Capítulo 82

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Minhas pernas e mãos estão tremendo, minhas mãos estão suando, eu sinto meu estômago se alvoroçar e eu não aguento, jogo meu corpo pra frente vomito apenas o líquido gástrico.

Não comi nada hoje e meu estômago dói enquanto eu tento controlar meu estômago nervoso.

Meu Deus!

Foi ele!

Eu tenho certeza que foi ele!

Ele pegou a Mari, e a culpa é toda minha!

Limpo minha boca com a parte de trás da mão e tento segurar o celular novamente para tentar falar com aquele desgraçado!

Espero que não conte a ninguém do nosso pequeno encontro a três, ou eu vou me divertir um pouco com sua amiga.

Meu corpo inteiro está tremendo, não consigo nem descrever a sensação de medo, raiva, ódio, nojo, que percorrem meu corpo agora.

Seu completo desgraçado! O que você quer? Acho bom você não encostar em um fio de cabelo dela, ou eu juro por Deus, você me paga!

Muito corajosa, mas se eu fosse você me tratava bem, escute só o que quero que você faça. Você vai pegar o carro da sua amiguinha, e vai me encontrar no endereço que vou enviar para você minutos antes, você não é tão burra, adicione o endereço no GPS e chegue na hora. Espero você as 12:00am e venha sozinha. E não esqueça, se contar pra polícia ou pra alguém, ela vai ser a primeira a morrer.

Meu corpo está paralisado, meu Deus!

O que eu vou fazer?

Tá, calma, pensa com calma Camila, não dá pra se desesperar agora, não agora!

Precisa deixar o medo de lado, ok, vamos por partes, ele não pode estar me vigiando?

Ou pode?

Pego meu celular novamente e olho a hora, são dez e meia, tenho uma hora e meia pra bolar um plano, meu Deus o que eu vou fazer?

Passo as mãos pelos meus cabelos e penso, penso...

Droga! É isso!

Eu espero que hoje a polícia esteja bem longe das ruas e as pessoas sejam sensatas e andem nos lugares adequados, eu já dirigi, mas não tenho carteira ainda, espero que nada dê errado meu Deus, por favor protege a Mari.

Entro no carro e dou partida, consigo sair do estacionamento e vou em direção ao hotel que os meninos estão hospedados.

E no caminho inteiro vou rezando, pedindo a Deus que ela esteja bem, que nada tenha acontecido com ela por minha causa.

Algumas lágrimas escorrem do meu rosto, se eu tivesse cedido a ele, se é eu tivesse feito esse sacrifício, ela não estaria lá com ele, não estaríamos passando por tudo isso.

Mas agora não é o momento de chorar pelo leite derramado, não posso, preciso ser forte por Mari, ela precisa de mim!

Limpo o rosto e acelero.

Com poucos minutos chego em frente ao hotel dos meninos, posso ver Gigantão assim que estaciono, desço do carro correndo e vou em direção a ele.

— Oi Gigantão — paro em sua frente e respiro um pouco — sabe dizer se os meninos estão aqui? — ele me olha com aquele olhar sério dele de sempre.

— Sim senhorita, estão se preparando para irem almoçar com a produção, quer que eu avise ao senhor Vélez que está aqui? — ele leva a mão até o ouvido, mas eu o paro.

— Não, não, não! Não é necessário, só preciso conversar com Joel, é algo importante e urgente, pode liberar minha entrada? Por favor — faço beicinho para ele.

A Fantasia de uma Fã - Livro 1 (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora