Brunna olhou para sua mala no chão de seu quarto e depois para sua noiva sentada na poltrona, com as mãos sobre a barriga usando uma de suas camisolas mais bonitas e a tristeza em seu olhos, elas piscou os olhos calmamente e deu um sorriso entristecido para Brunna. Ludmilla estava agindo como se aquele fosse o fim do mundo, e para ela realmente era.
Nesse tempo que Brunna ficaria fora, os cinco dias apesar de Ludmilla agir como se fossem anos, Mirian ficaria para lhe ajudar e fazer companhia, já que Silvana tinha assuntos para resolver com Alex, mas Luane ficaria ali também, ela estava apaixonada por Donna e no quão adorável sua sobrinha podia ser, e aquilo deixava Brunna aliviada, sua noiva pelo menos não estaria sozinha para fazer tudo, ainda mais no caso de Ludmilla, era complicado.
--- Você realmente está bem? --- Brunna perguntou, tirando a mala do caminho e indo até a negra. --- São apenas quatro dias meu amor.
--- Eu sei querida, sei que são só quatro dias, mas eu não consigo passar nem algumas horas sem ver você. --- Ludmilla disse, afundando ainda mais na poltrona mexendo os dedos gorduchos de seu pé e olhando desanimada para eles.
--- Aah. --- Brunna deu uma curta risada. --- Será difícil demais para mim também, mas eu vou ter que aguentar.
--- Ok, vamos tomar café da manhã. --- Ludmilla se levantou apoiando as mãos em suas costas saindo do quarto, mas parou no caminho quando viu que Brunna ainda estava lá dentro. --- Você não vem? --- gritou.
--- Sim, estou levando as minhas coisas para a sala de uma vez. --- Brunna apareceu no corredor com sua mala de rodinhas e a bolsa em seus ombros. --- Você chama a Donna e a Luane?
--- Claro, vai descendo. --- a negra respondeu, voltando para trás indo para o quarto de Donna aonde Luane também tinha dormido.
Com dificuldade, Brunna desceu as escadas carregando a mala pesada e resmungando alguns palavrões, suspirando aliviada quando finalmente chegou a sala, deixando sua bolsa no sofá e indo até a sala de jantar, vendo a mesa repleta de comida e Mirian colocando alguns pratos ali. A mãe de Brunna definitivamente não poupava na hora do café da manhã, fazendo deliciosas tortas, panquecas fofinhas e gostosas, sucos naturais, café, chá, ovos com bacon e tudo mais que se podia imaginar.
--- Bom dia mamãe. --- Brunna disse, sorrindo para a mãe.
--- Bom dia meu anjo, sua noiva já acordou? --- Mia deu a volta na mesa apertando o rosto da filha e depois beijando.
--- Já mãe, ela foi acordar Donna. --- Brunna sorriu com a demonstração amorosa de sua mãe, e logo que foi solta, sentou-se, começando a se servir com algumas panquecas e bacon. --- O cheiro está tão bom, Lud vai amar.
--- Fiz tudo isso pensando nela. --- Mia sorriu com orgulho, e sentou ao lado da filha tomando seu café armargo. --- Acho tão linda a maneira como vocês são afetuosas uma com a outra, se amam, amam a Donna.
--- Ludmilla é uma ótima mãe. --- Brunna disse.
Não demorou mais tempo e Ludmilla apareceu com a filha e a irmã. Donna estava usando uma camisola de ursinhos parecida com a da tia e ambas tinham o cabelo bagunçado o rosto ameaçado e um pouco inchado. A menina iria dormir com o pai e Rose, mas após constatar que só veria sua mãe depois de alguns dias chorou até que Pedro a deixasse em sua casa, atrapalhando um momento íntimo de suas mães.
--- Bom dia mamãe e vovó. --- Donna disse, e sentou ao lado de Mia. --- Quanta coisa gostosa.
--- Vovó fez para você e eu espero que coma tudinho. --- Mia tocou a ponta de seu nariz.
--- E para mim também, afinal, sua outra netinha também está faminta. --- Ludmilla nem tinha se sentado e já estava comendo alguns morangos que estavam na mesa para serem acompanhados com as panquecas e mel. --- Que horas você vai para o aeroporto? --- a negra olhou para Brunna.
--- Meu vôo sai às nove amor, daqui a pouco estou indo. --- Brunna respondeu, ainda de boca cheia.
--- Eu vou com você. --- Ludmilla disse, seu tom autoritário se sobressaiu, mas ela não ligava, só tinha que ter a certeza de que aquela magricela não iria dar em cima de sua mulher.
Brunna bufou já sabendo o motivo de seu interesse em ir junto com ela, mas não disse nada, não tinha como contestar Ludmilla naquele momento, pois duas coisas poderiam acontecer, ou ela iria se acabar em lágrimas ou então ficar nervosa e brigar, gritar quebrar coisas e isso poderia prejudicar sua bebê, por isso, ela se manteve calada o resto do café da manhã.
❍❍❍❍
No aeroporto Ludmilla estava em lágrimas, fazendo seu habitual drama e Brunna como sempre exalando paciência tinha Ludmilla em seus braços lembrando a todo momento que era louca por sua noiva, deixando Lorena com uma pitada de ciúmes, revirando os olhos e ignorando aquele momento casal, interagindo com outros funcionários que também iriam viajar com ela.
Quando o vôo de Brunna foi chamado a negra agarrou ainda mais Brunna, e a morena estragou sua barriga sentindo sua bebê chutar, fazendo Ludmilla dar alguns resmungos de dor. A negra até mesmo usava um moletom dos moletons de Brunna, que estavam apertados nela, principalmente em sua barriga, mas ainda, a negra não deixava de estar bonita.
--- Tenho que ir querida, amo você. --- Ludmilla a beijou, depois se separou lentamente olhando em seus olhos, eram lindos e brilhantes, cor de mel. --- Você não me ama? --- perguntou risonha.
--- Amo. --- Ludmilla balançou a cabeça. --- Faça uma boa viagem, e se essa cobra por as mãos em você eu mato ela.
--- Ela não será doida de fazer uma coisa dessas. --- Brunna riu, e deu um último beijo em Ludmilla.
Elas se levantaram e se despediram mais uma vez, então Brunna seguiu para o portão de embarque evitando de olhar para trás, caso contrário ele iria correr de volta para os braços de Ludmilla. Mas ela respirou fundo e seguiu seu caminho, eram só quatro dias, ela não tinha motivo para estar daquele jeito, e Ludmilla ligaria todos os dias para Brunna, ela tinha prometido isso.
Brunna percebeu que Lorena estava se aproximando dela e sentiu seu corpo estremecer, mas era de nervoso. A mulher estava sorridente e cheia de intimidade para Brunna, se Ludmilla estivesse ali ela com certeza já teria cortado Lorena com a ponta do seu salto agulha, sem piedade sem remorso apenas com a força do seu ódio e ciúmes. Brunna forçou um sorriso e olhou para a chefe.
--- Está ansiosa para a viagem? --- Lorena perguntou. --- Tóquio é lindo, tenho vários lugares para te mostrar.
--- Estamos indo para trabalhar, Lorena. --- Brunna coçou a garganta desconfortável com aquela conversa.
--- O trabalho pode ficar para depois, nós podemos conhecer Tóquio primeiro, você vai gostar. --- Lorena instituiu e Brunna respirou fundo, negando.
--- Não, estamos indo a trabalho, não para passeio. --- Brunna já tinha caído naquela história uma vez, e com Pedro, mas ela não iria fazer de novo. --- Então faremos apenas o necessário para esse desfile sair perfeito.
Lorena mordeu os lábios irritada vendo sua funcionária se afastar. Ela não iria desistir fácil de ter Brunna, não mesmo.
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Towers✔🦋
ФанфикBrunna e Ludmilla tiveram um relacionamento há cinco anos atrás, e elas pensavam que aquilo poderia ser eterno, pelo menos até o momento em que Brunna traiu Ludmilla com seu chefe durante uma viagem de negócios, estando completamente bêbada para pod...