Desejos de um padre • JJK version

Capitulo 11 - confie em mim

Meus olhos pesam, sinto-me tão cansada e sonolenta os fecho tentando apagar de uma vez, viro meu corpo para o outro lado da cama.

Cada músculo estava dolorido, como se tivesse sido pisoteada o dia inteiro. Um desconforto me faz abrir os olhos para arrumar os travesseiros atrás da minha cabeça.

Um barulho no vidro da porta me faz levantar o tronco olhando na direção. Ignoro virando de costas para a porta, jogando o travesseiro em cima da minha cabeça.

Novamente o barulho me faz abrir os olhos irritada, as pedrinhas não paravam de serem jogadas. Se fosse Jin porque ele não entrava de uma vez como sempre fazia?

O quarto estava todo escuro, não conseguia enxergar o interruptor até chegar próximo a janela e puxar a cortina, deixando a claridade da lua iluminar.

Já anoiteceu e eu dormi o dia inteiro, pelo menos isso!

Levantei com emburrada, não queria sair da minha cama para ver ou falar com outras pessoas.

Aproximei da varanda e vi que eram pedregulhos que jogavam devagar pra não quebrar o vidro. Se fosse Jin ou Tae eu mataria aqueles filhos da puta!

Abro a porta rápido e já estava preste a xingar a primeira pessoa que aparecesse, para minha surpresa não era nenhum  dos outros que imaginava.

Era Jungkook.

Ele estava embaixo no gramado ao lado perto da arvore com seu belo olho roxo, sua testa cortada, e habitualmente bem vestido com suas roupas sócias preta. Engulo minha própria saliva, sentindo aquela corrente de ar fria batendo contra o meu corpo.

-Mellany, desce aqui. -fala um pouco baixo. O encaro de cima com a testa vincada sem entender o porque Jeon estava embaixo da minha varanda.

Passo minhas mãos no meu rosto, esfregando os olhos tendo a certeza de que não era uma alucinação. 

-Eu estou com sono, preciso dormir. Não vou ficar acordada ouvindo você me falar do quanto minha vida é promiscua. -sou curta e rude, já não aguentava mais toda a ladainha que saia de sua boca. Existiam limites para humilhações e eu já tinha ultrapassado todas elas.

-Mell! -ele estava me chamando pelo meu apelido? — Pega seu casaco e vamos dar uma volta.

-Uma volta? Eu nem sei que horas são.

-Todos já foram dormir, pega seu casaco e vamos sair. Eu preciso de você! -esse é o momento em que minha mãe poderia me acordar jogando um balde de água fria. Isso é estranho demais pra ser realidade. Umedeço meus lábios um pouco ressecado e indago mentalmente quais são as motivações de Jungkook querer "dar uma volta" comigo.

Ele parecia bem convincente quando me induz erguendo as mãos para que eu entrasse no quarto e fizesse o que mandava. Cruzo os braços na tentativa de me proteger do frio, adentro para o quarto indo até o interruptor para ligar a luz.

Volto a varanda checando que realmente era o padre Jeon ali.
— Espera um pouco. -foi o que disse, beliscando meu braço para ter toda a certeza de que não era uma alucinação.

A unica coisa que conseguia pensar é no motivo pelo qual ele estava fazendo isso. Dessa vez, não fui eu que comecei a jogar com ele é ele que esta jogando comigo.

Fui para o banheiro, liguei a torneira colocando minhas mãos logo em seguida as passo no rosto, despertando. Eu não espero nada menos do que um puxão de orelha, algo como estava costumado a falar "você tem um bom coração siga o caminho de Deus". Juro! Que se for isso, irei deixá-lo para trás e volto imediatamente para minha cama.