Capítulo 8 - Lizzie

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— Matem-nos. — ordena ele.

Ele avança contra Ilariki, que bloqueia o primeiro soco. Ilariki prepara-se para sacar sua espada, mas o homem aproveita a movimentação que dá abertura nos seus ombro e desfere um golpe com suas garras. Ilariki usa os braços como escudos, causando arranhões em sua pele.

— Ikimari. — Ilariki grita o nome do irmão.

— Cale-se. — sua voz é calma mesmo naquela situação.

Eu tento focar no cristal para ver os fios, mas ver o Ilariki com dificuldades ocupa meu pensamento. Ele consegue sacar a espada, mas seu irmão chuta seu braço, fazendo a espada ser arremessada para o lado.

— Irmão! — Ilariki continua tentando conversar com ele, mas é ignorado.

Ilariki acaba sendo preso entre uma pilastra, dando em frente com as garras de seu irmão. Ele escapa com uma cambalhota para o lado; as garras de Ikimari ficam presas na parede de cristal. Ilariki corre para pegar a espada. Dando tempo suficiente para o seu irmão soltar suas garras e avançar na direção mais próxima, a minha direção.

O ataque de Ikimari faz Ilariki desistir da espada e correr até mim.

— Você deve me atacar. — ele diz, fazendo o irmão parar sua perseguição contra mim para segurar seu soco.

— Não fale como se fosse minha culpa. — ele cede a uma conversa. — Não fui eu que trouxe uma humana. Continua ao lado deles, por isso está fraco.

Ele chuta Ilariki que cambaleia para trás. O homem com chifres faz Ilariki correr atrás de mim. Eu seguro o mapa com firmeza e fujo, evitando o seu golpe. Ilariki segura ele por trás, machucando os braços do irmão ao pegar e cravar suas unhas no braço dele.

— Deixe-a.

— Não me culpe, não estou com o controle do meu corpo. Há algo na humana que o anquini deseja. — Ele dá passos para trás, soltando seus braços da mão de Ilariki. — Você deve quebrar o cristal, é o único jeito de me tirar do controle dele. Mas, se fizer isso, enquanto você estiver indo na direção dele, ele me fará matar a humana. O que não é uma má ideia para mim. Você terá que escolher, irmão.

Ele se move diferente do Miruni, seus movimentos são travados; o Miruni lutava mais maleável. Os fios deles também são diferentes, soltando-se; trocando de lugar para aparecer no lugar onde é necessário mexer para o próximo golpe. Fazendo com que ele tenha movimentos engessados.

Talvez, ele está se forçando a não lutar.

Não, não é só isso.

Preciso pensar.

Ilariki cospe sangue ao receber um golpe direto na barriga.

Eu olho para os fios, focando nos movimentos. É familiar., como uma marionete. Ele não está sendo totalmente controlado, por isso conseguiu mexer a cabeça e usar sua mão com as garras para atacar o homem com chifres. Algumas articulações não estão sob controle.

Os fios somem e aparecem, mas com os movimentos, fica difícil ver os locais exatos que estão com os fios.

— Ilariki, o segure. — eu grito.

— Você quer que ele morra? — Ikimari direciona seu olhar para mim, sua voz é grossa, mas serena, mantendo-se em um único tom, mesmo lutando, sua voz não é titubeada ou demonstra irritação.

Ilariki limpa o sangue na boca e olha em meus olhos.

Ele avança com suas garras prontas, sendo retribuído pelo irmão, que repete o movimento. Ilariki agarra a mão direita do irmão, cruzando seus dedos com os dele. Ikimari revida com um soco, mas Ilariki recebe, bloqueando com a palma da mão; segurando sua mão esquerda. Ele chuta o joelho do irmão, que perde o equilíbrio, caindo para frente.

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