Virei o rosto pro lado contrário fugindo de sua investida, fico imóvel por alguns segundos que me causaram um aperto no coração. Eu o recusei, mesmo que meu corpo ardesse em chamas e implorasse pelo seu toque, com meus lábios sedentos para beija-lo, me controlei para não levar aquela situação adiante.
Eu não vou ser usada por ele como das outras vezes que me rendi aos seus caprichos. Não quero mexer em feridas que não foram cicatrizadas.
Jungkook soltou meus braços ao perceber que não reagi como o esperado, deitou a cabeça em meu ombro derrotado por suas ações. Ele murmurou quatro vezes seguidas: — Desculpa.
E eu não consegui respondê-lo, o corpo amoleceu em cima do meu e deitou para o lado contrário me deixando livre. Respiro fundo, levanto do chão com aquela sensação de que alguma coisa estava errada, o que tinha acontecido? Estávamos brigando por momentos que não votariam e isso não nos levara a nada.
— Eu fui um covarde. -esfregou as mãos na frente do rosto e suspirou derrotado — Você tem razão, Mellany. Não existe nada que eu possa fazer pra ganhar o seu perdão, por mais que seja o meu maior desejo.
— Você deveria ir embora.
— Não iria fazer nada. -ergueu o dorso ficando sentado no chão — Eu não queria te pressionar a nada.
— Essa não é a questão, Jeon.
— Eu te magoei e sei que não mereço está aqui nessa posição, pedindo pra esquecer o passado e querer recomeçar tudo de novo. Sei que pode ser difícil pra você, mas, entenda que também foi difícil pra mim. Eu sofri com sua ausência, sofri sem a mulher que amo ao meu lado e me dói saber que ela me odeia ao ponto de mentir.
— Jungkook, precisa digerir o que aconteceu hoje. -balbucio — Você precisa pensar com cuidado a partir de hoje, suas ações podem machucar um inocente.
— E as suas? -levantou-se do chão — As suas atitudes não vão causar uma confusão?
— Ele nunca precisou de um pai.
— E então você decidiu inserir o Jin como a figura masculina pra ele? -refuta, balancei a cabeça negando.
— Figura masculina? -franzo o cenho — Está insinuando que estou incentivando meu filho a enxergar meu amigo como pai dele? -indago indignada, Jungkook ergue os ombros — Jeon é uma criança adorável e amorosa, ele trata todos igualmente. Não existe esse rótulo porquê ele nunca precisou.
— Quero conhecê-lo. -fala firme, eu nego, não deixaria Jungkook descer até lá daquele jeito como se tivesse algum direito.
— Hoje não.
— É o meu filho, você não pode me tirar esse direito.
— Posso -afirmo sem pestanejar — E vou!
— Está agindo por impulso, não o use como um
objeto de vingança.— Acha que preciso me vingar de você?
— E o que está parecendo.
— Pense bem, Jungkook. Estamos falando de uma criança que está prestes a fazer quatro anos de idade, como você vai abordá-lo? Oi, eu sou o seu pai e agora vamos criar um laço.
Jungkook estala a língua no céu da boca, coloca as mãos na cintura me encarando.
— Quatro anos! -sua voz falhou — Eu perdi todo esse tempo.
— Eu não sou uma pessoa ruim, Jungkook. -pego um dos porta retratos na mesinha de canto, dou alguns passos para frente ficando em uma distância considerável — Só não acho justo você querer ser inserido onde não tem espaço. -entrego o retrato para ele, o vejo suspirar cansado. Pega o objeto da minha mão e olha a foto que tinha nele.
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Desejos de um padre • JJK version
FanficVocê é como um sonho, você é o meu sonho! Largue sua batina e venha junto comigo. Vamos estar onde o sol aquece o céu, assim como você aquece meu corpo. Onde nenhuma pessoa possa nos julgar pelo o que somos, pelo o que sentimos. Onde você seja ape...