Capítulo 75

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Maiara*

Alguns meses se passaram e amanhã nosso gordinho completa 1 aninho, ele está tão lindo, tão esperto, realmente adotá-lo foi a melhor escolha que eu fiz na minha vida. Nesses últimos dias as coisas estão muito corridas pra mim pois tenho que arcar com a responsabilidade no trabalho, cuidar da casa e preparar as coisas pra festinha dele.
Ultimamente eu ando me sentindo meio estranha, sei lá meu corpo tá estranho mas eu não disse nada a ninguém, não quero preocupar eles.
Acordei e dei banho no meu loirinho, a Lúcia como sempre deixou nosso café pronto e se despediu pois não vai mais poder trabalhar comigo, segundo ela a irmã está muito doente e ela terá que se mudar pra sua cidade pra cuidar da irmã, é uma pena pois eu vou sentir muita saudade dela.
Além de todas as minhas tarefas do dia a dia ainda tenho que lidar com os dramas do Fernando, segundo ele eu estou me afastando, eu não acho que esteja só que ultimamente eu ando com a cabeça cheia.
Terminei o café e fui até a casa da minha mãe, sim elas já se mudaram e Maraisa agora está trabalhando aqui então minha mãe fica com o Pedro enquanto eu e Fernando trabalhamos, eu ainda não tenho coragem de colocar ele em uma escolinha.

Eu: Oi mãe, bom dia! - Digo entrando na casa dela.

Almira: Oi meu amor, oi minha vida. - Ela diz pegando o Pedro de mim.

Eu: Ele já tomou café tá, já dei banho nele e as coisas dele estão no sofá, eu preciso ir, tchau filho, a mamãe te ama. - Dou vários beijinhos na bochecha dele que dá várias gargalhadas.

Pedro: Mama! - Oi, eu escutei bem ou ele me chamou de mamãe.

Eu: Você ouviu mãe, ele me chamou de mamãe, fala de novo filho, mamãe.

Almira: Ouvi sim filha.

Pedro: Mama! - Ah meu Deus.

Me despeço deles e vou em direção ao hospital, no caminho eu ligo pro Fernando e conto que Pedro disse a primeira palavra e que foi mamãe, ele ficou reclamando dizendo que só acreditava vendo, e que não era justo kkkk.

Chego no hospital e pelo visto hoje vai ser um dia daqueles, já tenho várias crianças me esperando para serem atendidas, vou até meu consultório e começo o meu trabalho. A hora do almoço chegou e eu estava faminta, parecia que eu estava sem comer a dias, vou até a Biah e chamo ela pra ir almoçar comigo.

Eu: Amiga já deu seu horário?

Biah: Já sim amiga.

Eu: Vamos almoçar comigo, eu tô faminta.

Biah: Quando é que você não está com fome Maiara?

Eu: Ah vai se ferrar.

Nós saímos do hospital e fomos almoçar, eu pedi um prato muito maior do que o normal e Biah estranhou mas não disse nada, nós comemos e na saída me deu uma vontade enorme de tomar sorvete.

Biah: O que tá acontecendo com você? Nunca foi de comer assim!

Eu: Não posso mais querer tomar sorvete, eu em.

Biah: Pode mas você nunca foi assim.

Eu: Nossa Biah que implicância, também não quero mais, vamos!

Biah: Também não precisa ficar nervosa, vamos lá comprar o sorvete!

Eu: Eu não quero. - Digo já atravessando a rua e chegando perto do hospital, ela me segue e fica me olhando incrédula.
Nós entramos e nós fomos escovar os dentes mas no caminho me deu uma vontade enorme de vomitar então eu fui na frente e foi só eu entrar no banheiro que soltei tudo pra fora.

Biah: Tá vendo amiga, e você ainda queria tomar o sorvete.

Eu: Não começa Biah.

Biah: Quer saber tchau, eu não sou obrigada a ficar aturando o seu mau humor. - Ela sai me deixando sozinha e eu começo a chorar pela forma que ela falou comigo, mas que merda está acontecendo comigo.

Sai do banheiro e voltei pro meu trabalho, não encontrei mais com a Biah e acho que ela realmente ficou chateada comigo, depois eu falo com ela.
Finalmente meu expediente acabou então fui até a Biah pra me desculpar, ela ainda estava de cara fechada então fui até ela e a abracei.

Eu: Me desculpa Biah, você sabe que eu sou complicada né.

Biah: Se eu não te conhecesse eu já tinha socado você, garota doida.

Eu: Te amo.

Biah: Te amo também chatinha. - Não sei mas o cheiro do perfume dela embrulhou meu estômago.

Eu: Nossa Biah esse seu perfume tá enjoativo demais. - Disse isso e corri pro banheiro, vomitei e percebi que dessa vez ela não veio atrás de mim, bela amiga que ela é.

Fui pro meu consultório pra me trocar e pegar minhas coisas e ela estava lá, assim que entrei ela foi logo erguendo a mão e pude notar que ela segurava uma caixinha.

Eu: O que é isso?

Biah: Um teste de gravidez.

Eu: Tá louca, eu não tô grávida não.

Biah: Será? Tá comendo bastante, mudança de humor toda hora, tá vomitando, isso são sintomas de gravidez amiga.

Eu: Eu não estou grávida, isso é normal pois essa semana eu numa correria danada, é o hospital, a festinha do Pedro, eu fico nervosa.

Biah: Sei, você acha que me engana.

Eu: Deixa de besteira Biah, vou indo nessa tchau.

Pego o teste da mão dela e guardo na gaveta da minha mesa, ela me espera na porta e eu saio trancando a mesma, a gente se despede no estacionamento do hospital e cada uma vai pra sua casa, o caminho todo eu fui pensando no que a Biah havia me dito, será que eu estou grávida?

Te Amo em Segredo ( Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora