Assim que Ludmilla abriu a porta de casa, ela andou em passos firmes em direção a escada, praticamente correndo para o segundo andar, e Lukas vinha logo atrás da negra, ainda motivado a manter a discussão que começaram na cafeteria e se estendeu pelas ruas de Nova York, até chegar em casa, e tudo o que ela queria nesse momento era paz, e quem sabe aceitar o convite de Lauren para passar a noite em sua casa junto com ela e Normani, para ter uma noite de paz, e diversão com suas amigas. Mas Lukas não parecia não querer deixa-la em paz tão cedo.
--- Aonde você vai? --- Lukas perguntou batendo a porta do quarto com força, quando viu Ludmilla jogar os saltos para longe indo até seu closet.
--- Ficar o mais longe possível de você! --- Ludmilla respondeu, pegando as roupas necessárias para dormir fora voltando para o quarto, e jogando-as sobre a cama por fim.
--- Não antes de me dizer o que estava fazendo naquele lugar, com aquela sua secretária petulante!
--- Conversando sobre minha viagem para o Caribe, e como você descobriu aonde eu estava? --- Ludmilla cruzou os braços em frente ao peito, encarando Lukas com as sombracelhas levantadas. --- Fala!
--- Rastreador. --- Lukas respondeu balançando os ombros, como se ter um rastreador no celular da esposa para saber cada um de seus passos fosse super normal.
--- E por que meu celular tem a porra de um rastreador Lukas?! --- Ludmilla gritou.
--- Isso não vem ao caso Ludmilla, o que vem ao caso agora é que eu percebi o jeito que vocês se olham, eu percebi o jeito que você olha pra ela.
--- Como eu olho para todas as minhas funcionárias. --- Ludmilla balançou os ombros, gaguejando um pouco.
Ela nunca foi boa em mentiras, nunca.
--- E você costuma chamar o nome das suas funcionárias enquanto nós dois estamos juntos, ou foi só o da Brunna? --- Lukas cerrou os punhos, aproximando-se de Ludmilla, e ela poderia jurar que nunca o viu tão nervoso quanto naquele momento.
--- Eu não...
--- Você sim! Eu não sou idiota! --- Lukas agora estava com o rosto vermelho, exaltado e veias pulsantes em seu pescoço.
Ludmilla deu alguns passos para trás, ainda sem saber o que fazer ao certo, encarando Lukas com medo, mas obviamente ela não iria demonstrar isso para ele, claro que não.
--- Lukas eu...
--- Você o que Ludmilla, resolveu ter um caso com aquela vadia?! --- ele gritou novamente.
--- Eu não estou tendo um caso com a Brunna, por Deus! Não sou infiel como você. --- Ludmilla disse no mesmo tom que ele. --- E você não tem o direito de chamar ela assim, pois vadias são as mulheres que você leva pra cama quando está viajando com a banda, já eu, posso ser tachada como chifruda, chingada pelas fãs, e ainda posar de boa esposa na frente na mídia, que ainda sim eu dou motivo para você desconfiar de mim?!
--- Boa esposa? Jura? --- Lukas riu com ironia. --- Nem filhos você foi capaz de me dar, Ludmilla. Você é seca, não sabe amar ninguém além de você e a porra daquela revista, egoísta, ranzinza, tudo isso, a única coisa que ainda compensa fazer com você é o sexo, mas que no momento nem está sendo tão bom assim.
Lukas proferiu cada palavra com raiva, ódio, encarando Ludmilla enquanto a mesma sentia vontade chorar, não pelo fato dele ter falado sobre o sexo, ou então, o fato dela ser amarga, ela sabia que era, mas sim pelo filho. Ela não pode lhe dar um filho. Isso doía demais, era como se alguém estivesse enfiando o dedo bruscamente em uma ferida aberta, o que causava uma dor indescritível, pois ninguém além dela mesma sabia o quanto aquele bebê era esperado, e o quanto ele mudaria sua vida. Mas ela não conseguiu segura-lo por muito tempo, e isso a quebrava, á fazia sentir fraca, inútil. O que contribui para Ludmilla tornar-se a pessoa á qual é hoje.
A negra segurou as lágrimas, encarando Lukas. Ela não iria ficar por baixo, claro que não, ele tocou em uma ferida sua, a qual ele sabia que não estava fechada, e então agora era iria feri-lo da forma que conseguisse a da menina que achasse correta, ou talvez nem tanto. Mesmo sem vontade alguma, um sorriso sarcástico apareceu nos lábios de Ludmilla, enquanto ela se pôs firme em frente ao homem.
--- Bom, talvez o fato de você não ter um filho talvez seja culpa minha, mas sobre o sexo... --- a negra riu. --- Lamento se não é bom pra você, por que pra mim, Lukas, é o melhor, e sabe o por quê? --- ela se aproximou. --- Porque eu pensava nela, a cada orgasmo, cada vez que eu ficava excitada e louca de prazer, eu estava pensando na Btunna, nas mãos dela tocando meu corpo, eram os beijos dela que eu via quando fechava os olhos, eram os lábios dela, era ela, sempre foi, em cada gemido, sempre foi por ela, por causa dela, pensando nela, nunca em você por você... Era a Brunna! --- Ludmilla disse cada palavra com ódio, raiva, mas também com sinceridade.
Lukas a essa altura não poderia estar mais nervoso, sentindo mais raiva. Os punhos estavam fechados, e agora ele olhava para Ludmilla com desprezo, ódio, sentindo o sangue ferver e o coração acelerado, enquanto ela simplesmente mantinha um sorrisinho cínico no rosto. Ela havia conseguido, ferido seu ego, sua masculinidade. Em um rompante Lukas agarrou os braços de Ludmilla apertando o local com força, enquanto ela tentava se afastar, mas quanto mais ela tentava, mais Lukas à apertava.
--- Que foi? Você não queria ferir sentimentos, jogar sujo? --- Ludmilla disse calmamente, com os olhos fixos nos dele, sorrindo ao terminar a frase. --- Estamos jogando, Lukas.
--- Eu tenho nojo de você Ludmilla, nojo. --- Lukas disse baixo e lentamente, usando toda sua força para apertar Ludmilla, não temendo por acabar fazendo o pior.
De fato ela havia conseguido feri-lo de algum modo. Apesar do incômodo e da dor que sentia, Ludmilla não iria sair por baixo e nem se mostrar fragilizada com aquilo, óbvio que não, ela era orgulhosa demais para aquilo, e a única que consegui a faze-la deixar isso de lado era Brunna, mesmo sem saber, ela conseguia.
--- Acredite Lukas, eu também sinto nojo de você.
--- Eu quero o divórcio Ludmilla, o caminho agora está livre para você e aquela vagabunda da sua secretária. --- Lukas jogou-a na cama com força, fazendo Ludmilla cair de costas sobre a mesma, enquanto ele simplesmente se virou e saiu batendo a porta.
Ludmilla colocou as mãos sobre o rosto, sentindo as lágrimas descerem, e seus braços doloridos e tomando uma tonalidade arroxeada. Ela chorou, simplesmente chorou tudo o que tinha guardado durante aquela discussão, chorou tudo o que podia, e também o que não pode, colocando suas mágoas, medo, angústia, dor, tudo para fora. Pelo menos uma coisa boa tinha vindo daquilo tudo, agora, ela estava livre, completamente livre para quem sabe dar uma nova chance à Brunna.
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Towers✔🦋
FanfictionBrunna e Ludmilla tiveram um relacionamento há cinco anos atrás, e elas pensavam que aquilo poderia ser eterno, pelo menos até o momento em que Brunna traiu Ludmilla com seu chefe durante uma viagem de negócios, estando completamente bêbada para pod...