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Verónica's Point of View

- Também acho – concordou. Admirando os seus olhos negros, passei a mão pelo seu cabelo, acariciando-o, enquanto as suas mãos afagavam a minha cintura. Inclinou-se, depois, beijando-me.

Não conseguia resistir à sensação que era sentir os seus lábios. Aprofundámos o momento, devagar. Envolvi os dedos nos seus discretos caracóis despenteados, enquanto sugávamos o ar no meio da dança frenética na qual as nossas línguas se debatiam. Quebrámos o beijo e o André abraçou-me. Senti a sua respiração sobre a minha pele.

Afastou, calmamente, o meu cabelo e eu fechei os olhos, prevendo a sensação daqueles beijos que o moreno se preparava para plantar por toda a extensão do meu pescoço. Soltei um leve suspiro, sem querer, mordendo o meu lábio inferior, em seguida.

Era um dos meus pontos fracos a zona que os seus beijos preenchiam, enquanto a minha mente tentava manter a compostura, no pouco tempo no qual ainda seria capaz de pensar com total sanidade. O meu corpo era segurado pelas suas mãos, na minha cintura, até se lembrar que preferia segurar-me um pouco mais abaixo.

Devido ao meu cabelo se ter posto no caminho, o André distraiu-se para o tirar da frente do meu pescoço. Aproveitei a sua dispersão momentânea para o afastar um pouco de fim. Empurrei-o, com as duas mãos sobre os seus ombros largos, para que se encostasse para trás.

Rocei o meu nariz na sua bochecha. O seu olhar estava atento a cada gesto meu. Deixei a minha respiração tocar-lhe de leve no pescoço e tracei uma linha de beijos por aquela zona.

Entre os meus dentes tranquei a sua pele maliciosamente e passei a língua discretamente por lá, logo a seguir. Ouvi-o soltar um pequeno suspiro, e sorri, orgulhosa com o efeito que provocara. As suas mãos deslizaram lentamente pelas minhas costas, provocando uma onda de arrepios por todo o meu corpo. As suas mãos quentes no meu corpo gelado era uma sensação ótima.

- Verónica... - chamou baixinho, travando os meus beijos. Subi o olhar para fitar o seu rosto, do qual os meus olhos não se desviaram – Queres... ir...? – notei que tencionava terminar a frase, mas muito provavelmente tinha receio da minha resposta. Beijei-o, de novo, tomando o controlo do momento. Aproveitei para brincar com o seu lábio inferior, mordendo-o levemente.

Senti que efetivamente o clima entre nós estava a ficar quente, quando já nos prendíamos um contra outro com mais intensidade. Os nossos beijos tornavam-se bastante ofegantes, enquanto mergulhávamos as mãos no cabelo um do outro.

- Queres... ir... para o quarto? – o moreno sussurrou ao meu ouvido, quando nos desprendemos por breves instantes, devido à falta de ar.

Assenti levemente com a cabeça, um pouco corada e com uma sensação deliciosa na boca devido aos nossos beijos, como se de um formigueiro se tratasse, uma necessidade de tocar os seus lábios, novamente.

Segura nos seus braços fortes, o André trouxe-me ao colo para uma divisão, que calculei ser o seu quarto. As minhas pernas estavam trancadas à sua volta, enquanto mantinha os meus braços seguros ao seu pescoço.

Para abrir a porta, empurrou-a com as costas. Entrámos e fechou a mesma, atrás de si, lançando-a para trás com o pé. Levou-me, então, até à cama, onde me deitou cuidadosamente sobre os lençóis. Depois, veio para cima de mim, devagar.

Vislumbrava atentamente o seu olhar brilhante, que alternava entre os meus olhos e os meus lábios. Puxei-o para mim, trancando os braços no seu pescoço e beijando a sua boca. O moreno deitou-se sobre mim, enquanto as nossas línguas se debatiam numa luta intensiva grudenta de beijos molhados e as suas mãos agarravam generosamente as minhas ancas.

Senti um arrepio leve atravessar o meu corpo, quando a sua respiração quente tocou a pele do meu pescoço, depois de afastar o meu cabelo. O primeiro beijo foi plantado abaixo da orelha. Fechei os olhos, deixando que os seus lábios traçassem uma linha de carícias sobre aquela zona, ao mesmo tempo que mergulhava os meus dedos pelo seu cabelo macio.

As suas mãos não tardaram a percorrer as minhas costas, enquanto enrolados um do outro, nos virávamos na cama. Fiquei com mais liberdade de movimento, conseguindo então desabotoar-lhe a camisa que, poucos instantes depois, já se encontrava no chão do quarto. Passei as mãos pelos seus ombros largos, pelo peito definidos e abdominais. Os meus lábios rapidamente se deliciavam, ao distribuir leves beijos sobre o seu corpo. Agarrou a barra na minha blusa e subiu-ma. Não hesitei e deixei que ele a atirasse para um canto qualquer da divisão.

Beijei-lhe, de novo, o pescoço, trancando a sua pele entre os meus dentes. Sentia que gostava, uma vez que me apertava contra ele, cada vez que o fazia. Como estava praticamente em cima dele, não deixei de sentir o seu membro, já um pouco animado, pouco tempo depois.

Agarrou-me, do nada. Deitou-me de novo, antes de começar a beijar o meu pescoço e partir para o meu peito, ainda tapado pelo sutiã. Suspirei baixo, quando as suas mãos apertaram as minhas coxas, antes de subirem para as minhas costas, em busca do fecho para retirar mais uma peça.

- André... - sussurrei, procurando que o moreno me encarasse. Subiu o olhar, com uma expressão preocupada, com receio de ter feito algo mal.

- Sim? Está... está tudo bem? Tu... tu queres? Quer dizer... - questionou, atrapalhado, coçando a nuca. A verdade é que nos conhecíamos há relativamente pouco tempo para deixar que a nossa intimidade avançasse para algo mais sério.

- Sim... Eu... Eu quero, André – só que lá no fundo, por mais que tivesse alguma incerteza sobre o que estávamos a fazer, sentia que queria. Queria estar com ele. Em pouco tempo, parecia que sempre estivéramos juntos e que, estando a seu lado, tudo parecia melhor e os problemas deixavam de existir.

- Verónica... - acordou-me dos meus pensamentos, ao murmurar o meu nome. As suas pupilas dilatadas percorriam o meu corpo. Puxei-o para mim e beijei-o. Não importava que fosse um erro. Naquele momento, precisava dele, sentia que o queria e que ele me queria, por mais que não fizesse sentido absolutamente algum.

 Puxava-lhe o cabelo, sentindo calefrios pelo corpo, pelo seu toque e pelas suas carícias, após de mais uma peça de roupa me despir. Dos meus lábios soltaram-se suspiros, enquanto os seus lábios quentes percorriam os meus ombros e o meu peito. 

- És linda, Verónica... - murmurou, ao meu ouvido, enquanto eu me abraçava a ele, saboreando a sensação quente da nossa pele em contato – Quero-te tanto... - confessou.

- Também te quero, André – sussurrei, fechando os olhos. Senti-o beijar a minha testa e sorri.

Era impossível negar que não me sentia apaixonada por aquele moreno alto com sotaque do norte. O seu toque reagia no meu corpo em arrepios deliciosos. Adorava o sabor dos beijos, a nossa sintonia, a nossa vontade de que querermos estar juntos. Naquele momento, podíamos nos ter deixado levar pelo prazer, mas com noção de que havia mais algo que crescia entre nós.

A forma como interagíamos, a intensidade dos nossos beijos. Num misto de ternura, as nossas roupas no chão. Embrenhados num balé de braços, pernas e corpos, os nossos rostos molhados com uma mistura de suor e saliva, ao som do ar a ser sugado e soprado. Rendi-me sem medo, explorou-me sem pressa. Perdidos, gemendo o nome um do outro, rumo ao ápice de, mesmo sem sabermos verdadeiramente que estávamos loucamente apaixonados.

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What a night! Hahah!

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Beijos😘

Easier • { A.S. André Silva Fanfic }Onde histórias criam vida. Descubra agora