◉✿ - 63 CAPÍTULO - ✿◉

1.2K 140 26
                                    

--- Donna abre essa porta agora. --- Brunna dizia com firmeza batendo na porta do quarto de sua filha, sendo completamente ignorada. --- Donna eu sou sua mãe e estou mandando você abrir essa porta.

Donna se manteve calada encolhida em sua cama, aconchega em baixo de suas cobertas quentinhas pensando e criando idéias mirabolantes de que agora Ludmilla iria deixar de ama-la, que não iria mais brincar com ela ou dar beijinhos de boa noite, já que agora ela tinha Jasmine, e não demorou para que as lágrimas aumentassem quando ela se lembrou de que Klaus logo iria nascer e seu pai deixaria de ama-la.

A menina fungou afundando o rosto em suas cobertas, fechando os olhinhos com força enquanto Brunna ainda chamava por ela. Brunna não estava irritada ou coisa do tipo, não pelo fato de Donna estar se comportando mal, isso iria passar quando ela entendesse que Jasmine precisava de mais atenção, não que Donna não precisasse também, mas ela estava grande e sabia fazer a maior parte das coisas sozinha.

--- Mamãe vai deixar você sozinha mais um pouco ok? --- Brunna parou de bater na porta. --- Mas quando eu voltar quero essa porta aberta e chave na minha mão e então nós conversaremos, eu e você. --- tudo ficou em silêncio por alguns minutos. --- Ludmilla e eu te amamos Donna, te amamos muito.

Brunna voltou para o seu quarto deixando aquele assunto para mais tarde, quando os ânimos estivessem mais calmos.

Donna se sentou no colchão fofinho com a coberta enrolada em seu corpo pequenino, sentindo os olhinhos inchados e ardentes por conta das lágrimas excessivas. Uma nova idéia estava surgindo em sua cabeça enquanto as palavras de Brunna pareciam ter sido levadas embora com o vento frio de Nova Iorque.

Ela saltou para fora de sua cama e pegou sua mochila da ladybug, foi até seu armário e pegou algumas coisas que achava necessário, ela viu muitas vezes sua mãe arrumando suas malas, fazia uma pequena idéia de como fazer aquilo. Donna pegou um suéter rosa e uma calça, pegou meias e também seus laços para o cabelo, pegou sua boneca da ladybug e colocou em baixo do braço enquanto fechava a mochila.

Sua mala estava pronta.

--- Nós vamos embora, Ladybug. --- disse entristecido beijando sua boneca. --- Elas preferem a Jasmine, o que eu vou fazer aqui? --- ela fungou passando as costas da mão em seu nariz. --- Não tem o que fazer aqui.

Algumas batidas na porta foram o suficiente para que a menina pulasse de susto, como se tivesse sido pega no flagra.

--- Sou eu Donna, o Théo. --- o garoto disse baixo e a menina se aliviou correndo até a porta.

--- Rápido. --- disse baixo enquanto o amigo corria para dentro de seu quarto e a porta foi trancada novamente.

--- Já está arrumando as coisas para Londres? --- Théo olhou para a mochila que Donna colocava nas costas e ela negou.

--- Vou para a sua casa. --- disse indo pegar suas galochas vermelhas.

--- Vai? --- Théo coçou a cabeça bagunçando os cachinhos castanhos.

--- Sim. Minhas mães não me amam mais. --- ela fez bico, e se sentou no chão tentando calçar as galochas, mas estava difícil demais para ela, Ludmilla era quem costumava ajudar com isso. --- Não consigo colocar. --- ela abaixou os ombros entristecida.

--- Eu ajudo você. --- Théo se prontificou sorridente e sentou de frente para Donna.

Théo pegou uma das galochas e colocou em Donna, tomando muito cuidado para não machuca-la, sua amiga estava sensível e chorosa naquele dia, ele não queria chatea-la ainda mais. Quando seus pés já estavam calçados, pela primeira vez naquele dia Donna sorriu agradecendo ao seu melhor e ambos se levantaram.

Towers✔🦋Onde histórias criam vida. Descubra agora