◉✿ - 15 CAPÍTULO - ✿◉

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Os dias haviam se passado e Ludmilla não ousou se quer se separar de Brunna, ou Donna, ficando ao lado delas o máximo de tempo que podia, e na revista as coisas não eram muito diferentes. A negra sempre arrumava um pretexto para ficar sozinha com Brunna , e consequentemente acabar por ficar agarrada à ela, trocando beijos e até mesmo algumas carícias nada inocentes, agindo como se realmente o tempo que elas passaram separadas não fosse nada.

Mas ainda tinha algo que incomodava Ludmilla de certa forma, a exposição de seu "relacionamento" sem ela sequer ter assumido algo, apenas com as fotos tiradas na festa de aniversário da revista, e também seu divórcio, que por incrível que pareça estava sendo algo pacífico, com uma justa separação de bens, e havendo respeito mútuo. E o fato da mídia, e as pessoas estarem falando sobre elas não incomodava, ela e Brunna eram um casal, igual a qualquer outro, porém, alguns comentários preconceituosos, e a exposição sem permissão de sua pessoa a incomodavam, ainda mais quando seu pai, havia descoberto, começando a fazer da vida da filha um completo caos.

Só que uma parte boa havia no meio de todo essa confusão, a viagem que ela e Brunna fariam para o Caribe, passando um tempo sozinhas, e isso deixava Ludmilla cada vez mais entusiasmada, inclusive no momento ao qual se encontrava. Ela estava sozinha no espaçoso quarto do hotel, deitada sobre a cama macia e perfeitamente arrumada, pensando em algo para fazer com Brunna antes de começarem a trabalhar, mas nada lhe vinha a mente.

A negra acabou bufando, soltando um grito esganiçada devido a irritação, e logo se sentando sobre a cama, olhando para a piscina, através das enormes portas de vidro, que davam para a pequena piscina, e uma vista maravilhosa para o mar, um ótimo cenário de romance inclusive, e Ludmilla chegou a cogitar a ideia de passar sua lua de mel com Brunna ali, logo tirando os pensamentos da cabeça por estar sendo precipitada, ela nem se quer sabia se Brunna iria aceitar casar-se com ela.

Mas do mesmo jeito Ludmilla tinha planos, tais como: Se casar, dar mais um filho a Brunna, e fazer com que dessa vez o relacionamento desse certo, fazer com que Brunna consiga um bom emprego no ramo ao qual se formou, crescer ainda mais juntas. E nada disso seria fácil, principalmente quando o assunto fosse Ludmilla tentar dar um filho á Brunna, ela sabia de suas dificuldades, e tinha medo de decepciona-la assim como fez com Lukas, de perder outro filho e sentir aquele mesmo vazio.

Mas esse era um assunto que viria com o tempo. Ludmilla se jogou na cama novamente, voltando a pensar em algo para fazer ao lado de Brunna, e nada literalmente NADA, lhe vinha a cabeça naquele momento. Quando iria se levantar novamente para pegar o celular e pedir a ajuda da amiga mais romântica que conhecia, Daiane, seu celular começou tocar intensamente, mostrando uma foto de Brunna e Donna abraçadas, na piscina da casa de Ludmilla, em um dos finais de semanas ao qual passaram juntas.

Oliveira acabou sorrindo, e pegando o celular quase imediatamente, deitando de bruços na cama.

--- Lud, que bom que atendeu, achei que tinha dormido.

--- Bom, eu até iria, se não estivesse pensando em algo para fazermos juntas.

--- Huh, eu já pensei em algo, por isso se arrume, e coloque seu biquíni, passo ai no seu quarto daqui há pouco.

--- E pra onde vamos, Brunna?

--- Surpresa, tchau.

Brunna desligou o telefone, deixando Ludmilla encarando o aparelho um pouco confusa, mas ela acabou balançando os ombros soltando o mesmo sobre a cama, enquanto corria até sua mala, procurando algo para vestir, pois com toda certeza era algo especial vindo da parte de Brunna, e alguns paparazzi talvez estivessem espalhados por ali, prontos para mandar fotos para algum site de fofoca aonde a dona da revista Models, teria deixado o marido para ter um caso com a secretaria.

O que seria ridículo, já que Brunna não era um caso, mas sim, sua mulher, porém, a mídia sempre arrumava um jeito de levar as coisas para o público da maneira mais ardilosa o possível - na maioria das vezes -, como quando Ludmilla foi a um restaurante com um amigo, que incluisve estava conversando com ela sobre o quão feliz estava por poder finalmente realizar o sonho de ter um filho com o namorado, já que eles finalmente tinham conseguido adotar uma criança, e as manchetes de variados estilos sobre uma suposta traição apareceu em quase todos os sites conhecidos.

Um dos males de ser uma pessoa conhecida e famosa do mundo da moda, ou de qualquer lugar que fosse. Ludmilla vestiu um maiô preto, e uma saia longa branca, procurando ser o mais rápida que conseguia ao se arrumar, e alguns minutos depois Brunna já estava em sua porta, sorrindo largamente.

--- Você pode ao menos me dizer para onde vamos? --- Ludmilla perguntou, batendo a porta de seu quarto e logo andando com Brunna em direção ao elevador.

--- Se eu disser estraga a surpresa. --- Brunna olhou-a sorrindo abobalhadamete, sentindo como quando tinha dezessete anos no começo do namoro com Ludmilla.

E Ludmilla sentia-se da mesma maneira.

--- Um jantar romântico? --- Ludmilla sugeriu, formando um bico nos lábios, olhando para Brunna com as sombrancelhas levantadas.

--- Bom, no caso seria almoço por que ainda são duas da tarde, mas não. --- ela negou novamente. --- Apenas espere, ok?

--- Destesto esperar. --- Ludmilla resmungou.

Brunna revirou os olhos rindo, saindo do elevador assim que as portas se abriram. Ludmilla deixou seu cartão, - que era a chave para abrir a porta de seu quarto -, na recepção, e Brunna fez o mesmo. O caminho até a surpresa de Ludmilla foi algo irritante de certa forma, já que a negra não parou de perguntar por nenhum segundo para onde elas iriam, e Brunna não parou de dizer por nenhum segundo que não diria para onde estava a levando.

Alguns minutos depois quando chegaram a praia, Ludmilla sentou o coração palpitar, e seu olhos encherem d'água, enquanto Brunna sorria para ela, do mesmo jeito que sorriu quando saíram do hotel. Uma parte da praia estava toda decorada, com uma especial de tenda especialmente para elas, com a palavra love escrita ao fundo, e algumas almofadas dos lados decorando.

--- Isso tudo é pra mim? --- Ludmilla se virou para Brunna, apontando para si mesma.

--- Sim, quando me disse que eu viria com você eu comecei a pensar em algo para fazer um pedido especial. --- Brunna disse.

--- Que pedido?

--- Vem, vamos.

A morena pegou Ludmilla pelo pulso puxando-a para de baixo da tenda, logo sentando, enquanto Ludmilla estava a ponto de um ataque de nervos.

--- Você que pediu da última vez se lembra? --- Brunna perguntou.

--- Se está se referindo ao pedido de namoro... Sim, fui eu.

--- Dessa eu pensei em tomar uma atitude primeiro. Eu sei que te magoei, fui estúpida, insensível, te trai, e não tem um dia que eu não sinta certo peso e tristeza por isso, mas não consigo me arrepender, pela Donna, mas eu te amei, a cada dia desses cinco anos que ficamos separadas, sempre pensei em você, até mesmo quando não deveria, eu sempre pensava em você, Lud, era impossível não pensar. E agora que estamos juntas, eu sinto que ainda é cedo para isso, mas podemos retomar do ponto aonde paramos. Quero me casar com você, criar a Donna ao seu lado, tendo você como a outra mãe que ela tanto quer. --- Brunna soltou uma pequena risada. --- Ter mais filhos, ficar do seu lado ficarmos velhas, tendo que ouvir você reclamar sobre como se sente mais cansada a cada dia que passa, e morrer ao seu lado. Eu te quero pra vida, por que eu simplesmente te amo. Por isso, Ludmilla Oliveira, você aceita namorar comigo... De novo?

Ludmilla sentiu o corpo paralisar, a respiração ficar irregular e o coração disparar. Definitivamente agora ela estava à beira de um ataque cardíaco.

--- Se dizer não eu vou entender, confiança é algo que não se conquista assim, rápido. --- Brunna disse, diante do silêncio de Ludmilla, já sentindo vontade de chorar.

Ludmilla sorriu. Sim, ela sorriu depois de passar pelo choque e emoção inicial, jogando-se nos braços de Brunna, fazendo-a cair de costas no chão.

--- Eu te amo, muito, tanto que nem imagina, quero ter filhos com você, eu quero ver nossa menina crescer, levá-la para o primeiro dia na faculdade, e até implicar com o namorado babaca dela, quero passar o resto dos dias ao seu lado. Então se isso tudo não for o suficiente para você raciocinar a resposta Brunna, eu quero namorar com você.

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