Capítulo 52

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Fernando*

Eu estava em casa arrasado, Maiara me afastou e isso só fez eu me sentir pior, eu falhei na promessa que fiz a ela, eu não a protegi e ela está com raiva de mim.
Recebi uma ligação da Maraisa dizendo que Maiara iria pra casa hoje e me pediu para ajudá-la a trazer Maiara pois ela não pode se esforçar e Maraisa não conseguiria carregá-la.
Cheguei no hospital e elas já estavam saindo, Maiara me olhou e eu me senti mal por ver ela tão frágil, ela se sentiu no carro e eu fui levar a cadeira lá dentro, chegamos na casa dela e eu desci do carro indo até a porta de trás, peguei ela no colo e ou de ouvir ela sentir um gemido de dor, subi as escadas com ela nos braços e assim que a coocqjei sentada na cama nossos olhares se cruzaram, por pouco eu a beijei, mas Maraisa entrou no quarto dizendo que iria no supermercado.
Quando eu estava saindo do quarto pra deixar ela mais a vontade ouvi ela me chamando, foi a primeira vez que nos falamos desde o acontecido. Ela me pediu pra ficar, então fechei a porta novamente e me sentei ao seu lado na cama, nossos olhares não de desgrudavam e percebi seus olhos se encherem de lágrimas, me aproximei com receio mas vi que ela não esboçou reação alguma, então toquei seu rosto, feito isso ela começou a chorar e automaticamente colocou sua mão sobre a minha.

Eu: Não chora amor! - Digo tentando secar suas lágrimas.

Mai: Eu pensei que nunca mais fosse voltar a te ver. - Eu já estava chorando também.

Eu: Me desculpa, você está certa em dizer que a culpa é minha, me perdoa, eu falei...falhei na promessa de te proteger. - Ela balançava a cabeça negativamente.

Mai: A culpa não foi sua, eu falei sem pensar, me desculpa, você não tem culpa de nada.

Eu: Eu fiquei com tanto medo de te perder, eu não posso mais viver sem você.

Mai: Me desculpa por tentar afastar você.

Eu: Eu jamais me afastaria, lembra da promessa que fizemos. - Eu me aproximo cuidadosamente e encosto minha testa na dela, ficamos de olhos fechados somente sentindo a presença um do outro.

Mai: Obrigada! - Ela sussurra.

Eu: Eu amo você.

Não consegui mais resistir e a beijei, eu estava com muito medo de machucá-la então estava pegando leve, aprofundados o beijo e se dependesse de mim eu não a soltaria nunca mais. Era um beijo calmo porém intenso, nossas línguas travavam uma briga, quando eu percebi que as coisas começaram a esquentar me afastei.

Eu: Vamos com calma, você está machucada.

Mai: Deita aqui comigo então, eu quase não consegui dormir essa noite pois não tinha os seus braços me abraçando e o seu peito pra eu deitar.

Eu: Não seja por isso, vem deita aqui bem pertinho de mim, vou te fazer um cafuné gostoso até você dormir.

Mai: Promete que vai estar aqui quando eu acordar?

Eu: Prometo estar pra sempre.

Ela se deitou em meus braços e como prometido fiz cafuné em seus cabelos até ver que ela dormia, graças a Deus tudo se acertou, eu não aguentaria mais um dia sem ela, me rendi ao cansaço e adormeci também.

Maiara*

Acho que adormeci por umas duas horas, acordei e estava com muita vontade de usar o banheiro, Fernando estava dormindo ainda e eu agradeci por isso, pois não  me sentiria a vontade usando o banheiro da frente dele.
Com muita dificuldade eu me levantei e tentei andar até o banheiro, parei no meio do caminho sentindo muita dor e não pude conter as lágrimas, me apoiei na mesinha que tinha ali e sem querer esbarrei num porta retrato fazendo o mesmo cair e os vidros se quebrarem no chão, Fernando acordou assustado e se desesperou quando não me viu na cama, ele se levantou correndo e veio até mim.

Fer: Amor você não pode fazer esforço.

Eu: Eu preciso ir no banheiro e não queria te acordar.

Fer: Não tem problema nenhum em me acordar, eu tô aqui pra te ajudar, vem!

Ele me pegou no colo e me levou até o banheiro, o engraçado foi que ele sentou no vaso e se virou de costas, agradeci mentalmente por isso, na volta pro quarto ele me carregou novamente e eu disse que queria descer pra sala, descemos com ele me carregando e me colocou santana no sofá, ele se sentou ao meu lado e Maraisa que estava na cozinha veio até nós.

Mara: Eu já ia subir pra te acordar, tá na hora do seu remédio. - revirei os olhos.

Fer: Não adianta fazer essa carinha não, tem que tomar o remédio pra ficar boa logo.

Com muito custo eu tomei o remédio e nós ficamos ali na sala assistindo filme, anoiteceu e eu disse que queria tomar um banho, Fernando me levou pro quarto e Maraisa me acompanhou no banho, assim que terminei ela me ajudou a me secar e me trocar e minutos depois Fernando entrou no quarto com a minha janta, uma sopa sem gosto nenhum.

Eu: Ah fala sério, eu quero comida de verdade.

Mara: Se pra você comida de verdade são as porcarias que você come, sinto muito mas não vai rolar, você tem que comer somente coisas leves.

Eu: Amoor...- Digo fazendo manha.

Fer: Oh amor, não faz isso. - Continuo olhando pra ele com uma carinha de dar pena. - Não pode ser alguma coisa mais gostosa Mara, tadinha do meu amor.

Mara: Não caia nas chantagens dela Fernando kkkk vai comer a sopa e não se fala mais nisso.

Eu: Affs Maraisa, você é uma péssima irmã.

Comi a tal da sopa e em seguida me deitei, pra falar a verdade eu estava adorando ser mimada, o Fernando fazia de tudo por mim, Maraisa também, e assim todos nós dormimos.

Te Amo em Segredo ( Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora