Capitulo 36 - sin pays itself with blood

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"Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados.
— Mateus 26:28"

POV JEON JUNGKOOK

Deus conhece o meu coração.
Conhece o meu espírito, o meu ser, todos os sentimentos que estão em meu peito e principalmente os meus maiores pecados. Tínhamos um vínculo de fé, amor e solidariedade... onde sempre estaríamos juntos, não importava a situação — Deus sempre estaria comigo.

Eu o enxergava nas coisas mais simplórias da vida. Deus era tão forte quanto o vento, que poderia derrubar casas e prédios apenas um sopro e às vezes poderia nos agraciar com uma brisa leve nos dias mais quentes de verão. Deus estava no céu, tão lindo, majestoso e azul... ele estava no mar e em toda sua imensidão azul... os tons de azul que separavam o mar do céu e às vezes os tornavam uma cor só. Todos os detalhes, cada forma e proporção. Deus sempre se faria presente!

Passei anos da minha vida procurando ouvir seu chamado, a sua voz, pedi para que ele tocasse no meu coração e eu fui tão egoista a ponto e achar que jamais, deus olharia de volta para mim.

Fui um tolo!

Deus estava aqui o tempo todo, nas minhas orações, me diferenciando para ser um homem melhor, alguém que eu pudesse me orgulhar.

E eu sou esse alguém agora?

Se pudesse voltar no tempo, exatamente há 6 meses atrás... será que conseguiria entender a sua magnitude?

E porquê eu me sinto vazio?

Foram seis meses em uma grande busca pelo meu verdadeiro "eu". Talvez, esse meu "eu" não pudesse existir se estivesse longe dela. E todas as vezes que tentei me encontrar, sempre recaia aos braços do senhor.

Sem ela eu sou outro homem.

E foi assim que reconheci todos os meus erros naquela cidade. Tentei fugir da minha realidade, tentei ser alguém diferente do que sempre fui e não tive nenhum resultado. Muito pelo contrário, recebi um castigo, uma das maiores penitências que poderia ter nessa vida. A minha mãe sofria de uma doença maligna, que foi descoberta exatamente no dia em que procurei o bispo para renunciar a minha batina.

Foi um sinal! Eu não fui na paróquia naquele dia e depois mamãe ligou falando que o seu câncer era benigno... as coisas voltavam para o eixo. E era assim que deveriam ser.

Tudo está no lugar onde deve está.

Voltei para Jacksonville sem pensar duas vezes, meu lar era onde minha mãe me esperava, minha batina era o meu manto sagrado que me fazia ser especial, ser o instrumento de Jesus Cristo.

E mais uma vez as coisas estavam nos eixos.

No entanto...

Por que, me sinto vazio?

O padre Lucas estava lá, o homem que me fez pegar amor pela palavra de Deus e me mostrou o caminho certo para ser um bom diácono. Ele estava feliz por mim, alegrou-se ao saber que toda aquela história sobre um padre apaixonado foi apenas um boato.

Eu não falaria para o bispo, Helbert e Lucas de que largaria a batina por uma mulher. Se o fizesse, teria a reprovação de meus superiores e o quanto eles me achariam um fraco por ceder ao pecado da carne...

Mas eu cedi... eu amei o pecado da carne e continuaria amando dentro do meu ser... no meu eu mais íntimo que ardia em chamas altas, escaldantes a cada segundo em que pensava como era deitar-se ao seu lado.

Desejos de um padre • JJK versionOnde histórias criam vida. Descubra agora