Capítulo 4

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Eu sou a pessoa mais indecisa da face da terra! Inferno.

Eu preciso de uma segunda opinião, mas Mari só vai chegar daqui a uma hora e eu não tenho paciência pra esperar, não mesmo.

Então vou no que eu me sinto segura, já que uso muito ele, opto pelo vestido vinho com decote V e a sandália preta, coloco meu som pra tocar Se Vuelve Loca, pra entrar no clima, e quando Christopher canta a seguinte estrofe:

"Quien la viera en su casa
Resalta, cómo no
Pero cuando está en la disco y le ponen reggaetón
Ella se vuelve loca, ella se vuelve loca"

Um arrepio sobe pela minha coluna, me fazendo parar no meio do meu quarto e me segurar em algo.

Sempre que ouço a voz dele cantando essa música, meu corpo inteiro se acende. Tesão acumulado mata? Limpo a cabeça e volto ao que estava fazendo.

Preciso correr pra ficar pronta, porque ainda tenho que arrumar Mari quando ela chegar.

Meu cabelo é um pouco longo e liso, sempre me perguntam o que eu faço pra ele ser assim, na verdade nada, nasci com ele assim, o que pra muitos é uma dadiva, pra mim não, eu acho que ele me deixa com cara de criança, então sempre que vou sair eu faço ondas nele com o babyliss.

Mas antes de tudo, um banho vai me ajudar a me manter de pé o resto da noite.

Depois de um banho de uns 15 minutos, claro que não tomei só banho, a voz de Christopher sempre me deixa excitada, sempre faço o possível pra acabar com a vontade, mas nunca é o bastante, na verdade nunca foi.

Depois de um banho, eu começo pelo meu cabelo, ondulo ele e dou volume, quando termino, eu pego minha bolsinha de maquiagem e começo a literalmente rebocar minha cara.

Eu odeio usar vestidos com decote, porque meus seios são um pouco grandes, não é que eu seja peituda, não é isso, só queria que fossem um pouco menores, Mari vive me chamando de mal agradecida, ela diz que eu nasci com peito demais e ela nasceu com de menos, mas eu queria mesmo era a cintura dela, eu não tenho cintura muito fina, tenho bastante quadril e bunda, não acho meu corpo feio, mas meus seios me incomodam um pouco.

Mas é vantagem quando eu procuro alguém pra me divertir.

Depois que visto a roupa e termino de calçar a sandália Mari chega, ela tá com uma saia de couro preta e um cropped do mesmo tecido da saia, seus cabelos curtos estão ondulados e ela está com uma sandália vermelha, isso porque ela mesma disse que não quer conquistar niguem, imagine se quisesse.

Mas sei bem quem ela não vai querer ninguém, Mari não sai com qualquer um, segundo ela, as pessoas precisam ser mais cabeça e menos sexo, eu discordo completamente, temos mais é que se divertir mesmo, a vida é curta demais pra ficar pensando nas consequências de tudo que fazemos, se tiver a chance mesmo que seja pequena de ser feliz, não hesite.

– Uau — me abano com a mão — pensei que era eu que iria atrás de alguém pra me divertir, mas vejo que você tá tomando meu posto. — dou risada e ela revira os olhos.

– Tá careca de saber que não sou assim — ela da uma voltinha — ficou muito ruim?? — ela é um saco quando o assunto é o corpo dela, ela não sabe aceitar que tem um corpo incrível, assim como a personalidade — dá pra notar que estou usando um sutiã de bojo? — dou risada.

— Mari, vai sentar vai, pra eu te maquiar e sairmos porque já é quase oito e meia. — ela fica imóvel e sei que se eu não der minha opinião ela vai continuar ali parada. — tá maravilhosa, gostosa como nenhuma outra, agora anda.

— Não vai fazer nada forte não viu, você sabe que não gosto. — reviro meus olhos em resposta. Esse jeito certinho me dá nos nervos.

Depois de 30 minutos eu terminei, nossa eu arrasei de verdade, a make dela ficou muito linda, um esfumado marrom clássico com uma pálpebra iluminada, e a pele ficou impecável, joguei um batom vinho na boca dela e ela está pronta pra destruir corações.

— Aí eu te amo, nem parece a maluca que entrou por aquela porta a poucos minutos cheia de olheiras, você é um anjo — sorrio enquanto ela se admira no espelho. Ela é linda com e sem maquiagem, só precisa aceitar.

– Tá bom, já estamos prontas pra nós divertir e arrancar alguns suspiros, vamos embora? — pego minha bolsa e o celular — Que horas são?

— Nossa — ela olha o celular — já são 20hrs45min, vamos embora, vou chamar um Uber, já que vamos tomar algum drinque, vou deixar o carro aqui, e vê se não faz barulho demais a noite, vou dormir no sofá. — bato palmas e dou risada.

— Não posso prometer nada — ela me olha com olhar matador — sim senhora mamãe, eu também já lembrei de pegar o casaco.

Ela faz cara feia pra mim e saímos para esperar nosso Uber, que chegou até rápido, o barzinho não era distante da minha casa, mas também não daria pra ir a pé, pelo menos não de salto.

A Fantasia de uma Fã - Livro 1 (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora