Capítulo 54

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Me afasto um pouco dele e respiro fundo, preciso me recompor, fui longe demais!

Meu Deus, mas um pouco e eu juro que teria o agarrado aqui mesmo.

Ele respira fundo, olha algo no celular e volta seu olhar para mim, sorri e eu engulo no seco, porque o meio das minhas pernas já está mais molhado que minhas próprias mãos.

Aqui está sem ar condicionado? Ou é só eu que estou pegando fogo?

— Me espera aqui só um segundo — ele se aproxima de mim e a tensão sexual no ar dá pra ser cortada com uma faca. Ele dá um meio sorriso — volto já — ele sai e me deixa ali, sem ar, excitada e quase morrendo de tanto calor.

Eu não tinha reparado, até porque quem consegue focar em outra coisa, quando se tem um homem sexy e gostoso na sua frente.

Agora que estou sozinha, me dou ao luxo de observar bem o apartamento.

A luz está controlada, não está escuro, nem claro demais, o clima perfeito para um encontro ou algo mais. Reparo em algumas velas espalhadas pela sala, ando mais para frente e avisto a sacada do prédio.

Dou risada quando lembro o que eu e Mari tivemos que fazer. Me surpreendo quando vejo uma mesa e duas cadeiras ali, vamos jantar ali? A luz das estrelas?

Alguém por favor me diz como faz para se controlar! Em cima da mesa tem dois pratos brancos de porcelana eu imagino, duas taças de cristal, talheres de prata e de um lado só tem uma rosa vermelha. Delicadamente pego a rosa e cheiro. O cheiro é divino.

— Gostou? — dou um pequeno pulo com o susto. Ele está apoiado na porta. Que imagem sexy do caralho. Sorrio para ele.

— Achei lindo — olho para o horizonte — a vista é incrível — brinco com a rosa entre meus dedos. Seus olhos estão grudados em cada movimento meu. Ele põe as mãos nos bolsos e se aproxima de mim. Respiro fundo.

— Achei que ia gostar — ele para ao meu lado, olha para a rosa e a toma das minhas mãos. O simples tocar dos seus dedos na minha mão me fez sofrer arrepios incríveis pelos braços. Ele cheira a rosa. Puta que pariu! Só ele pra tornar uma simples cheirada em uma rosa algo tão sexy — então, porque não sentamos pra conversar, já estão mandando o que eu pedi — seus olhos, posso sentir a força deles sobre meu corpo inteiro. É quase magnético.

Limpo a garganta, sento e coloco minha bolsa pendurada na cadeira. Ele sorri, coloca a rosa ao lado do meu prato e se senta. Fico esperando-o falar alguma coisa, mas ele só me olha com aqueles olhos. Umedeço meus lábios, mesmo estando de gloss parece que não estou usando nada, minha garganta está extremamente seca.

— Então — limpo novamente a garganta — o que você precisa saber que já não sabe — dou um sorriso, quando lembro das conversas com Arthur, ou seja, ele. Ele sorri, acho que entendeu o que quis dizer.

— Você não me contou muito quando eu era Arthur — ele dá risada e me olha fixamente — foi a primeira vez que fiz algo assim, você deve me chamar muito a atenção pra eu ter feito algo assim — ele se encosta na cadeira, dou um sorriso, coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha e olho para o horizonte, a noite está tão gostosa.

Não está fria, nem quente. O clima está perfeito. Bom, se ele quer saber, vamos lá.

— Bom — ponho minhas mãos juntas em cima da mesa — por que não começar do zero? — ele me dá um sorriso e faz o mesmo que fiz, ficando mais perto de mim. Posso sentir seu perfume, penetrando em cada célula do meu corpo, me fazendo suspirar.

— Porque não — ele estende a mão para mim — prazer, Christopher Vélez, 23 anos, cantor — dou risada e aperto sua mão.

Mas me arrependo, assim que sua mão toca a minha, uma descarga elétrica se espalha por todo meu corpo, me obrigando a apertar minhas coxas por debaixo da mesa.

A Fantasia de uma Fã - Livro 1 (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora