Capítulo 105

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Maiara*

Fernando brigou comigo ontem a noite e hoje de manhã a gente teve uma pequena discussão na hora do café da manhã, ele não quer que eu trabalhe mas eu não quero parar agora.
Saímos de casa e ele estava emburrado, deixamos o Pedrinho na minha mãe e fomos pro hospital, no caminho todo ele não disse uma palavra e muito menos olhou pra mim, eu fico triste quando a gente briga, não gosto de ficar sem falar com ele.
Chegamos no hospital e ele deixou o carro no estacionamento, desceu do carro e deu a volta, abriu a porta pra mim e me ajudou a sair do carro, enquanto estávamos andando pelo estacionamento vimos um carro entrar em alta velocidade e estacionar ali também.
Entramos no hospital e fomos até a recepção, Biah estava lá e então fomos falar com ela.

Biah: Oi amiga, olha esse barrigão.

Eu: Oi amiga, e aí muito serviço hoje?

Biah: Não mai, tá tranquilo.

Eu: Tá vendo amor. - Ele não me responde.

Biah: Tá bravo Fer?

Fer: Não Biah.

Biah: Bom, vou lá pra dentro, depois a gente se fala amiga.

Biah foi pra dentro e eu fiquei ali pra tentar me entender com o Fernando, me virei de frente pra ele e ficamos nos olhando, ele bravo fica tão lindo.

Eu: Tá bravo comigo vida?

Fer: Tô chateado amor, eu me preocupo por você.

Eu: Eu sei amor, e eu te amo muito.

Ele me deu um selinho e quando ele estava saindo um cara entra no hospital armado e os alarmes da porta começam a apitar, todo mundo começou a entrar em pânico e vejo o Fernando vindo até mim e me abraçar.

Xx: Pro chão, pro chão. - O cara entra gritando, todos começaram a gritar até que ele dá um tiro pra cima. - Calem a boca.

Vejo todo mundo se calando mas continuavam chorando, ele fica andando de um lado pro outro com a arma na mão. Eu estava muito nervosa, Fernando não estava muito diferente de mim então comecei a chorar.

Fer: Amor calma, o nosso bebê.

Mai: Me desculpa, a culpa é minha por ter brigado com você pra ter vindo.

Fer: Não fala isso amor, ninguém aqui tem culpa.

Todos estavam muito assustados e o cara parecia ser meio louco, minha mãos tremiam e meu coração estava acelerado, ele continuava andando de um lado pro outro até que foi até as portas e se deu conta de que todas estavam trancadas, nessa hora ele se revoltou e atirou em uma das portas, os vidros eram blindados então não quebrou mas isso só serviu pra assustar ainda mais todos nós.

Ele voltou pra perto de nós e  na mesma hora um celular começou a tocar, ele se irritou mais ainda e pediu para que todos entregassem os celulares e assim fizemos.

As horas se passaram e nada de alguém ajudar a gente, os policiais cercaram o hospital mas não conseguiam entrar, eles não tinham o crachá que dava acesso às portas.

Vários celulares estavam tocando e tenho certeza que era algum familiar preocupado pois a essa altura do campeonato todos já estavam sabendo o que estava acontecendo, muitas pessoas se encontravam ao lado de fora e estavam tão aflita quando nós.
Vejo uma mulher começar a se contorcer na cadeira e chorar muito, ela estava grávida e com certeza estava em trabalho de parto.

Xx: Cala a sua boca. - o cara armado disse.

Xx: Ela está em trabalho de parto. - o homem que estava com ela respondeu, com certeza deve ser seu marido.

Xx: Eu não posso fazer nada, essa criança não vai nascer agora. - Ele torna a dizer.

Eu Não podia ficar ali parada vendo aquela mulher sofrer, eu tinha que fazer alguma coisa mas meu medo falava mais alto, cada vez mais ela gritava de dor e eu podia ver a irritação na cara do tal homem, eu tenho que fazer alguma coisa.

Te Amo em Segredo ( Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora