Meu corpo treme com a força do ódio, como eu pude me sentir culpada em algum momento por essa hipócrita.
Como eu pude tentar chamar isso de amiga.
Ela sorri descaradamente enquanto coloca a comida em cima da mesa e se senta em seguida ao lado do desgraçado.
Minha mão se aperta ao redor do canivete.
— Podem comer — ela anuncia e eu ainda não consigo tirar meus olhos que se tivessem raio laser ela estaria morta já — espero que esteja do agrado de todos — ela começa a servir o imbecil e depois a ela. — Vocês não vão comer? — eu vou matar essa vadia.
— O que você ganha fazendo isso? — Mari pergunta e ela da risada.
— Nada, além do que eu sempre quis — começa a comer.
E eu em silêncio desejo que ela se engasgue com a comida e morra asfixiada.
— Eu deveria ter ouvido Mariana quando ela disse que você não prestava — falo olhando pra ela e o imbecil dá risada — vocês dois são doentes! Se merecem. — Os dois se olham e dão risada.
Meu sangue está fervendo, preciso arrumar um jeito de sair daqui o mais rápido possível, os cinco minutos que dei a Christopher estão se acabando.
— Eu sempre falei que ela não prestava! — Mari grita — deveria ter me ouvido! Eu sabia que ela era uma fruta podre! — a olho com um olhar fulminante, isso não é hora pra mostrar que estava certa!
— Você está achando que tenho algo com meu próprio pai? — e a realidade do que ela diz me bate como um soco no estômago — você é muito idiota, meu pai só aceitou aquele emprego idiota pra me ajudar a me vingar de vocês duas suas putas imprestáveis! — ela bate na mesa com a faca e eu tomo um leve susto — vocês são duas vagabundas, que vão queimar no fogo do inferno! — ok, não posso mais esperar, preciso tomar uma decisão, e vai ser agora.
— Do que você está falando sua doente!? Nunca te fizemos nada — tiro lentamente o canivete do meu bolso, abro e deixo sobre minha coxa — Nós abrimos nossas vidas pra você, pensávamos que você era nossa amiga — ela dá risada.
— Nunca que eu seria amiga das duas putas que roubaram meu namorado! — sério que ela está fazendo isso tudo por causa do Luccas?
Ela se levanta com a faca na mão e vem na minha direção, pego meu canivete e escondo na mão.
— Você achou que eu não sabia? Porque acha que me aproximei de você? Eu amava ele — ela para atrás de mim e sinto o metal frio da faca passeando pelo meu braço — quando ele terminou comigo, não achei que ele iria ter tão mal gosto pra escolher o próximo brinquedo — ela para a faca no meu pescoço e sinto a ponta pressionando minha pele, se eu me mexer, já era.
— Eu sei o que aconteceu com vocês dois — me preparo pro golpe final — você matou o próprio filho, tirou a oportunidade dele de ser pai! Jogou uma vida no lixo! — sinto a respiração dela aumentar, o pai dela nos olha surpreso — não me admira que esteja fazendo o que está fazendo, se foi capaz de matar o próprio filho, não me surpreenderia se me matasse também — respiro fundo, não sei como vou conseguir tirar a Mari daqui, mas é agora ou nunca!
Os próximos segundos são decisivos, Chris já deve estar perto da casa.
— Isso que ela está dizendo é verdade Isabela? — o pai dela se levanta da mesa com os punhos cerrados, e o queixo comprimido. — Anda! Me responde! — ele bate na mesa e ela dá um leve pulo, fazendo com que eu sinta a pressão aumentar na minha garganta.
— Claro que não! Essa rapariga tá inventando tudo isso! — ela puxa meus cabelos — fala pra ele a verdade sua desgraçada! — dou risada.
— Parece que alguém escondia as coisas do papai — e nesse momento com toda minha coragem e força pego o canivete e enfio o canivete nas costelas de Isabela, e empurrando a cadeira com meu corpo.
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A Fantasia de uma Fã - Livro 1 (EM REVISÃO)
RomanceA vida de um fã não é fácil, aceitar julgamentos calados, por acompanhar e depositar amor e confiança em pessoas que provavelmente nunca saberão que você existe? É a sociedade não aceita muito bem. E já imaginou o quanto mais ficaria dificil se você...