Capítulo 44

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Passamos a tarde inteira vendo filmes, todos entraram na onda da bad comigo.

Comemos brigadeiro, demos algumas risadas, até que me animei um pouco, mas para ser bem sincera estou triste, tão pra baixo, eles são meus amigos, amo os dois por tentarem me animar, mas eu realmente não consigo, pelo menos hoje não.

Nem mandei mensagem pra Arthur, não posso nem cancelar, seria uma falta de educação, até porque eu já disse que iria. Se bem que não estou nem um pouco afim de sair de casa, não tenho ânimo pra me arrumar, tudo que eu quero é ficar deitada pensando e se deixarem, chorando.

Tudo que eu fiz, o tanto que me apaixonei para que no final, somente eu saísse machucada. Não é justo, não é justo para mim, nem é justo julgar ele, eu sei, mas porque o destino precisava escolher justo alguém inalcançável?

Eu já não sofri o bastante nessa vida? Não dava pra facilitar só um pouquinho não?

Mas tudo bem, eu vou dar meu jeito, eu sempre dou, só espero que dessa vez seja menos doloroso que dá última vez.

— Camila! — Luccas me sacode — Acorda minha filha! — olho para ele e dou um sorriso — tá tudo bem? — aí como eu queria te dizer que sim Luccas. Respiro fundo.

— Tá tudo sob controle — me levanto, pego meu celular e volto para o sofá — caramba, já são seis horas — olho para Mari — precisamos nos arrumar Mari — me levanto.

— E que hora é esse show pra você já querer se arrumar assim tão cedo? — homens! Reviro meus olhos para ele.

— Primeiro tire os pés nervosos da mesinha — chuto seus pés. Folgado — o show começa às oito, mas eu tenho muito que fazer — olho para Mari e ela ainda está comendo e mexendo no celular, se ela continuar assim, nós vamos nos atrasar. — Mariana! Cacete! Vai logo, tomar banho!

— Tá! Estou indo, histérica — ela dá a língua para mim, dou o dedo do meio e ela sai andando para o quarto. Luccas entra numa crise de riso.

Olho para ele sem entender do que ele tanto ri.

— Do que você tá rindo idiota? — cerro meus olhos.

— Vocês mulheres são muito bestas — chuto sua canela — aí Camila! Para de me bater caramba — ele alisa a canela — essa doeu. — Dramático, nem chutei com força.

— Pra você aprender a não falar besteiras, agora anda — puxo ele pelo braço tentando levantá-lo — anda, vai pra casa se arrumar se quiser ir com a gente, não queremos nos atrasar — ele não é gordo, mas pesa feito elefante, não me admira o tanto que ele come é uma refeição de um elefante mesmo.

— Ta — ele se levanta — eu já vou, mas antes deixa eu contar uma segredinho pra você — cruzo meus braços e olho para ele — homens gostam de mulheres bonitas, mas não de mulheres com um quilo de argamassa na cara — idiota, quando vou bater em seu rosto ele segura minha mão — chega de espancamento por hoje, o que quero dizer Camila é que você é linda, assim naturalmente — ele beija minha cabeça — não precisa de muito pra ficar mais linda, pense nisso — ele pega a jaqueta e sai.

Fico pensando no que ele disse, será que realmente é assim? Homens não sabem de nada.

Desbloqueio meu celular e mando uma mensagem para Arthur.

Espero que o show valha a pena. Estou ansiosa

Sigo para o quarto, espero que Mari já tenha terminado, porque eu não tenho só que me arrumar, tenho que arrumar ela também.

Chego no quarto e pelo visto ela seguiu a risca minha ordem, já está secando o cabelo.

— Olha — bato palmas — que menina obediente — ela dá o dedo do meio para mim — também te amo, já decidiu com que roupa você vai? — ando em direção ao guarda-roupas.

A Fantasia de uma Fã - Livro 1 (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora