A Fantasia de uma Fã - Livro 1 (EM REVISÃO)

Capítulo 23

— Camila, escolhe logo, todos os dois ficaram lindos — Mari não entende que eu preciso estar perfeita — e você não tá gorda coisa nenhuma, dramática — reviro meus olhos para ela.

— Sério, não sei qual levar, todos os dois ficaram lindos, mas se bem que o conjunto de couro me deixou com um ar sexy, mas o vinho é muito lindo — se tem uma pessoa indecisa essa sou eu, estou na dúvida entre dois conjuntinhos lindos, um de couro e outro cor de vinho.

— Cami, você já tem muita roupa vermelha e vinho, leva o de couro, valorizou seus peitos — realmente, o de couro não deixou aquele decotão, mas está visível.

— Tá, vou levar o de couro — ela levanta os braços agradecendo — estou pensando seriamente em começar ir para a academia e fazer uma dieta. — Mari olha pra mim e começa a dar risada.

— Até parece, você não aguenta uma semana, eu te conheço — ela tá falando isso porque ano passado eu disse que ia tentar ter uma vida mais saudável. Só fui o primeiro dia da academia, voltei toda dolorida e não fui mais, no terceiro dia de dieta eu queria matar as pessoas.

— Você vai ver, esse ano eu consigo — paro em frente ao espelho e olho meu reflexo — o que você acha se eu ficar loira? — olho pra ela e ela está me dizendo com aquele olhar de "você perdeu o juízo?" — tá, não loira, mas e se eu fizesse umas luzes?

— Depois você pensa nas loucuras que pretende fazer com seu cabelo, vamos comer — ela me puxa pelo braço, me levando para o caixa da loja.

Pagamos as roupas e fomos comer.

Mari fez uma ótima escolha nas roupas, escolheu uma saia preta, e uma blusinha branca com as costas nuas, ela ficou um arraso.

Pedimos nossos sanduíches no MC Donald's, ela me olhou me perguntando sobre a dieta e eu disse que só começava segunda.

Nos sentamos e quando eu ia começar a comer, meu celular vibrou.

Gostou?

— Mari — ela me olha com a boca cheia — foi ele mesmo — ela quase cospe o sanduíche fora.

Ainda bem que não comecei a comer, se não teria acontecido o mesmo comigo, puta merda.

— Mas que porra! — nem nos lugares públicos ela diminui os chiliques — mas se foi ele, como foi que ele descobriu seu endereço, já que você jura de pé junto que não falou?

— Vou perguntar agora — pego meu celular e mando uma mensagem.

Como você sabia onde eu morava? Não lembro de ter dito a você.

Mas você disse. Lá no bar, enquanto quase caía de bêbada. Nem eu bebo daquele jeito, toma cuidado. Mulheres bêbadas são um alvo fácil pra aproveitadores.

Estou indignada, eu não lembro de ter dito meu endereço, eu nunca faço isso, não é possível, eu não disse, eu sei que não disse.

Devo ter bebido muito mesmo. Porque não lembro de ter dado meu endereço. Mas não se preocupe, posso estar bêbada, mas sei me defender muito bem.

Não quis dizer que você não sabe se defender. Só digo pra tomar cuidado, conselho de amigo que se preocupa com você.

Sei. Quando volta pra cidade?

Saudades de mim?

Não seja convencido. Só perguntei pra saber se você vai estar no dia do show.

Tá empolgada hein. Mas é a banda que te empolga ou o fato de me ver novamente?

É claro que a banda. Você não tem tanta importância assim, não se iluda.