Condenada a Fera

Capítulo 41

Cap 41

Por Melina

Estava dormindo tranquilamente quando comecei a sentir a cama balançando. Abro os olhos um pouco confusa e vejo o Sebastian agitado,ele vira de um lado para o outro e resmunga coisas que não consigo entender.

Resolvo acorda-lo e me ajeito sobre seu colo, fico angustiada ao ver algumas lágrimas descendo pelo seu rosto e o suor molhando até seu cabelo.

Melina : Sebastian - chamo em voz baixa para não assustá-lo,mas não tem efeito e ele continua agitado - Sebastian - chamo um pouco mais alto.

Sebastian : não,ela não - ele esbraveja - maldito

Melina : Sebastian,amor… - insisto e levo minhas mãos ao seu peito,seu coração está acertado - está tudo bem,è um pesadelo, acorda

Sebastian : solta - ele ordena furioso

Melina : ei,è só um sonho,acorda - peço, minha voz um tom mais alto - Sebastian, acorda

Sebastian : não! - ele grita,parece angustiado e louco de ódio,acho que está sonhando que precisa proteger alguém.

Melina : Sebastian - chamo de novo.

Sebastian : eu mandei soltar - ele esbraveja e agarra meu pescoço. Sinto o ar deixar de passar,ele me segura com tanta força que minha cabeça é empurrada para cima,a dor è horrível.

Melina : Se… - tento chamar seu nome mas a falta de ar não permite.

Encaro desesperada enquanto ele continua de olhos fechados,seu pesadelo deve ser terrível e eu preciso acordá-lo. Forço minha mente a pensar em alguma coisa para fazer meu marido acordar mas tudo o que consigo è bater no seu peito,estou desesperada, perdendo o controle de novo e já sinto as lágrimas rolando no meu rosto.

As imagens do que vi minha mãe sofrendo,do que eu sofri nas mãos do meu pai invadem minha cabeça,a angústia cresce no meu peito e eu me desespero.

Dou um soco no peito do Sebastian com toda a força que me restou. Ele abre os olhos assustado,demora um segundo para perceber o que está fazendo e me solta.

Meu corpo desaba sobre o dele,luta para recuperar o fôlego enquanto meu peito sobe e desce freneticamente. Minhas mãos vão direto ao pescoço para tentar diminuir a dor e garantir que ele está no lugar.

Sebastian : Melina - ele chama,sua voz mostra preocupação e desespero - Melina, você está bem? - ele questiona nervoso

Melina : me dá um segundo - peço ainda ofegante.

Saiu de cima do Sebastian e me sento na cama de costas para ele,minha mão agora no peito tentando forçar meu corpo a se acalmar.

O desespero sumiu,só estou lutando para manter a respiração estável,de alguma forma a preocupação do meu marido fez toda aquela aflição e o medo desaparecerem.

Sebastian : respira devagar,assim só vai piorar - ele aconselha e sinto sua mão grande repousar sobre minhas costas - devagar,Mel - ele pede e eu atendo,seguro um pouco mais o fôlego e respiro com mais calma - isso, assim - ele me incentiva.