Capítulo enorme para comemorar o tanto de mimo que recebemos ontem! Se trata de um capítulo revelador e cheio de detalhes antigos e novos que peço que vocês prestem atenção...
A morte é como um cobra sorrateira que espreita no mato e ataca pelas costas quando menos se espera. Envolve com destreza, derruba e depois que tem quase abatido em seu toque asfixia até o ponto que os sentidos se esvaem e então vem a tona a outra face da vida: A morte.
Foi o que Jaime sentiu vir na manhã daquela quinta-feira. Não era como se não tivesse escutado o farfalho do réptil se movendo em sua direção, no entanto, mesmo sabendo da chegada não pode evitar.
Sabia que não poderia desde o princípio. Desde o dia que Flayslane cruzou a porteira da Fazenda Antoniazzi.
Tentou o possível que era contatar Rafaella, mas só com ouvir que se tratava de sua funcionária a loira havia se enfurecido.
— Não quero saber de nada que envolva essa mulher — Rafa foi enfática e Jaime, sem mais remédios, retornou a seu lugar de falar apenas quando solicitado.
Após a agressão que quase fez Felipe Prior terminar no hospital o coreano ficou mais atento. Era uma atitude necessária, tendo em vista que o dono da fazenda agora estava mais introspectivo e analisando as coisas mais friamente, principalmente quando a cascavel andava enrolada em seu pescoço como um adorno.
Adorno esse que, no entanto, não era passivo. Na ausência de Felipe a paraibana mandava e desmamava o quanto queria se sentindo tão rainha e suprema entre todos que se via no direito de até mesmo cismar com um e com outro sem motivos.
Começou por Chumbo. Alegou que não gostava da sua maneira calma de lidar com os acontecimentos e do quanto parecia cauteloso em suas ações. Nas palavras de Flay cautela não era um traço favorável de personalidade favorável a quem em dado momento precisaria puxar um gatilho para matar alguém. Foi por essa razão que o carioca acabou escorraçado da fazenda.
— E cuide de encontrar um substituto à altura — A nordestina ainda gritou para Jaime enquanto batia na mesa.
O declínio se deu no início, mas se precisasse escolher um momento para demarcar o momento que percebeu sua ruína teria optado pelo que decorreu daquela decisão.
Sua desgraça tinha nome e uma insuportável cara de bom moço: Petrix Barbosa, o novo contratado para assegurar as costas de Felipe enquanto ele se metesse em confusão.
Como de costume, visto que Rafaella precisava estar um passo à frente, Jaime começou a reunir o máximo de informação que pudesse sobre o novo membro da fazenda. Era para ser mais de um dos mil processos que ele fez nos últimos tempos, mas o coreano não contou com um detalhe: A cobra só mata o seu oponente que é muito maior porque ganha vantagem pela surpresa.
— Quer me dizer o porque tem esses documentos sobre o Petrix ou terei que descobrir? — Foi a pergunta que ouviu assim que teve o escritório invadido duas segundas-feiras antes da semana que terminaria em sua desgraça.
— Porque eu sou competente. Penso que é bom para Antoniazzi que tenha esses históricos em mãos para caso precise — Respondeu tentando não esboçar reação.
— Então porque estão restritos ao seu escritório? Porque eu tenho acesso a tudo de Felipe e não vi nada parecido entre suas coisas — Flay adiantou. Nos últimos tempos havia buscado se apropriar ao máximo de toda informação que envolvia o fazendeiro e como seu acesso a ele era facilitado pelas tórridas noites de amor se apropriava por completo de tudo o que podia para seu benefício.
— Apenas esqueci de entregar a ele. Não é nada sério — O coreano disse tentando tomar os documentos, enterrando, Flay foi mais rápida em toma-los e tirou do seu alcance.
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O rugido da leoa
FanfictionPara viver em Santo Antônio Escondido não é necessário muita coisa. Basta que goste do clima campestre, de moda de viola e, sobretudo, entenda que nesse espaço distinto do mundo os conflitos se resolvem na ponta de uma bala, ou de uma faca se é o qu...