Respiro fundo antes de começar, nossa pra ter uma conversa assim eu precisaria de café primeiro, e um analgésico.
— Christopher Vélez. — não sei se foi o álcool ou a menção do nome dele, mas meu estomago deu três cambalhotas.
— E quem é esse? Seu ex namorado? — eu dou risada, realmente não o culpo por não saber quem é, o gosto musical dele deve ser terrível.
— Quem me dera ele fosse meu namorado ou meu ex, ele é um cantor — ele me olha com cara de risada — ei, sem piadinhas, deixa eu terminar de contar antes que você dê risada e foi você que quis saber.
— Mas eu nem disse nada — ele fala tentando controlar a risada.
— Nem precisou — suspiro — ele é cantor de uma banda chamada CNCO, não me pergunte porque, como, e nem me diga que é apenas uma paixão platônica, porque eu juro, jogo a primeira coisa que eu tiver ao meu alcance na sua cabeça, se fosse platônica como todos dizem, já teria passado, não sou mais uma menina. — respiro fundo pra me recompor e manter meu estômago dentro da minha barriga — a dois anos eu estava na parada do ônibus, estava indo pra casa, naquela época eu tinha 17 anos e morava com minha tia, fazia só um ano que meus pais tinham morrido, eu tinha entrado para a faculdade, no ano seguinte eu iria começar a cursar, e uma garota sentou do meu lado ouvindo uma música deles Tu luz, e quando ouvi a voz dele cantando aquelas palavras "Me abrace forte e não tenha medo, amor, me deixe te explicar", eu senti algo que eu não sentia a muito tempo, paz, perguntei a menina o nome da banda a menina e desde então, ouço as músicas deles, e estou sempre tendo sonhos com ele, na maioria das vezes ele me abandona. Nunca mais consegui me conectar emocionalmente com um homem.
— Nossa isso que é história, mas sinto muito pelos seus pais, quer dizer que você se apaixonou por um cantor que não sabe que você existe, que você nunca o viu? — afirmo — Uau, mas se diz que é apaixonada por ele como sai com outros caras? Que eu saiba pessoas apaixonadas não gemem nos braços de outro como você fez ontem. — dou risada — qual a graça?
— Você nem percebeu não é? Eu deveria ganhar um Oscar por atuar tão bem, ou melhor deveria investir nessa carreira — a confusão em seu rosto é visível — me diz, em algum momento que eu estava transando com você eu abri meus olhos? — ele nega com a cabeça — porque eu não estava pensando em você, estava pensando nele, todos os gemidos que ouviu foram provocados pelas suas ações no meu corpo com a ajuda dos meus pensamentos eróticos, e eu não gozei.
— Não? — nego — nossa então, eu fui meio que como um vibrador pra você? — dou risada afirmando — então transamos e você não chegou nem perto de gozar? — sua cara de decepção me dá vontade de rir, mas eu não vou dizer a ele que de todos ele foi o pior, acho que já traumatizei ele demais.
— Eu sempre chego perto, mas nunca acontece, lembra que eu disse que ia no banheiro tomar banho? — ele afirma — sempre que eu trago alguém aqui, assim que terminamos, eu vou até o banheiro, coloco uma música deles, me concentro na voz dele, e me toco até gozar, mas não é algo que dê saciedade.
— Tá — ele passa a mão nos cabelos e suspira — e porque eu?
— Bom, como eu disse, você tem características dele, como o cabelo, a altura, a cor da pele e seu corpo é um pouco parecido com o dele, se bem que você tem mais músculos, espera vou te mostrar uma foto dele. — levanto, dessa vez bem devagar, e pego meu celular que está ao lado da minha pilha de roupas de ontem, e procuro uma foto no meio das milhares que tenho dele, e mostro duas fotos.
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A Fantasia de uma Fã - Livro 1 (EM REVISÃO)
RomanceA vida de um fã não é fácil, aceitar julgamentos calados, por acompanhar e depositar amor e confiança em pessoas que provavelmente nunca saberão que você existe? É a sociedade não aceita muito bem. E já imaginou o quanto mais ficaria dificil se você...