Cap 61
Por Sebastian
Lanchei com minha família e viemos passar um tempo na piscina coberta,está tarde para ir conhecer a ilha e a Sol está especialmente ansiosa hoje.
Coloquei uma sunga e trouxe minha futura filha para a piscina. Deixei ela brincar com algumas bóias mas estou de olho para que não aconteça nenhum acidente,crianças são imprevisíveis e tendem a ter um estranho fascínio pelo perigo.
Observo a pequena brincando com sua boneca sereia em cima de uma bóia em forma de unicórnio,ela está tão concentrada e animada que fica ainda mais encantadora.
Me pego pensando nos meus filhos com a Melina,ela está louca para ter um bebê,não esconde sua vontade de aumentar a família e isso me deixa um pouco perturbado,uma coisa é cuidar de uma criança de quatro anos, que já entende as coisas,que tem uma personalidade definida e que não é do tamanho de uma boneca,outra completamente diferente é ser responsável por um bebê,basicamente uma folha em branco esperando para ser escrita por seus pais.
O meu pai foi o meu inferno,ele era cruel,era maldoso e me tratava como um mal necessário,eu sempre fui só o herdeiro que ele precisava,alguém para assumir os negócios quando ele queria sumir com alguma vadia ou beber até entrar em coma alcoólico. Como posso ser um bom pai para um bebê se nem ao menos sei o que è um bom pai? Não posso destruir a vida do meu filho como a minha foi destruída,ou como a da Melina foi.
Eu preciso de um herdeiro,a Sol é maravilhosa mas è claramente uma artista,ela ama música,ama dança e odiaria ficar trancada no escritório tratando de negociações que envolvem armas usadas em guerras.
Espero que a adoção da sua irmã faça a Melina resolver esperar mais para engravidar, vai nos poupar de algumas brigas e me dar mais tempo para pensar,quero encontrar uma forma de aprender a ser pai,de cuidar de uma criança,acho que a Sol pode me ajudar com isso,me deixar menos autoritário e cruel, menos parecido com o meu pai,já que ninguém consegue ser um monstro perto desse ser tão pequeno e doce.
Percebo uma movimentação perto de uma das espreguiçadeiras e meu olhar se vira para o local. Sinto meu corpo reagir,desejar ela, minhas mãos chegam a queimar de vontade de tocá-la.
Minha esposa está simplesmente magnífica, está sensual e extremamente elegante em uma saída rosa,o tecido è bem leve e cai lindamente até seus pés. O decote deixa os seios ainda mais atraentes e o cabelo solto só completa essa visão excepcional.
Ouço a Sol dar risada,uma risadinha baixa mas que chama a atenção. Me viro pra ela e a Melina faz o mesmo,ambos querendo saber o motivo da sua alegria repentina.
Melina : está rindo de que,princesa? - ela pergunta com doçura,a voz é única e deliciosa de ouvir.
Sol : da cara de bobo do tio Sebastian - ela explica ainda entre risos
Sebastian : cara de bobo? - questiono fingindo irritação.
Sol : uhum - ela confirma - fica olhando pra Mel com os olhos esbugalhados - ela explica enquanto ainda ri.
Sebastian : você vai ver quem vai ficar com os olhos esbugalhados - alerto e me aproximo da pequena. Ela cai na gargalhada quando a pego nos braços e cubro de cócegas.
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Condenada a Fera
RomantizmCondenada a Fera é a segunda releitura sobre os contos de fadas que escrevo. A história se trata de um romance intenso,cheio de reviravoltas e mistérios entre Melina Fontaine e Sebastian Makarov. Melina é filha de um relojoeiro que é agressivo e alc...