Believe it or not

1.3K 124 109
                                    

POV JEON JUNGKOOK

Alguma coisa estava errada.

Mellany estava evitando ao máximo ser vista pelas outras pessoas fora dessa casa, não quis sair para reencontrar seus amigos no começo da noite, não quis nem ao menos deixar a porta da varanda do quarto aberta. Ela estava evitando qualquer assunto que ligasse com as pessoas da casa ao lado, percebi a sua mudança de comportamento quando Annie citou sua mãe.

As coisas tinham que acontecer no tempo dela, eu não posso exigir e nem forçar minha mulher a ir até a outra casa, quando sabia que ainda existe um sentimento que a impeça de matar a saudade que sentia da mãe. Era uma mágoa que eu não poderia alcançar, aquela parte dos seus sentimentos só cabiam a ela, inacessíveis ao ponto de me afastar um pouco.

Me sinto impotente diante essa situação, principalmente quando Mellany se fechava ao ponto de fazer uma única coisa: ficar reclusa em um canto sozinha ou dormir.

Era assim que ela resolvia seus problemas, pensando demais, me excluindo de possíveis soluções e até mesmo ignorando totalmente qualquer um deles como se fossem coisas banais. Seu comportamento é um pouco destrutível, não com as pessoas ao seu redor, mas, com ela mesma.

A única coisa que fiz aquela noite após colocar Jeon na cama do quarto ao lado, foi trocar de roupa e deitar com Mellany na cama. Enquanto ela permanece de bruços com a cabeça afundada nos travesseiros, ouço um choro baixo, abafado vindo dela.

Deus sabe de coisas que eu jamais saberei, uma delas era o que tinha dentro do coração dela.

Me limitei a colocar minha mão esquerda por baixo da blusa que usava, encosto a ponta dos dedos no meio das suas costas e subo vagarosamente até chegar entre as escapulas. Viro um pouco mais de lado, ficando perto da mulher que chorava baixinho pra não ser descoberta.

— O que você quer, menino padre. -a voz abafada em um tom descontraído tentou mascarar a sua tristeza, ela esfregou o rosto nas mãos e virou em minha direção. A ponta do nariz vermelha, assim como seus olhos, deslizo minha mão até a curvatura dos quadris.

— Eu quero que seja menos dura com você mesma. -ela estica os lábios em um sorriso tímido, acomoda-se um pouco mais perto encostando a cabeça no meu peitoral — Vamos passar uma semana aqui. Temos todo o tempo do mundo pra fazer apenas o que você queira. -levo a mão que acariciava suas costas até os cabelos, afagando. — Não vai fazer nada que você não queira, eu não permito que se cobre a esse ponto.

— Não estou me cobrando.

— Já sei, está cansada? -Mellany balança a cabeça positivamente, beijo o topo da sua testa e a envolvo em meus braços — Eu vi uma coisa interessante hoje. -tento amenizar sua insegurança — Lembra da velha torre do sino? Eles reformaram. Então, o que acha de irmos até lá pela madrugada.

— Oh, Deus! Jungoo boy, o cara ousado está me convidando para sair da cama quente e aconchegante, pra fazer uma invasão à propriedade privada. -seu tom mudou um pouco, ela ergue a cabeça e me encara risonha — Você não muda nada, sempre querendo levar suas amigas pro mal caminho. Ali é território sagrado, faz parte da igreja.

— Estou falando da paisagem.

— Como se fizéssemos algo além de trepar às escondidas naquele lugar. -afunda o rosto em meu pescoço — Tenta na próxima vez, agora eu só faço sexo no conforto do meu lar.

— Que garota promíscua! Eu não te chamei pra isso.

— Não? -levanta a cabeça com a testa franzida — Poxa, agora foi muito pesado. Você não quer me levar para ver as estrelas?

Desejos de um padre • JJK versionOnde histórias criam vida. Descubra agora