Capítulo 13

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Tomo um banho, eu realmente estava precisando.

A última vez que tinha tomado banho foi de manhã, como Mari não se arrumou nem nada, mas também ela está apresentável, eu visto um short jeans e uma blusinha floral de alcinha.

Seco e penteio meu cabelo, ficou liso lambido como sempre, mas tá ótimo.

Como eu realmente estava com olheiras gritantes, passei corretivo, um pouco de rímel, e um batom rosa só pra dar cor aos lábios.

Olhei o relógio quando acabei e já eram 19hrs27min, espero que Mari tenha terminado tudo, e espero que Luccas não se atrase.

— I ai, terminou tudo sem arrancar um dedinho — chego na cozinha, sento na mesa e pego minha taça de vinho, tomo um gole, mas Mari tá muito entretida no celular pra notar minha piada e minha presença — terra chamando alienígena Mariana? — bato na mesa.

— Oi, sim eu terminei sem me cortar — ela ainda continua olhando pro celular.

— O que você tanto vê nesse telefone? Espero que não fique assim durante a noite, anda, tá quase na hora dele chegar. — agarro seu braço e balanço.

— Ele me mandou uma solicitação de amizade no Instagram — ele? De quem ela tá falando?

— Ele quem criatura? Leonardo Dicaprio? — dou risada e ela me olha com cara feia — desculpa, péssima hora pra piada né. Quem te mandou solicitação de amizade?

— Luccas — quase cuspo o vinho de volta na taça — como ele me achou tão rápido? Quantas Marianas existem no mundo? Isso é assustador — ela continua fuçando o celular.

— Olha eu não sei, mas você pode perguntar pra ele quando ele chegar, vai ver ele se interessou em você. — dou risada e ela me olha como se fosse me estrangular — qual é, admite, ele é gatinho, e tem um tanquinho lindo se me permite dizer, do resto eu não lembro. — tomo um gole do meu vinho.

— Você é nojenta sabia? — ela me olha com cara de nojo — E ele não faz meu tipo — dou risada, mas uma risada mesmo, alta e gritante.

— Ah qual é Mariana, você não tem tipo, chamou sua atenção, veio até você, você curtiu o papo, já era, ele vai ser fisgado — ela esta pronta pra se defender — E não adianta você negar porque nós duas sabemos que é assim, você é seletiva. Mas se surgir a oportunidade de ficar com um cara, gato e bom de papo, você não deixa escapar, estou errada? — ela revira os olhos.

– Não, não tá, mas ele já ficou com você, dividir o mesmo cara é nojento — ela faz cara de vômito.

— Ei, tá me chamando de suja? — isso que é amiga, desvalorizando a outra.

— Não, mas homem de amiga minha é mulher, você sabe que é assim com nós duas — ela bebe um gole do vinho.

— Sim, mas ele não é meu homem, você sabe quem eu quero que seja, e além do mais foi só uma noite, coloca pilha na cabeça por isso não – minha cabeça baixa e meus olhos confessam tristeza.

— Sonhos de novo? — assinto — ou minha amiga, não é bom você ir sei lá, a uma psicóloga? Tipo, sei lá, uma conversa com alguém que seja especialista nessas coisas pode ajudar você a superar isso. — suspiro.

— E eu vou dizer o que Mari? Que eu estou apaixonada por um cantor, e que tenho sonhos estranhos sempre com ele? Ela vai assinar minha carta de internação, nem sei se quero superar isso — passo as mãos pelos cabelos — só esquece o que eu disse tá, e você – eu pego em sua mão — dá uma chance ao Luccas, não estou falando de pegar ele, mas também não reclamo se pegar — dou risada — mas sério, ele parece ser uma pessoa legal e de poucos amigos assim como nós, pensa bem tá.

A Fantasia de uma Fã - Livro 1 (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora