— Olha — solto ela — vamos esquecer disso por enquanto, ok? — sorrio para ela. Ela pisca algumas vezes para que as lagrimas sequem dentro dos olhos. — Vamos focar nesse momento bom que estamos vivendo, Mari, os homens das nossas vidas nas nossas mãos — ela dá uma risada.
— Você é louca, completamente louca, mas eu te amo muito sabia? Obrigada — sorrio para ela e seguro suas mãos.
Nesse momento o sinal toca. Nos levantamos.
— Hora de voltar a sentir vontade de cortar os pulsos — mostro meus pulsos para ela fazendo careta.
— Para de falar besteira, vejo você na hora do almoço, agora por favor, não convida a Isabela, o que vamos conversar hoje é algo que diz respeito somente a nós três, entendeu? — Assinto. — ótimo, vou indo pra aula, com toda certeza vou levar uma bela bronca por ter perdido os três primeiros horários. — Ela revira os olhos.
— Isso que dá não acordar mais cedo, se quisesse fazer sexo matinal tivesse calculado o tempo, comigo funcionou — sorrio e ela faz uma cara feia pra mim.
— Me pergunto como ainda tento conversar seriamente com você sobre isso — ela balança a cabeça negativamente — escrota, te amo — beija minha testa e sai correndo.
Vou em direção a minha sala. Quando estou próxima a porta encontro Isabela encostada na parede.
— Ei — chamo sua atenção — sua cara não estava muito boa quando você saiu, algum problema? — seu olhar desvia levemente do meu.
— Não, eu só me senti mal por alguns instantes, acho que devo ter comido algo ou é a pressão das provas chegando, não sei, desculpe se fui grosseira — ela segura minhas mãos — sério, pede desculpas para o seu amigo por mim — dou risada.
— Relaxa — caminhamos para a sala — Luccas não é o tipo homem que se chateia com essas coisas, eu te garanto — entramos na sala e nos dirigimos para nossas cadeiras enquanto a professora não chegava.
— Vocês se conhecem a muito tempo? -—ela pergunta quando eu sento.
— Não, conheci o Luccas num barzinho que eu e Mari costumamos frequentar, acho que não faz nem duas semanas, mas ele é um cara maravilhoso e solteiro viu — pisco pra ela e ganho um leve sorriso.
— Sei, mas vocês pareciam bem íntimos, estou errada em pensar que já rolou algo entre vocês hein? — ela me dá um olhar malicioso e eu dou risada.
— Não, não está errada, na verdade a amizade entre eu, Mari e ele nasceu de um jeito engraçado, porque nos duas acabamos ficando com o mesmo cara pela primeira vez — ela faz uma cara de surpresa e eu dou risada — vou explicar, quando eu e Luccas nos conhecemos eu estava bêbada, procurando diversão, ele também, éramos solteiros, nada nos impedia, dormimos juntos uma vez só, mas expliquei pra ele que meu coração era de outro. — Ela ouvia tudo atentamente.
— Do atual que você está agora? — sorri.
— Exatamente, mas eu gostei dele por não me esculachar ao saber disso, então decidi que queria ter ele como meu amigo, e nisso ele e Mari começaram a se interessar um pelo o outro — dou risada ao lembrar da relutância de Mari — ela não queria, porque achava que eu gostava dele, mas no fundo ela sabia que não era verdade, ela sempre soube quem eu realmente amei e amo — sorrio pra mim mesma ao lembrar de Christopher.
— Mas eles ficaram? — ela me pergunta e nesse momento a professora entra na sala.
— Ficaram sim - sussurro para ela — depois de muito esforço meu, eles trocaram uns beijinhos e amassos, mas não passou disso, Mari colocou o coitado na Friendzone, mas agora somos só três bons amigos, nada mais que isso — ela sorri para mim e a professora começa a dar a aula.
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A Fantasia de uma Fã - Livro 1 (EM REVISÃO)
RomansaA vida de um fã não é fácil, aceitar julgamentos calados, por acompanhar e depositar amor e confiança em pessoas que provavelmente nunca saberão que você existe? É a sociedade não aceita muito bem. E já imaginou o quanto mais ficaria dificil se você...