O rugido da leoa

Capítulo 40 - Conselhos

Voltaram para casa com a música baixa tocando no carro ditando o ritmo que Bianca passaria os dedos pelo braço molhado de Rafa que se envolvia com o dela.

A Andrade se sentia feliz.

Desde o momento que saiu de sua casa a tantas cidades distantes nunca se percebeu tão completamente inteira.

Rafa era a responsável por isso.

Depositando um beijo suave sobre o ombro da veterinária entraram calmamente pela porteira da Fazenda Kalimann de volta ao lugar tranquilo que embalou parte significativa daquele sentimento que estava crescendo exponencialmente em seus corações.

— Vamos entrar que precisamos de um banho bem gostoso para não ficar doente — Mandou Rafa abrindo a porta do carro para Bianca sair também.

— Está bem Dona Leoa — A menor falou saindo para chuva dando sua mão a de Rafa que a aguardava de palma aberta — Mas o banho é assunto para depois. O importante agora é que eu aposto que você não ganha de mim numa corrida até lá dentro — A morena disse desfazendo o entrelaçar dos dedos para correr batendo os pés contra a grama da fazenda assim que tirou os sapatos como Rafaella fez.

Sem perceber as duas estavam correndo com os pés sobre o chão verde e pulando de poça em poça até chegar à escadaria em frente a grande casa branca.

— Eu vou ganhar de você — Anunciou Bianca subindo os degraus de dois em dois, mas sendo puxada por Rafa bem no topo para cair entre seus braços.

— Ou você chega juntinho de mim — A leoa disse tirando os pés de Bianca do chão para coloca-las nos braços sentindo os dedos dos pés tocarem o concreto enquanto abria a porta pesada da sede.

Nessa altura Bianca somente se escondia sobre o pescoço de Rafa como alguém muito pequeno e dengoso.

A competição entre elas era deliciosa quando terminava assim: Sem vencedoras e com as duas devidamente satisfeitas. E estavam.

— Entregue — Rafa disse colocando a mulher menor sobre o piso do corredor em frente a porta de seu quarto.

— Quer entrar? — Bianca perguntou sem segundas intenções, no entanto, o corpo próximo de Rafa a fazia consciente das suas próprias.

É Bianca com um vestido colado ao corpo delicioso e toda molhada.

Repassou sem precisar olhar muito diretamente até abaixo do pescoço.

— Tenho que me banhar também. Te vejo no jantar — A loira disse a ultrapassando, mas não indo muito longe, não quando sentiu as mãos pequenas agarrarem seu corpo por trás e puxar até que os seios raspassem em suas costas.

Rafaella suspirou pesado com a sensação quente que recorreu sua pele inteira. Era pouco, mas com Bianca bastava somente isso.

— E o meu beijo? — Bia perguntou num tom meigo que ainda sim resguardava certo desejo desde o ombro de Rafa que era até onde conseguia ir com sua pouca altura.

Rafa não teve outra escolha se não obedecer no momento em que sentiu uma mordida divertida sobre seu ombro a obrigando a virar imediatamente.

Circundando a cintura com os dedos assim que virou Rafa cumprimentou os lábios de Bia com um selinho bem demorado que negou em transformar em beijo.

Deveriam se comportar.

— Agora anda — Mandou com um tom de voz autoritário que fez Bianca até tropegar um pouco em seus passos, o que foi percebido por Rafaella que sorriu largo levando a palma da mão ao rosto que tocou como quem buscava mais auto-controle do que nunca.