Capítulo 91

216 13 8
                                    

Sorrio entre seus lábios, pronta pra mais uma vez me entregar em seus braços, mas seu celular toca e rolo pro lado saindo de cima dele.

— Merda — ele resmunga ao se levantar e eu dou risada roendo uma das minhas unhas — fala — ele responde ao atender o celular — agora?... Não dá pra enrolar mais ou menos uma hora a mais? — ele olha para mim e passa a mão na minha coxa mordendo os lábios, dou um tapinha em sua mão — tá — ele revira os olhos — chego em alguns minutos... Tá, tchau papai — ele desliga o celular e me olha fazendo beicinho o que me faz rir — socorro! — joga o celular na cama e deixa o corpo cair na cama afundando a cabeça na minha barriga.

— Para de ser preguiçoso — acaricio seus cabelos — vai, anda, se veste e vai trabalhar — levanto sua cabeça com as mãos somente pra dar risada de sua cara que acho que é de dor — é sério! Estou falando como CNCOwner! Pode ir preparar o melhor show da sua vida pra mim! — ele se levanta e fica em posição de sargento.

— Sim senhora! A senhora que manda. — Dou risada e ele sorri também — antes de ir eu queria tomar um banho, ainda não tive tempo de tomar um hoje — tapo meu nariz como se estivesse sentindo mal cheiro — fala sério! Estou fedendo tanto assim? — ele se aproxima novamente, como se fosse deitar e eu uso meus pés para empurrar ele.

— Não! Anda, vai tomar banho — me sento na cama e puxo o lençol para cobrir meu corpo — pode usar a toalha que tá lá pendurada, é a minha, você se importa? — ele me dá um selinho e puxa o lençol.

— Nem um pouco — sorri e sai.

Reviro meus olhos e me deito quando ele entra no banheiro. Ouço o chuveiro ser ligado e me levanto para pegar minhas roupas que estão no chão, pego tudo e coloco na pilha ao lado do guarda roupa.

Pego um vestidinho floral e uma calcinha limpa, quando Chris sair vou tomar um banho.

Mas seu celular começa a tocar e eu penso que possa ser Renato novamente, pego o aparelho, mas quando vejo que o número não está salvo na agenda eu fico receosa se devo atender ou não.

Dane-se, deve ser algo da produção.

— Alô? — atendo o celular.

— Alô? Chris? — é uma mulher

— Não, ele está no banheiro, gostaria de deixar recado? — pergunto porque pode ser algo urgente.

— Não, o assunto é particular, somente entre mim e ele se é que me entende — ela sorri do outro lado da linha e meu punho fecha ao lado do meu corpo — só fala pra ela que a Rayssa ligou, e não esqueça! Ou você perde seu emprego rapidinho. — Quando vou responder, ela desliga!

A puta desligou na minha cara!

Jogo o celular na cama e sento pra respirar, meu estômago está revirado de tanta raiva que estou sentindo. Ouço a porta do banheiro se abrindo.

— Como vocês conseguem usar esse shampoo doce como açúcar? — ele dá a volta e para na minha frente de toalha e todo molhado!

Puta que pariu!

Assim enfraquece!

Me recomponho e limpo a garganta antes de falar.

— Chris, espero que não se importe, mas quando você estava tomando banho eu atendi seu celular — ele para de secar o cabelo com a toalha e me olha sério — fiz errado? Achei que era o Renato novamente, não queria que levasse bronca por minha causa, então eu atendi. — Continuo a olhar em seu rosto, mas ele desvia o olhar e vai para o outro lado da cama para pegar sua roupa e se vestir.

— Ah, não, não — ele pega a cueca — e era o Renato? — ele pergunta ao vestir a cueca.

— Não — ele para e me olha — era uma mulher chamada Rayssa — ele está claramente nervoso ao pegar a calça para vestir — eu perguntei se ela queria deixar um recado, mas ela disse que não, porque era um assunto particular — ao falar particular uso meus dedos para abrir aspas — e que eu te avisasse que ligasse para ela — ele fica calado e continua se vestindo.

A Fantasia de uma Fã - Livro 1 (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora