Capítulo 58 - A águia preda a leoa

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O abraço se estendeu por vários minutos em que estiveram acima do colchão suave. Bianca, embalada numa emoção ascendente foi quem começou a aprofundar o contato com beijos que de início começaram suaves.

Estava satisfeita pela noite, mas a necessidade quase física de devolver o prazer era muito difícil de lidar para que tentasse. E sequer tentou.

— Bi — Iniciou Rafa afastando os lábios de Bianca com seus cabelos presos entre seus dedos.

A morena estranhou o comportamento e saiu do colo de Rafaella que a deixou escapar entre os dedos.

— Fiz algo errado? — Quis saber de imediato causando um sorriso torto no canto do lábio da mulher de olhos verdes intensos.

— Não é isso. É só que... Eu quero que seja diferente — Tentou expressar, no entanto o vinco no olhar de Bianca permanecia ali — Naquele dia na beira do rio você me pediu uma coisa. Lembra-se? Quero que seja assim hoje — A parte engraçada da situação era que Rafaella dizia das palavras mais sujas, no entanto, naquele momento, se encontrava quase que encabulada. Até as bochechas estavam vermelhas.

— Acho que não me recordo — Bianca mentiu empurrando os ombros da namorada bem de leve até que ela caísse deitada na cama. Os olhos verdes estudando cada movimento — Nem um pouquinho mesmo — Permaneceu ocultando a verdade enquanto abria as pernas da namorada tomando fôlego para poder com tanto.

Rafa estava ainda mais linda naquela noite. Os cachos loiros, agora bagunçados, emolduravam o formato sutil do rosto bronzeado.

— Você está tão linda — Bianca elogiou tocando o lábio inferior de Rafaella até que a parte carnuda se abrisse. Colocou o dedo por ali e pediu com o olhar que Rafa o sugasse com a sua vontade de sempre. Encarou a ação com o prazer de quem somente queria ofertar e se sentiu poderosa como nunca acima daquela cama e contagiada por ele inteiro retirou o polegar e tracejou uma linha invisível dos lábios até o seio com a unha raspando na carne quente de Rafa que arfou e devolveu com um tapa forte sobre a nádega direita de Bianca que embora tenha gostado da manifestação exigente negou com a cabeça.

— Não — Verbalizou devagar retirando a palma de cima de si a levando até acima da cabeça de Rafaella junto com a outra.

A loira tinha força o suficiente para reverter a situação, mas nunca o faria. Era Bianca, sua mulher, tomando o controle e ficando embevecida com tamanha autoridade.

— Bianca — Chamou com um choramingo falso sentindo os seios rasparem contra sua boca assim que teve os pulsos segurados. Tentou ainda, sem sucesso, morder um mamilo, mas percebeu que não havia forma de fazê-lo sem sair daquela contenção tão necessária.

— Não — Bianca tornou a repetir abrindo os botões da sua camisa, exibindo seus seios num sutiã meia taça. Se antes Rafaella estava sedenta por eles sentiu a boca quase aguar com o desejo de beija-lo.

Desejo esse que se tornou ainda mais distante quando percebeu Bianca tirando fora a camisa xadrez para envolver seus pulsos.

Por um momento Rafa chegou a duvidar que a namorada realmente conseguisse rende-la, no entanto, só bastou um segundo de observação e percebeu o quão enrascada estava. Bianca, surpreendentemente sabia bem como amarrar alguém o que era estranho ao mesmo ponto que excitante.

— Agora vira. Antes de terminar eu quero você de quatro para mim — A menina anunciou com o nó por apertar e a loira obedeceu numa rapidez que até ela mesma acabou por duvidar.

Segundos depois estava encarando o quadro acima da cama com as pernas levemente afastadas e uma respiração quente em sua nuca que começou a ser mordida bem devagar até que ficasse bem arrepiada.

O rugido da leoa Onde histórias criam vida. Descubra agora