Chegamos e eu confesso que estou um pouco nervosa, não sei dizer por que, talvez porque finalmente vou realmente conhecer Arthur.
Até porque até agora ele foi como um fantasma, não sei como é seu rosto, não sei como é seu corpo, não conheço praticamente nada sobre ele.
E como na outra vez que ele tocou, o bar já está cheio, parece que ele faz sucesso mesmo.
Para ser sincera, não lembro de quase nada daquele dia, algumas coisas são apenas borrões. Assim que entramos, atraímos alguns olhares, não os culpo, estamos lindas mesmo, Mariana então, se ela não fosse minha melhor amiga eu pegaria.
Procuro uma mesa, mas pelo que eu estou vendo, vou ter que usar a carta Yan.
Eu sei que é errado usar o coitadinho, mas eu quero realmente aproveitar o show hoje. Pego a mão de Mari, e corro para o balcão do bar.
— Oi lindo — sento e cutuco seu ombro. Ele se vira para nós e nos dá um sorriso.
— Oi Camila — beija minha bochecha — Oi Mariana — beija a bochecha de Mari — vocês estão lindas! Como sempre — ele dá um sorriso tímido para nós — o que vão querer hoje? — tão fofo.
— Então meu lindo — dou um sorriso pra ele — a gente veio curtir o show, mas sabe como é né — faço beicinho — não conseguimos uma mesa boa, você pode nos ajudar com isso? — dou um sorrisinho e ele coça a cabeça.
— Olha, a maioria das mesas já estão ocupadas ou reservadas — faço carinha de triste e mordo meus lábios de leve — ma-mas, eu posso conseguir algo para vocês, venham comigo. — Ele sai de trás do balcão e nos conduz até uma mesa no meio do salão, com uma ótima vista para o palco. Mari faz cara feia quando sentamos e pisco para ela. — Prontinho meninas, aproveitem o show, se precisarem, sabem onde me encontrar — ele olha para mim fixamente.
— Vamos querer dois coquetéis de morango sem álcool, por favor — dou um sorrisinho. E ele sai para buscar nossas bebidas. Mari está olhando para mim. — O quê?
— Você não presta — ela dá risada e eu pego meu celular na bolsa — você parece nervosa, tá tudo bem? — olha, sinceramente, nem eu sei.
— Está sim — olho meu celular, nada de mensagens dele, nem visualizou a que eu mandei mais cedo, estranho — só um pouco ansiosa. — Dou um sorriso nervoso.
— Hum, parece que alguém está bastante interessada — reviro meus olhos, e quando vou responder, o fundo musical começa a tocar, olhamos para o palco — parece que vai começar.
O fundo instrumental é da música Amigos con derechos de Reik e Maluma, essa música é maravilhosa.
Ele começa a cantar, não o vejo, apenas ouço, sua voz é como me lembro, não é grossa, mas passa masculinidade, é excitante, sinto meus pelo arrepiarem.
Te presto mis ojos
Para que veas lo hermosa que eresTe presto mis manos
Para que toques las nubes si quieresEssa letra, me traz uma sensação tão estranha, um aperto no peito.
Yan chega com nossas bebidas, fala algo para mim, mas estou focada no palco e na voz de Arthur, ele ainda não apareceu.
Te presto mis dedos para que recuerdes
Todo lo que hicimos esa noche del viernesQuando, ele termina de cantar essa parte, sua figura aparece.
Ele está vestindo uma calça preta, botas pretas, camiseta preta, com a jaqueta de couro por cima, boné e óculos.
Nossa ele está lindo, quer dizer, ele parece estar lindo, mas estou fixada no jeito que ele está cantando a música. Um jeito sensual, meu corpo inteiro está arrepiado.
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A Fantasia de uma Fã - Livro 1 (EM REVISÃO)
RomansaA vida de um fã não é fácil, aceitar julgamentos calados, por acompanhar e depositar amor e confiança em pessoas que provavelmente nunca saberão que você existe? É a sociedade não aceita muito bem. E já imaginou o quanto mais ficaria dificil se você...