Capítulo 3

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A faculdade é realmente um saco! Pra que isso tudo meu pai? Tem tanta gente que monta seus próprios negócios sem nunca nem ter pisado numa porra de sala de aula.

Isso só acontece com quem já nasce rico ou com pessoas sortudas e inteligentes o suficiente.

Maldito subconsciente.

Só se passaram algumas horas e algumas aulas tediosas, ainda tenho a tarde toda nesse purgatório.

Neste momento eu desfruto da santa paz, comendo pão com creme de avelã, que olha, é um almoço super nutritivo e nem engorda sabe. Mari saiu pra almoçar, insistiu que eu fosse que ela pagava, mas eu realmente não posso gastar muito mais do que minha tia me manda todos os meses, e como hoje a noite eu vou sair, pretendo beber alguma coisa e aí vem os gastos.

O que me lembra que preciso arrumar um emprego.

Depois de lutar contra meu tédio e sono, as aulas finalmente se acabaram e são cinco e meia da tarde, dá tempo de ficar apresentável pra hoje a noite. A festa começa às oito e meia. Já que hoje temos festa, Mari disse que poderia me levar pra casa, me livrou da tortura de pegar o ônibus, estou só esperando ela aparecer pra irmos embora, e como se não fosse surpresa, bastou pensar nela e ela está vindo aí.

— Pronta pra beijar e balançar o corpinho hoje — dou uma cutucada nela com o cotovelo.

— Meu Deus — ela faz cara de dor — você um dia ainda vai me dar uma dor de cabeça que será meu fim, certeza, mas mudando de assunto, quero que faça minha maquiagem, não quero gastar, já que você sabe fazer então passo lá dentro de uma hora, ok? — Mari diz que eu maquio muito bem, mas na minha opinião eu só sei o básico do básico.

— Tudo bem, quero que sejamos os destaques da noite — faço pose de modelo, o que faz Mari gargalhar. — do que você tanto ri?

— Pra ser sincera nem eu sei — ela adentra o carro rindo — sua loucura deve ser contagiosa, melhor deixar você logo em casa antes que meus sintomas fiquem piores.

Entramos no carro e como ela diz direto a mim que não aguenta mais ouvir sempre as mesmas músicas de uma banda só, eu entro no meu mundinho quando coloco os fones e a voz de Christopher e dos meninos invade meus ouvidos e todos os meus sentidos.

Eu sei que ele não sabe de mim, mas eu não sei explicar, eu sinto essa coisa que ninguém nunca me despertou, eu tenho 19 anos agora e ninguém além dele me fez sentir essa sensação de arrepio no corpo e toque no coração. É ridículo pensar que nunca me apaixonei, e quando isso aconteceu foi por alguém tão inalcançável.

Depois de alguns minutos perdida em meus pensamentos chegamos ao meu pequeno apartamento, me despeço de Mari e vou entrando, tenho muito pra resolver.

Na realidade eu nem sei o que vou vestir, minhas roupas não são tão novas e eu estou tão lisa que se você me virar de cabeça para baixo não cai um moedinha de cinco centavos, não posso gastar.

Eu literalmente coloco todas as minhas roupas em cima da cama, vou me arrepender depois pra arrumar, mas não sei o que vestir, Mariana diz sempre que sou dramática, tenho muitas roupas e no final digo que não tenho nada.

Tudo bem, vamos lá, tenho três opções:

Opção 1 :
Vestido tubinho preto com alças finas e costas nuas, com um salto preto.

Opção 2:
Conjunto de shortinho e cropped floral com uma sandália vermelha.

Opção 3:
Vestido vinho com decote V a-cinturado com uma sandália preta de salto fino.

E agora? Qual desses? É nesse momentos que sinto falta de Mariana.

Sou pessima quando o assunto é tomar decisões.

A Fantasia de uma Fã - Livro 1 (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora