Quando Gizelly Bicalho acordou naquela manhã mal podia acreditar em onde estava, com quem estava e o que havia feito. Só tinha no coração a certeza de que nada daquilo era um sonho porque Marcela a fitava com os olhos claros cheios de amor enquanto as mãos se intrometiam entre seus cabelos.
— Dormiu bem? — A loira perguntou aprofundando o cafuné de maneira que foi deixando Gi tão relaxada que até voltou a fechar os olhos.
— Muito bem — Respondeu a capixaba recebendo um beijo lento nos lábios. Passou as mãos pela nuca da Andrade a atraindo até sua nuca de maneira que Marcela estivesse sobre seu corpo a abraçando e intensificando o contato.
— Amor... — Marcela chamou ofegando entre as bocas como quem advertia sobre onde isso ia parar se não cessassem.
Gi somente a ignorou e, entendendo aquela reação, a loira somente desceu a mão suavemente até a perna da namorada colocando sobre uma sua para encaixar as intimidades.
Gemeram em uníssono no contato matinal e fizeram daquilo um encontro lento de suor e sôfrego.
Marcela não abandonava os lábios de Gizelly e tampouco deixava de beija-la, de forma que de volta recebia a mesma entrega e prazer que se traduzia nas libidos se escorrendo e misturando até atrair o gozo que chegou forte e sincrônico para o casal apaixonado que recém acordava.
— Bom dia — A Andrade disse dando vários selinhos na furacão que se deleitava do calor da pele branquinha sobre a sua num contraste belíssimo.
— Bom dia — Respondeu a governanta com um sorriso bobo. A noite, embaladas pelo pedido e a festa não conseguiu pensar, mas agora nos braços de Marcela se tornava consciente — A gente acabou de... — Olhou para namorada e depois para debaixo do lençol encontrando as intimidades ainda próximas e brilhando do orgasmo recente.
O ar quase faltou.
— O que foi? Não gostou? Se arrependeu ou... — A loira perguntou se afastando da namorada que apenas passou a mão sobre o rosto numa ampliação do sorriso, até riu encabulada.
— Se eu for sincera tenho que dizer que foi muito melhor do que eu achei que poderia ser e acho que essa é a razão de eu estar envergonhada, porque eu acho que a partir de agora só fica melhor e para isso vamos praticar e... — Gi disse no meio de um nervosismo que causou uma risada em Marcela.
— Só retrocede um pouco na intensidade meu furacão. Vamos fazer se e quando quiser. No começo ficamos um pouco estranhadas porque realmente é diferente ter essa intimidade com alguém — Marcela expressou devagar.
— Você é tão compreensiva com tudo. As vocês eu acho que nem é real — A furacão disse encarando a namorada de forma amorosa.
— É claro que sou. Tenho osso e a carne que você tocou com a sua. Ontem e agora de manhã — A loira brincou passando seus braços ao redor do corpo nu, firmando as mãos em volta da cintura.
— Marcela! — Repreendeu Gi ao entender o sentido das palavras.
— Estou naturalizando falar sobre isso. Foder entre nós é bom demais para não fazermos e falarmos sobre —A Andrade disse com sua típica elegância em falar até aquela palavra.
— Repete — Pediu Gi gostando da sonoridade da palavra.
— Estou naturalizando... — A Andrade começou a dizer outra vez o discurso, mas foi interrompida.
— A palavra feia — A furacão pediu baixinho escondendo o rosto nas mãos.
— Gizelly! — A loira falou num entre o surpreso e o satisfeito.
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O rugido da leoa
FanfictionPara viver em Santo Antônio Escondido não é necessário muita coisa. Basta que goste do clima campestre, de moda de viola e, sobretudo, entenda que nesse espaço distinto do mundo os conflitos se resolvem na ponta de uma bala, ou de uma faca se é o qu...