Capítulo 30

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Bom dia. Estou ansiosa, e você?

— Parece que alguém está bastante interessado em você — Mari passa por mim indo em direção ao sofá — o que ele quer tão cedo, e em pleno sábado? — carinhosa como um coice.

— Nada, só me deu bom dia e perguntou se estou ansiosa pro show — me sento do lado dela — liga a TV e procura algo que preste pra gente ver — ela odeia quando dou ordens.

— Depois eu que te faço de escrava — ela se levanta, pega o notebook na cozinha e pluga na TV — que tal vermos Elite, soube que é boa — ela se senta novamente, quando vou responder meu celular apita.

Não tanto quanto você KKKK. Soube que eles chegam amanhã aí. Tá sabendo?

Claro que estou. Já preparando minha lista de ideias para conseguir ver eles antes do show.

— Você pode por favor me dizer se vai ver a série ou vai ficar no celular? — olho para ela, dramática não, ela é depois disso.

— Vou, deixa de drama, só estou conversando um pouco com o menino, já te dou atenção — volto minha atenção para meu celular, ele já respondeu.

KKKK nossa. O que pretende?

Ainda não tenho nada concreto. Mas vou fazer de tudo para vê-los.

Sei. Não me diga que você vai invadir o quarto deles KKKK.

Olha não seria a primeira vez que eu tentaria KKKK. Mas mudando de assunto posso fazer uma pergunta?

Claro. O que quer saber?

Ontem, eu saí de casa. Quando voltei minha casa estava cheia de balões em forma de coração. Foi você?

Que loucura. Não, não foi eu. Parece que você tem grandes admiradores. Devo me preocupar?

Quem sabe. Nos falamos depois. Mari precisa da minha ajuda. Beijão. Me avisa quando chegar. Vou estar no aeroporto esperando os meninos. Talvez possamos nos ver.

Vamos ver se dá certo. Beijos Camila

— Pronto — coloco o celular do lado — já podemos ver a série — olho para ela e ela está perdida nos pensamentos, o que está passando pela cabeça dela? — Mari? — estalo os dedos na sua frente.

— Ah, oi, foi mal, estava aqui pensando — olho para ela preocupada, quando ela pensa demais as coisas não estão bem, ou não vão ficar.

— Eu percebi, você parecia estar em outro mundo — ela dá um leve sorriso — o que foi?

— Nada demais, só pensando que você tem alguém para amar — alguém que não me ama, nem sabe que eu existo — mesmo com todos os problemas e empecilhos, você ama, eu nem consigo imaginar amar alguém assim — chego perto dela e seguro suas mãos.

— Ei, você me ama, pode não ser a mesma coisa, mas ama, você não é incapaz de amar Mariana, tira isso dá sua cabeça — pego o controle e dou play na série — deixa de pensar bobeiras, vamos ver a série vai.

Passamos a manhã inteira vendo a série, é boa, a história é interessante é o tipo de série que eu adiciono na lista das minhas preferidas, apesar de adorar um filme de ação.

Quando olho no relógio já são quase 13hrs da tarde, não tínhamos nem tomado café, a simples menção de comida nos enjoava, mas agora está até batendo uma fome.

Eu estou morta de preguiça de ir cozinhar.

— Mari — cutuco ela com o meu pé — eu estou começando a ficar com fome, não quer pedir nada não? — eu estou completamente lisa, só vou receber dinheiro, segunda-feira, é a data que minha tia deposita dinheiro na minha conta.

— Tá, o que você quer? — eu tenho a melhor amiga do MUNDO.

— Que tal você pedir uma porção de frango frito, uma de salada, arroz temperado e Coca cola — salivei.

— Boa escolha, já estou fazendo o pedido — Mari nunca teve problemas com comida, ela sempre come tudo que eu como — pronto, daqui a uns vinte minutos está chegando.

— Valeu — nesse momento meu notebook apita, eu olho e vejo que é uma notificação da central de fãs, pus pra ficar a par de todas as informações que as meninas conseguirem.

— Novidades? — ela pergunta sem tirar o olho do celular.

Pego o notebook, as meninas descobriram o horário do voo dos meninos e logico, o hotel onde estarão hospedados.

— Horário do voo e hotel onde eles vão ficar — pego meu celular, abro meu bloco de notas e anoto tudo — agora só precisamos de um plano pra chegar até eles no hotel, e amanhã vamos ao aeroporto.

— E lá vamos nós novamente, achei que nunca mais iríamos praticar essas loucuras — Mari se levanta e vai buscar água na cozinha — mas se bem que sinto falta de um pouco de adrenalina, minha vida tá mais devagar que tartaruga, quer água?

— Quero — olho os outros posts, mas não tem mais nada de importante — isso é uma verdade, nossa vida está parada mesmo. — Ela volta com minha água.

— Corrigindo, minha vida está parada — olho para ela, bebo minha água — você tá cheia de pretendentes, até misteriosos, sua vida nunca esteve tão movimentada, você não pode reclamar. — Realmente, tem acontecido muita coisa, mas nem acho isso tudo.

— Não é tanto assim — ela me olha — tá, um pouco, mas eu não tenho culpa se o destino gosta de me proporcionar experiências — lembro de Luccas, como será que ele tá? Não falei mais com ele. — Mudando de assunto, tem falado com Luccas? — sua cara mudou drasticamente a menção do nome dele.

— Não, não mantemos mais contato, só falei com ele ontem, quando você me fez aquela vergonha, porque a pergunta? — sei que ele mexeu com ela, mas ela decidiu não se envolver, alguma razão além das que ela sempre tem deve ter existido, nem me meto, apesar de estar mega curiosa pra saber.

— Não, por nada, só queria saber se depois de ontem ele entrou em contato — ela nega — que tal chamarmos ele pra ver um filme? — ela olha pra mim quase gritando.

— Perdeu a noção do juízo? De jeito nenhum! O clima já está estranho o suficiente — ela é tão dramática, e eu odeio essa coisa de "Ah nós nos pegamos, não podemos ser amigos" século 21 pessoal.

— Fala sério Mari, seja madura, não é porque vocês se amassaram que não podem ser amigos — pego meu celular — e ele também é meu amigo.

— O que vai fazer? — não importa o que ela pense, vou chamar ele pra vir pra cá, os dois precisam parar de agir como crianças.

— Vou chamar ele para vir aqui — ela voa em cima de mim, tentando pegar o celular. — Solta Mariana! — saio correndo para cozinha, acho a conversa de Luccas e mando mensagem para ele.

Ei está a fim de sessão de filme hoje?

— Pronto, agora é só esperar a resposta dele — Mari está me fuzilando com os olhos, volto pra sala — fala sério Mari, quantos anos vocês tem?

— Não se trata disso Camila, faz poucos dias e eu não quero que ele crie esperanças, eu já falei que não rola nada — ela se volta para o seu celular.

— Não importa quanto tempo faz, vocês precisam se acertar de vez, porra! Vamos ser todos amigos, ponto. — Ela revira os olhos, tão chata as vezes.

Beleza. Sete horas eu chego aí.

— Sete horas ele vai vir — ela olha pra mim com a cara feia — aposto que essa cara feia é fome — nesse momento a campainha toca — olha aí, deve ser a comida — me levanto pra ir atender e me surpreendo com o que vejo na minha frente.

A Fantasia de uma Fã - Livro 1 (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora