Capítulo 64 - O que flutua é pego no ar

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Capítulo enorme para comemorar o tanto de mimo que recebemos ontem! Se trata de um capítulo revelador e cheio de detalhes antigos e novos que peço que vocês prestem atenção...

A morte é como um cobra sorrateira que espreita no mato e ataca pelas costas quando menos se espera. Envolve com destreza, derruba e depois que tem quase abatido em seu toque asfixia até o ponto que os sentidos se esvaem e então vem a tona a outra face da vida: A morte.

Foi o que Jaime sentiu vir na manhã daquela quinta-feira. Não era como se não tivesse escutado o farfalho do réptil se movendo em sua direção, no entanto, mesmo sabendo da chegada não pode evitar.

Sabia que não poderia desde o princípio. Desde o dia que Flayslane cruzou a porteira da Fazenda Antoniazzi.

Tentou o possível que era contatar Rafaella, mas só com ouvir que se tratava de sua funcionária a loira havia se enfurecido.

— Não quero saber de nada que envolva essa mulher — Rafa foi enfática e Jaime, sem mais remédios, retornou a seu lugar de falar apenas quando solicitado.

Após a agressão que quase fez Felipe Prior terminar no hospital o coreano ficou mais atento. Era uma atitude necessária, tendo em vista que o dono da fazenda agora estava mais introspectivo e analisando as coisas mais friamente, principalmente quando a cascavel andava enrolada em seu pescoço como um adorno.

Adorno esse que, no entanto, não era passivo. Na ausência de Felipe a paraibana mandava e desmamava o quanto queria se sentindo tão rainha e suprema entre todos que se via no direito de até mesmo cismar com um e com outro sem motivos.

Começou por Chumbo. Alegou que não gostava da sua maneira calma de lidar com os acontecimentos e do quanto parecia cauteloso em suas ações. Nas palavras de Flay cautela não era um traço favorável de personalidade favorável a quem em dado momento precisaria puxar um gatilho para matar alguém. Foi por essa razão que o carioca acabou escorraçado da fazenda.

— E cuide de encontrar um substituto à altura — A nordestina ainda gritou para Jaime enquanto batia na mesa.

O declínio se deu no início, mas se precisasse escolher um momento para demarcar o momento que percebeu sua ruína teria optado pelo que decorreu daquela decisão.

Sua desgraça tinha nome e uma insuportável cara de bom moço: Petrix Barbosa, o novo contratado para assegurar as costas de Felipe enquanto ele se metesse em confusão.

Como de costume, visto que Rafaella precisava estar um passo à frente, Jaime começou a reunir o máximo de informação que pudesse sobre o novo membro da fazenda. Era para ser mais de um dos mil processos que ele fez nos últimos tempos, mas o coreano não contou com um detalhe: A cobra só mata o seu oponente que é muito maior porque ganha vantagem pela surpresa.

— Quer me dizer o porque tem esses documentos sobre o Petrix ou terei que descobrir? — Foi a pergunta que ouviu assim que teve o escritório invadido duas segundas-feiras antes da semana que terminaria em sua desgraça.

— Porque eu sou competente. Penso que é bom para Antoniazzi que tenha esses históricos em mãos para caso precise — Respondeu tentando não esboçar reação.

— Então porque estão restritos ao seu escritório? Porque eu tenho acesso a tudo de Felipe e não vi nada parecido entre suas coisas — Flay adiantou. Nos últimos tempos havia buscado se apropriar ao máximo de toda informação que envolvia o fazendeiro e como seu acesso a ele era facilitado pelas tórridas noites de amor se apropriava por completo de tudo o que podia para seu benefício.

— Apenas esqueci de entregar a ele. Não é nada sério — O coreano disse tentando tomar os documentos, enterrando, Flay foi mais rápida em toma-los e tirou do seu alcance.

O rugido da leoa Onde histórias criam vida. Descubra agora