Capitulo 32 - Please Forgive Me

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Luke estava ajoelhado no chão da calçada esfregando o concreto com uma esponja de aço desesperadamente, tentando apagar aquela mancha de tinta vermelha da frase escrita em frente à calçada de casa.

"PECADORES"

A madrugada inteira enquanto Emma estava dormindo, após uma xícara de chá de camomila. Eu e papai tentamos encobrir toda a sujeira que pudesse respingar em mamae.

Meus dedos estavam enrugados, o cheiro do produto que removia a tinta nos entorpecia. Sinto os joelhos pesarem, doerem por esta naquela posição por tanto tempo.

Por trás da janela, a luz acessa denunciava que Annie estava assistindo de camarote tudo o que fazíamos durante a semana. Os ataques começaram logo após Jungkook chegar na casa de Jeremy, por alguma boca maldita que contou sobre nós ver juntos depois do que tinha acontecido. Desde então, foram nomes escritos a tinta na porta da garagem, tinta vermelha sendo jogada no jardim e nos canteiros de rosas, plantas cortadas e os galhos jogados na varanda de casa... e agora, o mais novo ataque, escrever na calçada em frente à janela do quarto de Emma.

Ela não pararia até que alguém fizesse alguma coisa. E eu queria fazer, no entanto meu pai presava pela paz de espírito de Emma, que ainda sofria pela perda da amizade com satanás.

Não poderia julgá-la, eram amigas desde quando eu me entendia por gente. Annie a auxiliava em tudo durante a gravidez, desde quando estive na barriga de minha mãe, quanto antes de tudo isso acontecer. E eu tentava suprir essa sua necessidade de ter alguém ao seu lado, mas, nada seria igual.

Eu não sei escolher roupas de recém nascido, não sabia tricotar agasalhos, não gostava de ir às aulas de ressuscitação... porque ela precisava de aulas como essas? Um bebê recém nascido não de engasgaria com um osso! Enquanto Luke estava fora, sou o homem/melhor amiga. Acompanhando as novelas atentamente e fingindo saber o nome de cada um dos personagens, quando na verdade estava chapada demais pra lembrar o que aconteceu no episódio passado.

Não era um meio de fugir daquela realidade, só que no fim do dia, já estava esgotada de está vinte e quatro horas ao lado da minha própria mãe. E nem todas as coisas que fazíamos juntas dava certo. Precisava relaxar, e o momento perfeito para isso era quando sentava no tapete da sala com dois comprimidos embaixo da língua, sentindo cada parte do meu corpo relaxando até que finalmente tudo voltasse pros eixos novamente.

Um mês que não via meus amigos, não tinha notícias de Taetae desde quando ele voltou pra casa e se enfiou em outro campeonato em Chicago. Nem deu tempo de vê-lo, apenas uma noite em casa e eu sabia o quanto ele queria tirar dos ombros aquela pressão que era jogada em cima dele. Respeitava a distância, mesmo que chorasse às vezes sentindo a sua falta.

— Como anda o Jin? -Luke pergunta amigável, tentando puxa um assunto quando termina finalmente de apagar a última letra. Levanto do chão alongado os braços para cima, erguendo o corpo.

— Eu não sei. -confesso, Jin sumiu! O que eu poderia dizer? Meu namorado se juntou á uma gangue, ele está fazendo alguma coisa ilegal em alguma cidade — Acho que anda treinando muito. -minto descaradamente.

— Espero que dê tudo certo. -levanta — Não tem medo de que ele se sinta interessado em outra garota? -indaga um pouco preocupado, ah! Papai! Não apenas garotas, como também me perturbava aquela imagem dele com Hoseok.

Estalo a língua no céu da boca.

— Jin gosta de mim.

— Ele parece gostar. -Luke aproxima-se colocando o braço por dentro da alça do balde. Jogo o espoja de aço dentro, pegando a flanela pendurada no seu ombro para limpar as mãos — Mas, você já percebeu o filho da Annie? -murmura como se fosse um segredo — Deus, me perdoe se eu estiver errado. Mas, aquele garoto olhava estranho pra você.

Desejos de um padre • JJK versionOnde histórias criam vida. Descubra agora