Capítulo 17

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Foi quase.

Por pouquinho não chegamos atrasadas.

Sorte que o hoje o dia resolveu cooperar com nossas vidas.

Mas não consigo entender porque não escutei o despertador, e aquele sonho...

Enfim, foi só mais uma noite comum, pelo menos dessa vez ele não desapareceu, Mari me acordou, será um sinal?

Chris tem razão.

Eu devia seguir meu sonho, mas é como eu expliquei a ele, a vida aqui é diferente, essa é a realidade, sem macieiras, sem ele, sem nós dois.

Melhor parar de pensar besteiras, preciso me concentrar em terminar o curso e conseguir um emprego.

Quero parar de pedir dinheiro a tia, odeio ter que depender dela pra tudo, nunca gostei de pedir nem as coisas aos meus pais, sempre fui uma pessoa muito independente e dona de mim mesma.

Pelo menos sempre demonstrei ser assim, sempre tive uma personalidade muito forte, acho que é por isso que só tive um namorado, ninguém gosta de uma garota que tem o espírito livre, que não deixa ninguém mandar.

As aulas se passaram, chatas e entediantes como sempre.

Só de lembrar que eu vou ter que passar a noite vidrada no computador e nos livros fazendo essa porcaria desse relatório, minha cabeça dói. O pior é que eu poderia muito bem não fazer né, mas a praga da minha professora, fez o relatório valer metade da minha nota final, se eu não entregar eu reprovo na matéria dela.

E pela misericórdia, eu já estou pedindo a Deus que esse semestre acabe pra que eu não veja mais ela, não quero ter que pagar a matéria dela de novo.

Finalmente deu a hora do intervalo para o almoço, eu saí tão apressada de casa que eu não fiz nada pra comer.

Espero encontrar Mariana, que ela me salve e leve a gente para comer alguma coisa, mas estou a 2 minutos aqui no nosso lugar e ela não deu nem sinal de vida.

Se essa demora for por conta de Luccas eu posso até pensar em relevar, mas se for por outra coisa eu juro que mato ela quando eu a ver, eu estou morrendo de fome.

Mando uma mensagem, não tenho paciência para esperar.

Onde a senhora está? Me salva. Estou morrendo de fome, esqueci de trazer alguma coisa, pode aparecer para irmos comer?

Depois do que eu achei que fosse uma eternidade recebo uma resposta ao vivo e a cores.

— Desculpa a demora, eu estava presa na biblioteca. — olho bem para ela, está ofegante, e se me lembro bem, seu cabelo estava preso em um coque, agora está solto e bem bagunçado — o quê?

— Mentirosa, você não estava em biblioteca coisa nenhuma — coloco minhas mãos na cintura e olho pra ela — onde você estava e com quem estava? Porque eu sei bem que você não ficou ofegante só de vir para cá e muito menos você bagunçou esse cabelo — ela passa a mão no cabelo e coça o nariz, aponto pra ela – você coçou o nariz! Está mentindo para mim — quase esfrego meu dedo em sua cara.

— Ah, tá bom, não grita, eu estava sim na biblioteca, mas estava com Luccas — ela está vermelha que os meus batons, e eu dou risada. — para com isso, foi só um beijo. — caio na risada.

— Claro, estou vendo que foi só um beijo, já marcaram o próximo encontro? Aliás não me fala nada ainda, quero saber tudo, mas primeiro — meu estomago ronca — vamos comer — coloco a mão na minha barriga e faço careta — eu estou morrendo de fome, pelo amor de Deus antes que eu desmaie.

A Fantasia de uma Fã - Livro 1 (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora