Capítulo 60 - Passado

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Bianca acordou mais cedo que Rafaella naquele dia de maneira que quis surpreender sua namorada. Era uma boa forma de agradecer pelo momento bom que passaram juntas e ainda entregar o presente que havia comprado com tanto carinho.

Espero que ela goste.

Disse como se pedisse ao universo e caminhando pé ante pé se estacionou na cozinha por longos segundos.

Retirou itens da geladeira, passeou os dedos pelos armários e terminou depois de muitos minutos com um sorriso de canto e a mão na nuca.

Eu revirei várias coisas sem permissão.

Constatou em sua mente sabendo que havia uma boa possibilidade da furacão não se agradar de sua atitude.

Tomara que Marcela a tenha acalmado bem ontem!

O sorriso em sua boca se ampliou e gargalhou sozinha no silêncio da manhã se recriminando pontualmente pelo que havia se tornado desde a noite anterior em que fez sua namorada ficar de...

Bianca!

A timidez que vinha com a sobriedade a interrompeu e não querendo saber o que aconteceria se permanecesse ali parada a morena tomou a bandeja preparada nas mãos ajeitando o presente ao lado dela e subiu novamente as escadas até o quarto da loira.

Quando cruzou a porta deu de cara com a visão dos deuses: Com uma perna encoberta e outra exposta ao calor da manhã o lençol branco do quarto se acumulava na cintura da fazendeira que se encontrava de bruços agarrada a um travesseiro.

As costas bronzeadas ainda estavam marcadas das unhas de Bianca. A Andrade conseguia ver por cada centímetro em que os cabelos loiros e longos não se interpunham.

Se permitiu admirar a maneira que o sol beijava a pele macia por vários segundos antes de se aproximar da cama deixando a bandeja na mesa de cabeceira.

— Bom dia — Falou se sentando nos quadris da loira, afastando os cabelos dali para começar a distribuir beijinhos pela nuca que carregava o cheiro doce que só Rafaella tinha.

— Que delícia acordar assim — A loira sussurrou rouca de olhos fechados, virando o rosto na direção da namorada que selou os lábios se deitando sobre o corpo nu da namorada vestida apenas com sua camisa.

Com os sentidos despertando e a constatação vindo em pequenas doses a veterinária apenas se deu conta daquele fato quando sentiu os seios de Bia rasparem por suas costas provocando a sensibilidade sobre seus arranhões.

Entendeu que gostou da sensação quando a namorada fez menção de levantar. A impediu.

— Me acorda e já vai se afastando na hora. Nossa Bia, você já foi mais carinhosa, sabe? — Reclamou causando uma risada anasalada na namorada que lhe abraçou melhor e mais forte e continuou os beijos que inevitavelmente terminaram na boca da loira que a manteve por ali pelos minutos que pode antes de Bianca cessar o beijo e fugir do outro.

— Tenho uma coisa para você e quero te entregar agora. Se você me beijar perderemos a meada do que planejei e eu não quero que isso aconteça porque é importante para mim — A menor adiantou saindo de cima da namorada para se sentar ao lado. Rafaella aproveitou o movimento e acabou por se virar preguiçosamente para encarar da namorada ao café da manhã.

Sorriu de imediato. Ainda mais quando percebeu que no extremo esquerdo da bandeja havia uma sacola.

— E isso? — Questionou com certa curiosidade vendo como a namorada ficada um pouco tímida.

— É um presente — Explicou Bianca e ao ver que não tinha suficientemente clara colocou uma mecha atrás do cabelo e continuou — Para você — Terminou de falar por fim, mas não pegou a sacola ainda, antes o fez com uma torrada para colocar sobre a boca da namorada que estava mais que faminta.

O rugido da leoa Onde histórias criam vida. Descubra agora