Lisa reflete. — Me ajudaria mesmo com isso?

— Claro, somos amigas, é isso que fazemos, nós ajudamos. Só tenha certeza de que o soldado que roubou seu coração vá conosco assim vocês poderão se afastar da gente e curtir a tarde na capital como um casal normal.

Ela sorri de leve.

— Sua mente é uma arma perigosa Toria.

Reprimo uma gargalhada.

— Posso ser útil quando quero. — pisco e Lisa sorri.

— Vou cuidar de garantir que Lucca vá conosco. — minha amiga sussurra. — e de dar um jeito de me perder dos guardas.

— Ótimo, eu cuido do resto.

Quando Lisa se vai ergo os olhos para Helena e dirijo-lhe meu mais doce sorriso ao aproximar, ela me olha de esguelha com uma expressão de preocupação brincalhona; — Lá vem..

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