Capitulo 15 - o primeiro pecado (desejo que jin jamais a faça feliz)

3K 285 94
                                    

POV JEON JUNGKOOK

" ... O Homem é corpo, carne, matéria - que é identificada com o Mal. Onde carrega toda a maldade do mundo, não precisa expor esse sentimento quando você já é a personificação dele -no entanto o espírito, entendido como o Bem. Ora, este deverá dominar aquela, ser o seu guia para livra-lo daquilo que poderá te levar as ruínas para longe das graças de Deus.

Você nasceu para ser de Deus.

Caro, menino Jeon. Hoje és um padre e eu sempre depositei minha fé em esperanças em você, pois, de todos os garotos mirrados do seminário. Sabia que o único a seguir os ensinamentos de Deus seria você! Você tem um de mostrar aos outros como o mundo poderia ser um lugar melhor, agradeço por ter me mostrado o mundo pela sua perspectiva. Logo eu! Um homem tão sábio e vívido, correndo durante uma grande caminhada, aprender com um garotinho ingênuo.

Nunca deixe o mundo tirar a sua inocência, Jeon. Você é bom demais para aqueles que tentam afligir sua alma. Continue sendo esse homem exemplar, benevolente, amável e acima de tudo... um bom diácono que hoje me orgulha em ter se tornado padre.

Com carinho e sempre o manterei em minhas orações, Padre Lucas"

Relia aquela carta de despedida pela segunda vez seguida durante o dia com uma incerteza pairando em meu coração. Algo me afligia amargamente trazendo o gosto de fel para minha boca, um inconformismo me deixa completamente vulnerável para todos os pensamentos da carne.

Pensamentos da carne que tinham nome e sobrenome. Coisas que entravam na minha cabeça e permaneciam como se fosse um martírio.

Tento me abster de todas as sensações. Jejum, fico sob meus joelhos em oração constante pedindo para que Deus me guiasse até o meu propósito.

Esse propósito tinha mudado desde quando aquelas olhos azuis, tão azuis como o céu tinham me cercado que nem uma presa indefesa. Me sentia refém de uma mulher com menos de 1,70 de altura, cabelos claros e um rosto aparentemente desenhado a mão pelo nosso senhor... durante a oração aquele rosto vinha me atormentar, não como das outras vezes.

Algo tinha mudado a ponto de me fazer clamar por misericórdia. Um desespero me invadiu, angustiado por não sentir o que deveria sentir: um arrependimento após ter pecado.

Meu corpo é de Cristo, minha carne é o mal e minha alma era o bem! O bem que deveria prevalecer perante os desejos da carne. E eu estou perdendo essa batalha, atentado como Jesus Cristo foi no deserto, o diabo estava ali... ela era o diabo.

Aperto a ponta do cilício, sentindo o ferro apertando minha carne com força. Solto um grunhido baixo enquanto aquela dormência começava a fazer minha coxa pinicar. Foi um incômodo momentâneo, ainda com a sensação de que poderia pulsar a pele e expelir o ferro para longe. Levanto o tronco conseguindo dar o primeiro passo.

Meus pecados são maiores do que minhas virtudes. Sou um homem que não pode sentir medo e incerteza, sou um servo de Cristo e estou nessa terra como um dos seus mensageiros.

Falta-me fôlego.

Puxo o ar para dentro dos meus pulmões com mais força, o cilício em minha perna direita me faz travar por alguns segundos.

Me inclino para baixo apertando o outro que estava na perna esquerda, um pedaço de ferro solto adentra minha pele, rasgando o tecido arduamente. Mordo meu lábio inferior com força, tentando abafar o ruído que fazia enquanto apertava-o.

Desejos de um padre • JJK versionOnde histórias criam vida. Descubra agora