A Fantasia de uma Fã - Livro 1 (EM REVISÃO)

Capítulo 53

Ela solta a bolsa no sofá e vem na minha direção.

— Se vai falar sobre Christopher de novo, esquece — coloco o copo na mesa e vou em direção ao quarto — já ouvi o bastante por um dia. — Sei que ela vai vir atrás de mim, ela não descansa enquanto não provar que está certa.

— Eu não quero que você se esqueça de quem ele é! — ela entra no quarto e me viro para ela.

— O que é isso tudo?! — dou dois passos em sua direção — é inveja?! Porque não conseguiu sair com Joel? — elevo a voz e logo me arrependo do que falo — droga! Eu não queria dizer isso — olho para ela e seu rosto coberto de magoa. — Mari, eu juro que não queria dizer isso, me desculpa — corro para abraça-la. Ela se solta

— Eu só não quero que ele magoe você — ela me olha nos olhos — mas se tem tanta certeza que ele não fará isso, vai em frente. Entra de cabeça nisso, espero que não precise da minha ajuda pra juntar os cacos — ela se vira e sai do quarto — vou ver TV — de repente me sinto um lixo.

Nasci pra que mesmo? Suspiro, vejo a hora e já são quase seis e meia. Preciso correr.

Corro para o banheiro, tomo banho e lavo meu cabelo. Seco e faço cachos. Sei muito bem que Chris não gosta de mulheres que usam muita maquiagem, mas me perdoa, estou com olheiras horríveis.

Preciso terminar isso rápido, não vou sair daqui enquanto não resolver as coisas com Mari.

Não posso nem cogitar a possibilidade de perder ela. Passei um corretivo, rímel, blush, e gloss. Nunca passei tão pouca base. Vou até meu guarda roupa, não faço a menor ideia do que vestir, vou mais arrumada ou mais simples? Tenho vontade de ir perguntar a Mari, mas ela provavelmente vai me mandar pro inferno.

Sua idiota!

Procuro no meio do emaranhado de roupas. Pego meu cropped vinho de mangas longas e decote V, short jeans preto. Ficou bom, mas eu uso um tênis ou uma sandália? Aí que ódio escolher roupa!

Pego minha sandália preta de salto agulha, quando termino me olho e até que não ficou ruim, passo meu perfume mais doce. Pego minha bolsinha preta e coloco gloss, e meu celular dentro, ainda nem olhei se tem alguma mensagem de Chris.

Preciso resolver coisas mais importantes. Vou até a sala e ela está sentada, abraçada aos joelhos, olhando para TV, sei que não está assistindo. Me aproximo e ela nem me olha.

É como se enfiasse várias e várias facas no meu peito.

— Mari — me sento ao seu lado — eu não queria dizer o que eu disse, eu só não estava usando a cabeça — ela continua olhando para TV — Mari, por favor, me desculpa, eu só quero que entenda que estou vivendo o melhor momento da minha vida e quero você me apoiando nisso! — suspiro e ela me olha.

— Tá linda — ela sorri pra mim e me abraça — eu te amo muito — ela coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha — eu só não quero te ver mau— seguro sua mão e sorrio para ela.

— Mesmo que ele me machuque, eu vou precisar saber lidar Mari — ela baixa o olhar e eu levanto seu queixo — você não pode me proteger do mundo, mesmo que queira, eu vou ficar bem, juro — abraço ela — te amo muito, você é minha vida, sabe disso — me solto dela — bom — me levanto e dou um giro — iai? Ficou bom? — ela sorri e se levanta.

— Está incrível, se ele não se apaixonou antes, hoje com certeza ele se apaixona — damos risada juntas. Sinto a paz retornando ao meu corpo e coração. — Anda, vamos, vou te deixar, já está quase na hora — ela pega as chaves e seu celular e vai em direção a porta, mas para quando vê que não a sigo — o que você está esperando?