◉✿ - 19 CAPÍTULO - ✿◉

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Alguns dias depois

Brunna estava olhando alguns papéis sobre sobre a mesa, aos quais Julian, havia lhe mandado. Depois da ameaça de Pedro, Brunna acabou entrando em contato com Phoebe, que lhe indicou o próprio namorado, que já era um advogado de renome, e poderia lhe ajudar muito, e tanto ela quanto Ludmilla estavam atentas a cada mínimo detalhe, e prontas caso Pedro resolvesse cumprir o que disse.

--- Mãe, nós vamos buscar o Théo, não vamos? --- Donna apareceu na cozinha, usando apenas sua calcinha branca, com um desenho na parte do bumbum, com os fios castanhos claros desgranhados, e extremamente fofa com um dentinho faltando.

--- Sim querida, Daiane me ligou e ele já está pronto. --- Brunna sorriu para a menina, tomando um pouco de seu café.

--- Tá, vou me arrumar, ande rápido mamãe. --- Donna pegou um biscoito de chocolate sobre o prato em cima da mesa, saltitando de volta para o quarto.

--- Essa menina me surpreende a cada dia mais. --- ela riu negando com a cabeça.

Elas iriam para a casa da mãe de Brunns há algumas horas, e ela já estava atrasada inclusive, já que Ludmilla estaria em sua casa para busca-las em alguns minutos para que pudessem ir para o aeroporto, e passar o final de semana na casa dos pais de Brunna, e como Donna não se separava de Théo, e nem Théo de Donna, o menino iria junto com elas.

Brunna ouviu a campainha tocar, e se levantou, da cadeira, correndo até a porta usando apenas sua camisola curta, parando em frente ao espelho que ficava em cima do móvel, aonde tinham algumas fotografias de Donna quando neném, apresentações na escola, ajeitando o cabelo, choramingando por estar com a cara amassada de sono. Brunna abriu a porta depois de alguns minutos tentando mudar a própria aparência, sorrindo ao ver Ludmilla.

--- Tia! Tia Lud! --- Donna saiu correndo do quarto, apenas de calcinha, se jogando nos braços de Ludmilla assim que á viu. --- Eu estava com saudade de você.

--- Eu também estava amor, com muita. --- Ludmilla sorriu, beijando sua bochecha. --- Mas, hoje nós iremos passar o dia juntas.

--- Eu sei, vamos ver a vovó, ela sabe fazer torta de limão, é muito bom. --- Donna balançou a cabeça. --- Você também pode aprender com ela, para quando nós morarmos todas juntas. Mamãe não sabe fazer bolo. --- Donna fez careta.

--- Mas os da tia Daiane são maravilhosos, tá! --- Brunna fechou a porta. --- E ela faz sempre que você pede mocinha.

--- Eu sei mamãe, eu sei... Mas, nós teremos que ter alguém que saiba fazer bolo, e a tia Lud vai aprender, por que geralmente mães sabem fazer bolo, e já que uma das minhas não sabe, a outra aprende. --- a menina disse alegremente, para a mãe, logo descendo do colo de Ludmilla e indo para o seu quarto.

Ludmilla sentiu os olhos encherem-se d'água, fazendo um bico em seus lábios, logo olhando para Brunna.

--- Ela já me considera como mãe, Poopey. --- Ludmilla disse.

--- Claro que sim, amor. --- Brunna se aproximou. --- Nossa menina te ama, assim como eu. --- ela beijou seu rosto, e logo depois os lábios.

--- Estou emocionada. --- Ludmilla disse novamente.

--- Não fique, pois um dia nossos outros filhos irão dizer muitas coisas que lhe farão chorar. --- Brunna beijou seu pescoço. --- Vou tomar banho, vem.

Brunna puxou Ludmilla pelas mãos, indo em direção ao quarto, a deixando sentada sobre a cama, pegando a roupa que tinha separado para usar na viagem, correndo para o banheiro, já para tomar seu banho, enquanto Ludmilla observava o quarto da namorada. Em uma das paredes do quarto haviam várias fotos de Donna quando bebê, fazendo Ludmilla sorrir de maneira amorosa, andando um pouco para o lado, vendo uma foto de Brunna quando ainda estava grávida.

O sorriso enorme estampado em seu rosto, e as mãos sobre a barriga grande por cima do vestido que estava usando, e a negra pode dizer que Brunna atestava incrivelmente linda daquela forma. Em outra das fotos, Brunna estava com Donna nos braços, ainda pequena e dormindo. Ludmilla queria tanto ter participado dessa fase da vida de Brunna, e por outro lado, queria passar por aquilo, estar com aquela barriga enorme, fazer fotos com Brunna e Donna, como uma família.

Ela teria que contar para Brunna, e o mais rápido, aquilo já estava a perturbando, aquela ideia de que elas seriam infeliz, fazer Brunna ser infeliz, já estava enlouquecendo-a, mas de todo modo ela teria que dizer, ela teria que ser sincera se quisessem um bom relacionamento, por mais que aquilo lhe causasse dor.

--- Tia Lud, estou pronta. --- Donna entrou no quarto, ajeitando a coroa de flores na cabeça, dando uma pequena voltinha com o vestido rosa, fazendo Ludmilla sorrir ao ver o vestido ao lado contrário.

--- Tem certeza bebê? Por que eu acho que você não o colocou muito bem. --- ela riu. --- Vem, me deixa te ajudar.

Donna balançou a cabeça concordando, e subiu na cama de Brunna, tirando a coroa de flores, deixando sobre o travesseiro, logo esticando os braços para Ludmilla tirar seu vestido.

--- Você e minha mãe usam anéis iguais. --- a menina comentou. --- Vocês estão juntas de novo, como nas fotos, né?

Ludmilla tirou o vestido da menina, ajeitando seu cabelo, logo beijando sua testa, inalando o cheiro gostoso e doce de seu perfume infantil.

--- Sim bebê, nós estamos. --- ela balançou a cabeça.

--- Hum. --- Donna murmurou. --- Isso é legal, mamãe está feliz agora, eu gosto de ver a mamãe sorrir, gosto de ver ela feliz, ela não era assim com o papai, ela estava sempre triste, e com você é melhor. E você também é mais legal que meu pai.

Ludmilla estava surpresa, extremamente surpresa pelo fato da menina estar falando assim, e emocionada também.

--- Nós seremos como uma família, igual ao Théo, ele tem duas mães, é legal, e a tia Fê e a day vão ter uma bebê, um dia pode ser a mamãe também, e então vamos ser uma família ainda maior. --- Donna disse, fazendo Ludmilla sorrir enquanto desvirava o vestido. --- Tia Lud?

--- Oi meu amor. --- Ludmilla a olhou.

--- Me deixa te chamar de mamãe, igual eu chamo a minha mãe? Por que agora você também será a minha mãe, agora.

--- Ah bebê. --- Ludmilla disse, começando a chorar, abraçando Donna. --- Claro que pode, com certeza, claro... Eu vou amar ser sua mãe.

--- Eu também vou amar ser sua filha, mamãe Lud.

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