Capítulo 35 - O dente de leão

1.8K 278 175
                                    

Gizelly e Marcela pensaram em dançar num primeiro momento em que chegaram, mas a maioria das músicas estavam tão melancólicas que não foram a pista mais que duas ou três vezes, preferindo muito mais encontrar um cantinho escuro para dar uns "beijinhos" como Marcela costumava dizer.

— Aquieta essa mão loirinha — Pediu a capixaba trazendo os dedos de Marcela de volta a sua cintura enquanto tinha a orelha mordida de uma maneira muito sensual.

— Está bem, mas antes posso me pronunciar? — A Andrade maior quis saber colocando melhor o corpo junto ao de Gi e, portanto, o da mulher mais perto da parede também. A capixaba assentiu — Você está muito gostosa nesse vestido verde — Elogiou num propositalmente safado recebendo as mãos da capixaba nas suas até que descessem de volta as nádegas que ela apertou com todo gosto fazendo a mulher de mechas douradas arfar e ter os lábios tomados em outro daqueles beijos de tirar o fôlego que só Marcela sabia dar.

Daqueles em que a língua enrosca na outra com a promessa de que tudo vai ficar melhor em cada vez que mais se avança.

Sem quebrar o encontro furtivo dos lábios Marcela separa as pernas de Gi com uma sua e a capixaba sente a coxa da Andrade em um contato próximo com sua calcinha melada de tesão.

Sabia que avançar mais era uma escolha só sua já que Marcela em nenhum momento fez qualquer movimento de levar seu corpo até embaixo.

E tomada por um prazer quase pungente foi descendo devagar até sentir a carne da coxa em contato com o algodão que friccionava direitamente contra seu clítoris.

Mordeu o lábio de Marcela para não gemer no meio do beijo e começou a movimentar os quadris de frente para trás enquanto os lábios da loira corriam para sua garganta para chupar a pele dali.

Marcela se sentia adoravelmente dominadora naquele instante e foi por isso que decidiu marcar o momento com os lábios pressionando a pele de Gi que fazendo menção de fazer falsas reclamações acabou por abrir os olhos e ficou estática com a cena que pensou ver.

Ao longe, mesmo no escuro, uma figura diabólica fitava diretamente dentro dos seus olhos enquanto acariciava seu membro por fora da calça.

— Fe-Fe-Felipe — Disse sentindo um nó se formar na sua garganta e o pavor correr por todo seu corpo.

— Não tem nada de Felipe. Eu sou bem mulher, bem Marcela, minha furacão — A loira falou sem entender nada tentando tomar o rosto de Gi entre suas mãos para que olhasse bem suas feições.

Identificou um rosto completamente pálido e olhos muito perdidos.

— Você não. Ele, aque-aquele maldito que... — O corpo da capixaba tremia completamente e a loira ainda não era capaz de definir qual era razão, mesmo assim parecia tão horrível que somente tomou Gi num abraço e fez menção de beijar os lábios para que se acalmasse como costumava baixo seu beijo.

A governanta o desviou terminantemente lembrando da terrível imagem que viu a pouco na escuridão da noite.

Ainda com medo, no entanto, fixou seus olhos no lugar onde vira o vulto diabólico.

No breu apenas um dente de leão revoava para longe sem criar discórdias. Como se fosse só um fantasma Felipe Prior havia sumido. Não tinha nada...

Gabi havia convencido Rafaella pelo menos umas três vezes mais do que ela havia calculado que cederia, mas agora definitivamente tinha que parar, ao menos para que se hidratasse devidamente.

O álcool havia saído do corpo e não achava que precisava de mais, dessa forma, quando pegou mais um copo com o garçom se certificou de que fosse água.

O rugido da leoa Onde histórias criam vida. Descubra agora