Capitulo 55 - love

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" O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. "
1 Coríntios 13:4-7



POV JEON JUNGKOOK

Eu não desconhecia do amor.
Minha mãe falava sobre.

Annie tentava me ensinou que existiam três tipos de amor: O amor carnal, amor fraternal e o divino.

Ela me falou, que os dois primeiros eram proibidos. Deus os desaprovava o primeiro se você não estivesse casado com o consentimento dele e que eu esquecesse esse sentimento, pois nunca deveria me permitir que algo tão devastador me atingisse;

Um padre jamais amará alguém dessa maneira.

O segundo foi dito claramente "A única pessoa que te amará dessa maneira serei eu, sua mãe." E eu não entendi, o porquê ela excluía meu pai desse sentimento é que não deveria retribuir outras pessoas, mesmo que existisse uma passagem que falava sobre o amor fraternal, entre irmãos, amai ao próximo como a si mesmo... e eu só pude compreender que ela estava errada quando um dos primeiros padres que tive contato no seminário afirmou aquelas palavras; deveríamos amar ao próximo assim como Jesus amou seus discípulos, assim como Deus nos ama.

E o último, era o qual eu gostava de ouvir: O amor divino.

Deus era o sinônimo de amor, aquele que deu seu único filho para nos salvar do pecado mortal, aquele que nos amava incondicionalmente mesmo sabendo o que existe dentro de nossos corações. Como Deus nos cobria com todo o seu amor, tocando em nossos corações, nos dando a felicidade plena, o quanto esse amor é transformador.

Talvez eu tenha associado esse sentimento com o medo que tinha de apanhar e como ela decidia explicar dependendo do seu humor. Lembro que uma vez, Annie esquentou uma colher de metal na grelha do fogão e pegou uma outra e me mandou colocar as mãos viradas para cima:

— O amor de Deus é assim -passou a colher suavemente na palma da minha mão, acariciando a região até me fazendo sentir cócegas — O amor de Deus jamais irá te machucar.

E em seguida, bater com a colher quente na palma da mão, me fazendo apertar e sentir minha pele queimando enquanto me assistia chorar — Esse é o amor carnal, o amor de um homem e uma mulher, ele machuca, causa feridas.

O seu olhar penoso pairando sobre mim ao jogar o talher no chão, e sua pergunta: — Qual você deve sentir?

Era errado questionar sobre o amor é o porquê não poderia senti-los, já que Deus é sinônimo de amor.

Lembro de quando ela passou horas falando sobre como se sentia amada por Cristo, e foi uma das coisas que me deixou encantado por toda aquela vida em que Annie tinha escolhido para mim. Eu seria um instrumento de Deus que ajudaria todas as almas perdidas a encontrarem a redenção dos seus pecados, o perdão, e consequentemente sentiriam o puro amor divino.

Foram anos, meses, dias... procurando o amor descrito por ela, incessantemente sem me cansar. Eu rezava, cantava para Deus, o servia de corpo e alma em busca daquela sensação recíproca de que tanto ouvi falar. Eu tentei me aproximar, jejuei por dias até não conseguir levantar da cama, flagelei meu corpo em busca de uma redenção e me questionava onde estava errando, o que tinha de errado comigo? Porque Deus não me amava daquela maneira?

Desejos de um padre • JJK versionOnde histórias criam vida. Descubra agora